sábado, 25 de maio de 2013

S U B L I M E, SUPERIOR , D I V I N O !

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S U B L I M E,  SUPERIOR,   D I V I N O!
Estava perdido de amores! Estava verdadeiramente apaixonado! Não o confessara ainda, a ninguém, guardando para si esse sagrado sentimento, esse precioso segredo.Via nela a mulher que tinha idealizado para si, desde a juventude.
Acompanhava diariamente os episódios do filme em que ela era uma das personagens- para ele, A ÚNICA! Aquela que o impressionara tanto desde o primeiro episódio e logo o prendera.
 Aguardava ansioso, cada dia, a hora de a voltar a ver e admirar no pequeno ecrã. Idealizava-a fora do desempenho do papel que lhe fora atribuído, mas sempre acreditando, sempre crendo que ela era assim, tal como ali a via!
Queria; desejava que fosse assim! Não concebia que fosse de outra forma. Dizia de si para si que se no filme desempenhava aquele papel, era porque o tinha escolhido de acordo consigo mesma. Só poderia ser assim! Tinha que ser assim!
Quanto pode o amor! Como é possível apaixonar-se uma pessoa por alguém que não conhece se não pelo desempenho num filme?!
A verdade é que estava mesmo perdido por aquela mulher! Ergueu-a num pedestal onírico, no seu inesperado mas idolatrado mundo de sonhos, adorando-a como a uma deusa!
Via-a todos os dias. Tinha-a ali tão perto e não podia dirigir-lhe uma palavra! Uma só que fosse! Um verdadeiro martírio a que de bom grado se entregara.Contentava-se com vê-la, sonhava os mais lindos sonhos com ela. Era- a seu modo- feliz, sempre guardando em si a secreta esperança de um dia a poder ver, de um dia a ir procurar; quem sabe… até de arranjar coragem para lhe falar e dizer, então, respeitosamente, quanto dela gostava, mesmo que não se atrevesse a declarar-lhe o seu amor.
Vivia nesta expetativa de encanto e sobressalto!
Num certo dia, casualmente, encontrou-a num lugar público frequentado por muita gente- especialmente a ligada às artes- numa exposição na Gulbenkian. Que sensação agradável sentiu! Que feliz acaso- dizia. Que sorte! Que encanto!
Aí… temeu-se… tremeu… limitou-se a segui-la com um olhar e num avassalador sobressalto que o dominava por inteiro. Aquele sentimento era mesmo a sério! Mas como era possível se não a conhecia verdadeiramente?! Só pelas imagens a conhecia e estava mesmo apaixonado por ela. Aquela situação fortuita não o desiludiu mas fez que a razão o chamasse à realidade, se sobrepusesse ao seu sentimento de amor, mas nunca beliscando no de admiração.
(Veio-lhe, então, à memória, um caso que conheceu, de paixão semelhante por uma linda amazona nos tempos da sua adolescência, mas, nesse caso, eram dois os apaixonados, de tal modo que diziam estar dispostos a seguir com a tal amazona para onde ela os chamasse, nem que fosse para tratarem dos cavalos, como seus empregados.)
Fez-se, assim, sem o esperar, um pouco de luz no seu espírito, chamando-o à razão.
Continuou a guardar esse sentir de amor no mais íntimo de si mesmo, amando-a e admirando-a, mas compreendendo que ela jamais poderia ser sua, dada a distância abissal que os separava por muitas a variadas razões.
O amor, realmente, não sucede na esfera do que julgamos razoável. Está muito para além disso! Acontece nas situações mais inesperadas porque é único, é sublime, é superior, é divino.

Quinta da Piedade, 25 de maio de 2013.
JGRBranquinho

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Q U E R I A

                QUERIA

Queria ter o dom de melhor poder escrever!
Saber encontrar palavras dignas de te agradar.
Dizer-te como sou feliz- feliz só por te amar!
Mas não sei-  meu Amor- se o saberei fazer.

Queria- as mais bonitas frases- te oferecer
Marés de plenitude em meu próprio mar!
Adorná-las de ouro p'ra logo te encantar
Entregues por minha mão antes de morrer.

Queria, sim- meu Amor- prender-te por amor!
Por ter, cada dia que passa, p'ra ti outro valor...
Sentir-te minha mulher- bendita e divina sorte!

Queria ouvir-te dizer, feliz:- Sou a tua mulher!
Viveremos juntos- Aqui- até que Deus quiser!...
Quando esse mesmo Deus nos der a morte.

Quinta da Piedade, 24 de maio de 2013
JGRBranquinho

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PORQUE EXISTES



             PORQUE  EXISTES
Se canto… é porque tu existes- meu Amor!
Se vivo a escrever-te… é só por te amar!
Por assim te querer… escutas meu cantar
Cada instante que passa com maior fervor.

Canto-te- mulher- em meus versos de amor
Sem quebra de entusiasmo- por te admirar.
Faço-o porque é meu prazer- por te adorar
Em doação perpétua- sempre em teu louvor.

Tu sabes que isto é verdade, pois me conheces.
E eu- confiante- julgo que não me esqueces…
Pois confio, também, no teu querer sincero.

Amo-te com a veemência deste louco amor!
 Dedicação em plenitude, com o maior fervor,
Pois jamais alguém te quis como eu te quero.

Quinta da Piedade, 22 de maio de 2013
JGRBranquinho





terça-feira, 21 de maio de 2013

MEU SONHO, MEU CANTO

          MEU  SONHO,  MEU  CANTO

Quem há que se atreva a molestar o meu Amor?!
Aquele ser que eu amo tanto e nunca esqueço?
Por ele daria tudo na vida e ao Céu sempre peço
Lhe conceda as maiores bênçãos por seu valor.

Ninguém tem o direito de na verdade, o molestar!
Ele é o meu anjo da guarda- meu santo protetor.
Por ele- cada dia- é real, bem firme o meu amor
Perto, ou mesmo longe...jamais o poderei olvidar.

Meu sonho, meu canto, são uma constante na vida!
Meu anseio maior ( único!) em minha triste lida!
O meu Amor é uma mulher que amarei até à morte.

Conhecia-a! Logo a amei! Sem limites, este amor!
Hoje, mesmo longe, sinto-a como o meu Amor
Sei que um dia hei de tê-la ainda, por minha sorte.

Quinta da Piedade, 21 de maio de 2013
JGRBranquinho



domingo, 19 de maio de 2013

DISCORRENDO



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                  D I S C O R R E N D O

Andam comigo muitos sonhos de ventura! Anseios de um outro futuro, um futuro mais risonho que o presente que vivo nesta vale de desenganos, onde quase me perco!
Sucedem-se,  ininterruptamente, episódios contraditórios, acontecimentos que nada constroem e causam desconforto, que por vezes nos desanimam e provocam descontentamento, desiludindo-nos a cada passo. São exemplo, as desigualdades bem patentes na nossa sociedade, onde se diz que somos todos iguais, mas há, realmente, muita desigualdade, injustiças por demais evidentes que dão razão aos que consideram “que há uns mais iguais que outros”.
Porque não têm todos acesso à cultura, tendo condições naturais, em si mesmos?!
A resposta é óbvia, mas é preciso dar-lhes nome:- INJUSTIÇA!
Quantos, após concluída a escolaridade obrigatória, se veem impossibilitados de continuar os estudos por razões de ordem económica, por não terem os pais condições materiais para suportar os encargos a que obriga a frequência de uma universidade, mesmo na própria cidade que habitam? Isto, já não falando da ainda mais proibitiva frequência em faculdades de outras cidades tanto nacionais como estrangeiras.
Limito-me a abordar, únicamente, este negativíssimo aspeto da nossa sociedade, pois não sendo concedido o acesso à cultura aos que, naturalmente, têm capacidades de inteligência e vocação para as áreas mais importantes do conhecimento que permitem desenvolver o País, corta-se, desde logo, a possibilidade de num futuro próximo termos quem instrua e eduque as novas gerações.
Tudo isso- que é muito- não impede, não me inibe, de encontrar em mim mesmo a força de um sonho, de um legítimo anseio que me ajuda a encarar com esperança um tempo novo de vida, mais de acordo com o que foi legitimado pelo Criador, que quer para  nós- os Seus filhos-- uma vida digna, com acesso ao pleno desenvolvimento ( físico e intelectual) embora responsabilizando-nos por todos os nossos atos, na medida em que nos deu a liberdade de escolha ( que aqui não temos) para o dia a dia neste planeta que habitamos, que tão medíocremente está a ser dirigido pelos que teem assento no trono das decisões.
Põem, acima de tudo, a parte economicista como regra absoluta, erradamente! Erradamente porque não é assim que a situação vai melhorar alguma vez. Se os que trabalham não tiverem o suficiente para viverem,(não é sobreviverem...) como se desenvolvem, também, o comércio e a indústria e a agricultura, por exemplo?! E, a situação,deveras aberrante e injusta dos que descontaram durante uma vida inteira de trabalho, perspetivando uma velhice tranquila?! Com que direito se lhes toca nas pensões? São estes, muitas vezes, que ainda têm que arcar com as despesas, auxiliando os filhos e netos desempregados!
Pobre deste País entregue em tão más mãos! Mas que inteligências são estas? O que é isto?! Greves e mais greves, para quê? Que resultado têm tido? Fazem-lhes ouvidos de mercador. Mas até quando?!
Então, onde está, então, o respeito pela força da razão? Porque se sobrepõe a ela a razão da força?!
Muito havia e há, infelizmente, que dizer sobre tal diversidade de critério, tal disparate governativo, que leva a que cada dia que passa, vejamos agravarem-se mais as situações, cavando ainda mais as desigualdades, trazendo a todos um maior sofrimento.
Podemos, então, apenas, sonhar? Sim, podemos sonhar, mas... lutando! Lutando com todas as nossas forças, desmascarando os corruptos, pondo a nu os podres da desgovernação.
 Dando o nosso contributo- para que se esclareçam as situações- no sentido duma justiça social adequada e digna duma sociedade de verdade, onde temos o direito de viver.

NOTA:- Escrevo este apontamento no dia em que meu saudoso pai comemoraria mais um aniversário. É uma pequena homenagem a alguém que tinha este sentimento, também. Que, sei bem, assinaria de bom grado o que aqui deixo escrito.
Quinta da Piedade, 18 de maio de 2013
JGRBranquinho

sexta-feira, 17 de maio de 2013

AMOR! MEU AMOR!



               AMOR!  MEU  AMOR!

Amor! Meu Amor! Em teus olhos lindos vi um dia
Um brilho insuperável como um sorriso aberto!
Uma flor diferente, uma flor que não havia!
Que jamais vira num oásis, em meu deserto.

Amor! Meu Amor! Minha alvorada e meu guia,
Nunca ter-te longe! Mas…cada dia mais perto!
És, neste mundo, a divina graça- minha alegria!
Por ti- meu Amor- sempre o coração desperto.

Como é bom ver-te- Amor! Como é bom ter-te!
Saber que me queres, que vivo a querer-te
Desde aquele tempo- o melhor da nossa vida!

Não mais um esquecimento por menor que seja!
Toda uma vida a amar-te mesmo que te não veja!
Porque tu és- meu Amor- a minha Musa querida.

Quinta da Piedade, 16 de maio de2013
JGRBranquinho