sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

RECORDO-TE SAUDOSO

RECORDO-TE SAUDOSO

Onde estarás, Amor, Amor da minha vida?
Perdi-te há muito nas curvas do meu caminho.
Hoje, já tão distante, caminhando sozinho,
Recordo-te saudoso, minha mulher querida.

Recordo-te mui saudoso, chorando por ti
Sem saber onde estás, meu amado Amor!
Não sabes como é grande tão dolorida dor!
Outra maior, nem sequer igual, jamais senti.

Quis ir procurar-te, mas faltou-me a coragem.
Receei esse encontro durante a viagem
Por temer desiludir-te, saudoso Amor!

 A medo, perguntei por ti, mas ninguém sabia!
Terminava o meu tempo, findava o dia,
Voltei sozinho para casa, com a minha dor.

Quinta da Piedade, 6 de janeiro de 2017
JGRBranquinho  - “ Zé do Monte”





VOLTEI DE NOVO

 VOLTEI DE NOVO

Voltei de novo ao nosso lugar de amor!
Vim matar saudades? Não! Talvez avivá-las.
Todas estas pedras… ajudei a gastá-las
No meu trajeto diário- ó doce Amor.

Aqui voltei, mulher, saudosa companheira!
De meus dias, a saudade interminável!
Voltei e não te vi, sim, mas... inolvidável
És e serás, na minha vida triste, inteira.

Aqui vivi momentos de rara paixão
Contigo bem juntinha ao meu coração
Trocando nossas carícias, por amor.

Hoje, já tão distante, não as esqueci!
Não, meu Amor! Elas são lembranças de ti
Num misto natural de alegria e dor.

Portalegre, 26 de maio de 2016
JGRBranquinho     “Zé do Monte”



quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

MEU AMOR

MEU AMOR

Quando recordo, vivo duas vezes
Um bonito momento já vivido!
Momento passado, momento querido,
Esquecendo, então, alguns reveses.

Quando recordo, vivo duas vezes
Momentos bons há muito já vividos:
Momentos contigo, os mais queridos!
Esquecendo, então, alguns reveses.


Quisera lembrar muitos, bom sinal:
Todos aqueles em que fui feliz.
Esquecer, duma vez, que fui infeliz
 Pra meu desgosto, por meu mal.

De tudo se compõe a nossa estada!
Que fazer, se não procurar esquecer
Alguns em que sofremos, meu Amor?

Quisera poder fazê-lo, amada!
Mas… por vezes… é difícil esquecer
Os que nos provocaram maior dor.

Quinta da Piedade, 5 de janeiro de 2017
JGRBranquinho



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

UMA BELA RECORDAÇÃO

UMA BELA RECORDAÇÃO

Hoje, dia 24 de dezembro de 2016, recordo com imensa saudade, meus tempos de infância e juventude.
Recordo, especialmente, esta data festiva, passada durante quase vinte anos na minha Ribeira de Nisa, no aconchego da casa onde nasci e que, graças a Deus, ainda mantenho.
Era um dia diferente, sim, que se começava a viver e a sentir logo pela manhã com os preparativos da Consoada por toda a família, especialmente por parte das mães e avós.
Era o período das férias de Natal, que, embora o tempo sempre frio, essa doce ternura da época, celebrando o nascimento do Menino/Deus, tudo ultrapassava e nos tocava profundamente, mais que qualquer outra do ano!
As condições de vida não eram as melhores, ao tempo, mas, não tendo nós, nem conhecendo outras melhores, contentávamo-nos com as que tínhamos, sem lamentos de qualquer espécie, tal a alegria que sentíamos, imbuídos dessa terna religiosidade tão genuína que era a celebração do nascimento de Jesus.
Gostaria que assim continuasse a ser nos dias de hoje, pois, embora ainda se festeje e festejará no futuro, (estou certo) é muito diferente desses tempos que vivi com total encanto, na minha também saudosa aldeia.
Hoje, em pleno século XXI, a parte comercial sobrepõe-se muitas vezes a todo esse envolvimento cristão, com sabemos, principalmente os mais velhos que o puderam desfrutar mormente nos meios pequenos do interior do País, com o respeito devido à verdadeira essência desta data festiva.
Para nós crianças, então, atingia o ponto máximo o seu significado com os cânticos à noite, à lareira da cozinha, a azáfama dos próprios pais preparando o lume onde todos se aqueciam e se preparava a Ceia, e a  encantada expetativa da chegada, pela madrugada, do Menino Jesus trazendo as Suas lembranças que íamos encontrar na manhã seguinte no sapatinho adrede deixado junto à lareira.
Julgo que em alguns meios rurais do nosso Portugal ainda se mantém viva esta bela tradição.
Oxalá que sim!
BOM NATAL A TODOS, COMO PORTA QUE SE ABRA A UM NOVO ANO EM CONFORMIDADE COM AS VOSSAS MELHORES EXPETATIVAS.
Quinta da Piedade, 24 de dezembro de 2016
JGRBranquinho.