sábado, 30 de abril de 2016

PRIMAVERA



Surgiu, finalmente, esplendorosa,
Encantou-me de forma singular!
Têm meus dias, agora, outro ar
 Foi-se a estação triste, rigorosa.

Foi-se o inverno e chegas graciosa,
Estação qu’rida, pra me alegrar!
És tu- primavera- céu a brilhar
Da mãe natureza a mais ditosa.

Meu ser se renova em ti, amada!
Por ti eu sinto minha alma lavada
Sou, agora, de novo, outro ser.

Sê bem-vinda, primavera gestante!
Eu te louvo e amo, sou teu amante…
Contigo, p’ra sempre, quero viver.

Quinta da Piedade, 30 de abril de 2016
JGRBranquinho   -   “Zé do Monte”



A ESTRELA MAIS BELA




 ESTRELA MAIS BELA

Ei-la que já chega até de mim…    
Alguém, p’ra mim, a estrela mais bela!
Por ela acendi eu, escolhida vela,
Temendo sem mais vê-la, ser meu fim.

Chegou! Abracei-a com mor loucura!
Envolvi-a em meus braços com amor.
Tinha comigo meu qu’rido Amor,
Esta bênção maior que em mim perdura.

Sim, essa mulher  - meu único Amor,
A quem cantarei sempre, com fervor,
Até que a morte me leve deste mundo!

Ela é, sim, a mulher da minha vida!
Aquela a quem quero mais nesta lida,
A dona do meu ser cada segundo.

Quinta da Piedade, 29 de abril de 2016
JGRBranquinho   -  “Zé do Monte”


sexta-feira, 29 de abril de 2016

O LIVRO DE MARIA JOÃO F .REGO Av. da Liberdade

Avenida da Liberdade em livro

19, Novembro 2015
  • Lançamento do livro "Avenida da Liberdade"
    Lançamento do livro "Avenida da Liberdade"
O livro "Avenida da Liberdade", de Maria João de Figueiroa Rego, foi apresentado ao público no dia 19 de novembro, numa sessão que decorreu no Cinema S. Jorge. O livro traça a história desta avenida, desde que a cidade se começou a abrir para norte: primeiro, através do Passeio Público, uma iniciativa pombalina após o terramoto; depois, com o rasgar da Avenida da Liberdade, propriamente dita, inaugurada em 1886 por iniciativa do presidente da autarquia lisboeta Rosa Araújo. São muitas as estórias dentro das história, numa estimulante visita através dos tempos até aos nossos dias.

Para a autora, mais do que evocar a Lisboa romântica do Passeio Público, o livro é uma homenagem "Avenida que já nasceu moderna", com os notáveis edifícios art déco e modernistas, como é o caso do próprio edifício do Cinema S. Jorge, ou o Cinema Éden, ou o Hotel Vitória (ambos de Cassiano Branco), ou a sede do Diário de Noticias, de Pardal Monteiro. As características de boulevard, presentes nas áleas arborizadas e ajardinadas, são reforçadas pelas "peças de estatuária de grande beleza" que fazem da desta avenida "quase um museu".

Maria João Figueiroa Rego recordou também outras importantes referências deste eixo central da cidade que acompanhou e conduziu o seu crescimento desde a Baixa até aos planaltos, como o Parque Mayer ou a rotunda da Praça do Marquês de Pombal, onde desagua, sendo uma "montra da cidade" ao expor troços artísticos de calçada portuguesa e ao captar o interesse de quase 70 grandes marcas internacionais que aqui se quiseram fazer representar.

A escritora, que já publicou alguns livros de uma série sobre as coletividades e freguesias da cidade, agradeceu os apoios da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC a esta edição de autor, bem como a outras instituições presentes na Avenida, incluindo empresas "com consciência cultural". Na ocasião, maria João Figueiroa Rego deu também o exemplo da "consciência social", posto que uma percentagem da venda do livro nesta sessão de lançamento reverte para uma associação de apoio aos sem abrigo da zona.

Em representação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o secretário geral da autarquia, Alberto Laplaine Guimaraes, sublinhou a "forma apaixonada como a autora se dedica à investigação", tendo como resultado "este excelente contributo para o conhecimento de Lisboa, uma verdadeira obra de referência".
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segunda-feira, 25 de abril de 2016

SOFRIDA AUSÊNCIA



Lembro dias d’alegria, dias de tristeza,
Vividos a teu lado, ó doce Amada!
É assim a nossa vida nesta jornada:
Nem tudo são rosas, nem tudo é beleza.

Passaram muitos anos, alguns já sem ti,
Dolorosa passagem, dura realidade!
Sofre meu coração de profunda saudade,
Lamentando todo o tempo que não vivi.

Porque te não tenho hoje, junto a mim,
Ó meu doce e eterno Amor, minha vida,
Se foste tu a minha verdadeira paixão?

Quis o cruel Destino que fosse assim,
Levando-te de mim, minha mulher querida,
P'ra martírio de meu pobre coração.

Quinta da Piedade, 25 de abril de 2016
JGRBranquinho    -  “Zé do Monte”