Jamais encontrei
palavras 
para descrever o meu
amor,
 como merecia! 
As palavras, 
por muito que me
esforçasse, 
ficavam sempre aquém 
do que sentia o meu
coração. 
Muito louvavelmente,
procurei,
 em dias de maior inspiração,
definir a realidade
do que sentia
mas… sempre em vão!
Irritava-me comigo
mesmo 
por não ter essa
capacidade.
Por não saber
traduzir-
-em verso ou prosa- 
quanto me ia na alma!
Todos os dias ansiava
atingir esse
desiderato!
Sofria e desesperava,
confesso.
Escrevia, lia e relia,
e chegava sempre à
mesma triste conclusão,
dizendo para mim
mesmo:
- Ainda não foi hoje
que o conseguiste!!!
Estava, na maior
parte das vezes, 
fisicamente distante
do meu Amor.
Queria que tivesse a
certeza 
da intensidade do meu
querer 
e… faltavam-me as
palavras 
por mais que tentasse!
Mais tarde, conheci
outros
que também assim sentiam
e vi, então, quão
demasiada ambição, 
era a minha!
Quanto inexperiente,
ingénuo, eu era!
Ainda há de vir o
primeiro 
que diga com total
realidade, 
(se ama
verdadeiramente)
o que sente e como
sente!
É corrente ouvirmos-
isso sim-
“faltam-me as palavras”- 
-ante a dificuldade sentida 
para se poder confessar com realismo 
- R E T R A T O    F I D E L Í S S I M O- 
tudo o que  se sente pelo ente
amado.
 Por mais que nos esforcemos, 
ficaremos sempre aquém 
da valia e fulgor deste sentimento 
- o mais nobre de todos!
O  A M O R  É ALGO DE DIVINO!
Quinta da Piedade, 6 de março de 2015
JGRBranquinho   -   “Zé do Monte”
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