sábado, 31 de março de 2018

UM DRAMA

Olá, Amigas/os!
Deixo-vos, para reflexão, se quiserem ter essa atenção, este texto simples que hoje escrevi.Obrigado.
O meu abraço.
JGRBranquinho
    UM DRAMA
Acenderam-se, para ti- jovem- "as luzes da ribalta"! 
Eras, agora, uma personagem conhecida, a mais badalada, a mais querida! 
Louvavam-te os entendidos com a força e o crédito das suas palavras. 
Só precisavas de saber manter o teu prestígio intocável:- a glória já na juventude, o proveito e a fama, de braço dado com a vida agitada dos dias ( e, especialmente das noites)  na "grande babilónia".
A felicidade- estampada no rosto- andava contigo de mãos dadas! Nada temias! Não tinhas, sequer, tempo para pensar!
A tua atividade e as suas enormes exigências- obrigatoriamente duras- começavam, aos poucos, a revelar-se demasiadas para o teu "modus vivendi".
Chamaram-te a atenção alguns verdadeiros amigos, mas... sem resultados! 
Tinhas tudo na vida, até aquilo com que nem sonharas! Companhias não te faltavam. O dinheiro, os negócios propostos de que não percebias e as mordomias ( mulheres, carros e apartamentos de luxo) faziam já parte integrante duma vida que, infelizmente para ti, era desregrada e desgastante e só te viria a trazer problemas.
O presente era o que era e o futuro seria o que fosse, embora o julgasses, erradamente, risonho...
Nada te fazia parar! Tudo eram rosas, de cujos espinhos não te apercebias e para que te alertavam amigos responsáveis e que nunca escutaste, nem te fizeram retroceder.
A fama! Ai a fama! O ser idolatrado, adorado por tantos!
Que boa vida ainda tiveste por algum tempo, mas, muito pouco, comparado com toda uma vida que tinhas pela frente!
Surgiram, então, mais  esses malefícios dos nossos tempos (alcool e estupefacientes) conjuntamente com moças encantadoras "boas companhias" em viagens atribuladas para sítios onde nunca deverias ter entrado, respeitando as naturais exigências da profissão que tinhas abraçado e onde tinhas tantas condições para triunfar.
Logicamente, os resultados negativos começavam a dar seus sinais. Aos poucos, as pessoas comentavam e se interrogavam:- O que se passa com ele?!Já era tão admirado, prometia tanto, já era tanto! Vinham à ideia os nomes de Luís Figo e de Cristiano Ronaldo, pela positiva, entre outros.
Os media, se vendiam muito,  agora... ainda mais! Sim, com as atribulações deste jovem," era sempre a aviar"!
Diz-se que tudo tem um fim. Neste caso, depressa de mais! As respostas, quase a medo, dado o melindre da questão, começaram a surgir, dizendo até, alguns, serem apenas conjeturas. Duvidava-se. - Como  era possível?!
"Prometia tanto"!- Que pena!-Até onde poderia ter ido?!- comentava-se, interrogava-se. 
Aos poucos, o próprio, querendo justificar-se, confundia-se, denunciava-se, sem se aperceber que o fazia! 
Aquele que poderia ter sido alguém no campo desportivo, não só no País como também- quem sabe? no estrangeiro, afundava-se dia-a-dia!
Os dirigentes- que o conheciam melhor- iam deixando escapar uma outra palavra que indiciava a desgraça!
Pouco tempo depois era voz corrente que começara a tentar-se algo no sentido da reparação do mal que o afectava, recorrendo a especialistas na matéria, como psicólogos, mas tornara-se tarde.
Esquecido por quase todos, inclsive os media, desaparecera de cena.
Todos pareciam apostar nessa atitude, embora com a velada esperança de que alguém tomaria  ainda o caso em suas mãos e seria capaz de o reparar.
Aos poucos, foi-se esbatendo essa ideia. Hoje, já ninguém perde tempo com o assunto. Está no "leito do rio letis"-no esquecimento!
O que parecia ser uma carreira triunfal com êxitos sobre êxitos,, esfumou-se. A vida para ele não foi o tal "El dorado" sonhado a princípio! E agora?- perguntam. O caminho do triunfo é muito estreito, tem que ser estreito, por força das exigências do profissionalismo.
De quem foi a culpa? -De quem é a culpa de casos assim?
Os prezados leitores- se os tiver- que meditem sobre o assunto e, sem pejos, sem receios, alertem  a juventude para os males que sub repticiamente a cercam.
Todos- mas todos- poderemos dar o nosso contributo para que dramas como este se não repitam e a nossa sociedade e o nosso mundo possam ser melhor para todos. O tempo urge. É agora! Oxalá todos, dentro da sua esfera de ação, deem o seu precioso contributo.
O MEU SINCERO  OBRIGADO!
Com o meu abraço
28/05/2012
JGRBranquinho
Olá, Amigas/os!
Deixo-vos, para reflexão, se quiserem ter essa atenção, este texto simples que hoje escrevi.Obrigado.
O meu abraço.
JGRBranquinho

Acenderam-se, para ti- jovem- "as luzes da ribalta"! 
Eras, agora, uma personagem conhecida, a mais badalada, a mais querida! 
Louvavam-te os entendidos com a força e o crédito das suas palavras. 
Só precisavas de saber manter o teu prestígio intocável:- a glória já na juventude, o proveito e a fama, de braço dado com a vida agitada dos dias ( e, especialmente das noites)  na "grande babilónia".
A felicidade- estampada no rosto- andava contigo de mãos dadas! Nada temias! Não tinhas, sequer, tempo para pensar!
A tua atividade e as suas enormes exigências- obrigatoriamente duras- começavam, aos poucos, a revelar-se demasiadas para o teu "modus vivendi".
Chamaram-te a atenção alguns verdadeiros amigos, mas... sem resultados! 
Tinhas tudo na vida, até aquilo com que nem sonharas! Companhias não te faltavam. O dinheiro, os negócios propostos de que não percebias e as mordomias ( mulheres, carros e apartamentos de luxo) faziam já parte integrante duma vida que, infelizmente para ti, era desregrada e desgastante e só te viria a trazer problemas.
O presente era o que era e o futuro seria o que fosse, embora o julgasses, erradamente, risonho...
Nada te fazia parar! Tudo eram rosas, de cujos espinhos não te apercebias e para que te alertavam amigos responsáveis e que nunca escutaste, nem te fizeram retroceder.
A fama! Ai a fama! O ser idolatrado, adorado por tantos!
Que boa vida ainda tiveste por algum tempo, mas, muito pouco, comparado com toda uma vida que tinhas pela frente!
Surgiram, então, mais  esses malefícios dos nossos tempos (alcool e estupefacientes) conjuntamente com moças encantadoras "boas companhias" em viagens atribuladas para sítios onde nunca deverias ter entrado, respeitando as naturais exigências da profissão que tinhas abraçado e onde tinhas tantas condições para triunfar.
Logicamente, os resultados negativos começavam a dar seus sinais. Aos poucos, as pessoas comentavam e se interrogavam:- O que se passa com ele?!Já era tão admirado, prometia tanto, já era tanto! Vinham à ideia os nomes de Luís Figo e de Cristiano Ronaldo, pela positiva, entre outros.
Os media, se vendiam muito,  agora... ainda mais! Sim, com as atribulações deste jovem," era sempre a aviar"!
Diz-se que tudo tem um fim. Neste caso, depressa de mais! As respostas, quase a medo, dado o melindre da questão, começaram a surgir, dizendo até, alguns, serem apenas conjeturas. Duvidava-se. - Como  era possível?!
"Prometia tanto"!- Que pena!-Até onde poderia ter ido?!- comentava-se, interrogava-se. 
Aos poucos, o próprio, querendo justificar-se, confundia-se, denunciava-se, sem se aperceber que o fazia! 
Aquele que poderia ter sido alguém no campo desportivo, não só no País como também- quem sabe? no estrangeiro, afundava-se dia-a-dia!
Os dirigentes- que o conheciam melhor- iam deixando escapar uma outra palavra que indiciava a desgraça!
Pouco tempo depois era voz corrente que começara a tentar-se algo no sentido da reparação do mal que o afectava, recorrendo a especialistas na matéria, como psicólogos, mas tornara-se tarde.
Esquecido por quase todos, inclsive os media, desaparecera de cena.
Todos pareciam apostar nessa atitude, embora com a velada esperança de que alguém tomaria  ainda o caso em suas mãos e seria capaz de o reparar.
Aos poucos, foi-se esbatendo essa ideia. Hoje, já ninguém perde tempo com o assunto. Está no "leito do rio letis"-no esquecimento!
O que parecia ser uma carreira triunfal com êxitos sobre êxitos,, esfumou-se. A vida para ele não foi o tal "El dorado" sonhado a princípio! E agora?- perguntam. O caminho do triunfo é muito estreito, tem que ser estreito, por força das exigências do profissionalismo.
De quem foi a culpa? -De quem é a culpa de casos assim?
Os prezados leitores- se os tiver- que meditem sobre o assunto e, sem pejos, sem receios, alertem  a juventude para os males que sub repticiamente a cercam.
Todos- mas todos- poderemos dar o nosso contributo para que dramas como este se não repitam e a nossa sociedade e o nosso mundo possam ser melhor para todos. O tempo urge. É agora! Oxalá todos, dentro da sua esfera de ação, deem o seu precioso contributo.
O MEU SINCERO  OBRIGADO!
Com o meu abraço
28/05/2012
JGRBranquinho

O CARRIÇA


O CARRIÇA

O CARRIÇA era um rapazinho de cerca de doze… catorze anos… de origem muito modesta, que pouco frequentou a Escola e calcorreava as ruas da cidade de Portalegre, de manhã à noite, apregoando fruta, principalmente, bananas.
Era um verdadeiro espetáculo o modo peculiar como fazia ouvir a sua voz, vendendo fruta, em particular como apregoava as bananas. Tinha uma belíssima voz (entre o ‘soprano’ e o ‘tenor’) e era um gosto escutá-lo na sua azáfama diária.
Não sei se por cantar tão bem lhe chamavam “o carriça”(associando-o a um passarinho do campo) ou se era mesmo o nome dele.
Acrescia ainda o facto de, sendo ainda novo, ser muito responsável, ajudando os pais naquela tarefa de vendedor ambulante, conduzindo o seu carrinho de mão.
Eu recordo-o bem e admirava-o pelo seu talento, também, como cantor!
Aliás, era mesmo muito querido por toda a população da cidade.
Naquela altura, e em outro meio, creio que poderia enveredar pela carreira de cantor.
Apregoava cantando:- “AI! QUEM QUER BANANA BOA! QUE ELA É DOCE E MADURINHA”! Ainda hoje tenho na memória o modo como o fazia, pausadamente, afinadamente!
Enfim, era mesmo um gosto, ouvi-lo! Eu era também ainda jovem e tinha uma grande estima e admiração por ele.
Nunca conheci os pais, que provavelmente se ocupariam de outra tarefas, delegando nele  aquele trabalho de vendedor pelas ruas da cidade.
Saí dali e ainda durante alguns anos, ao voltar em gozo de férias, o encontrei e escutei agradado o seu “canto” afinado e forte, vendendo as bananas.
O tempo passou e ao que me informaram, emigrou.
Perdeu-se, assim, um quadro caraterístico na minha Portalegre.

JGRBranquinho






quarta-feira, 28 de março de 2018

UM TELEFONEMA PELA MANHÃ


   UM TELEFONEMA PELA MANHÃ
Era, aparentemente, uma manhã normal, a daquele dia, com os preparativos inerentes a mais uma saída de casa para ir trabalhar a uma distância de cerca de dez quilómetros .
Sem que nada o fizesse esperar, após tratar da higiene pessoal, e tomado o pequeno almoço, aprestava-se para sair, quando o toque do telefone o surpreendeu, dada a hora matinal : - 7.30 h.!
Pensou não atender, pois era a hora habitual de se pôr a caminho e corria o risco de perder o autocarro das 7.45 h.
Pensou um pouco e, na dúvida sobre se seria algum assunto importante, resolveu atender, embora algo contrariado.
Na véspera tivera um conversa muito agradável - e até certo ponto interessante - com uma moça um tanto mais jovem, sua conhecida, e tomara uma atitude não muito habitual em si, já que era algo tímido.
Ficara um pouco preocupado pela reação negativa da amiga, no dia anterior, mas nunca esperaria uma chamada especialmente àquela hora, dado que entendia, por mais normal, ser ele a ter que um dia dar uma justificação.
Mal dormira, meditando no que tinha acontecido, julgando-se, inclusive, culpado e era agora ela que vinha ligar-lhe, deixando-o tranquilo, dizendo-lhe abertamente que tinha saudades, que estava arrependida da atitude tomada no dia anterior.
Foi assim, e pelo que ouviu, mais calmo, contente, logo prometeu voltar a vê-la ainda nesse dia.
Despediram-se com um “até logo”, um beijo, não cabendo em si de contente, a caminho do trabalho.
Claro que na noite anterior para se conformar, chegou a pensar que para o atrevimento que tinha tido, também haveria de arranjar desculpa, decidindo fazê-lo logo que se encontrassem; justificando, igualmente, o seu procedimento por gostar dela, e não conseguido resistir a beijá-la.
Enfim, um conjunto de pensamentos com que se debatera que o não tinham deixado dormir.
Agora, felizmente, as coisas afiguravam-se-lhe resolvidas e aguardava já ansioso pelo próximo encontro, afinal logo aprazado no momento que recebeu a boa nova ao telefone.
Situações que acontecem quando menos se espera - neste caso a um homem de bom gosto - e que não merecia ter apanhado um susto.
 JGRBranquinho



QUANDO SE SENTE ATRAÇÃO


QUANDO  SE  SENTE  ATRAÇÃO
Quando se sente atração por alguém e se manifesta em nós o impulso forte de lha declarar, começa essa luta entre o receio de não ser atendido e o desejo louco de se abrir por inteiro, falando ou escrevendo.
É uma luta intensa, dominadora, que traz sofrimento ante a dúvida e a esperança que em nós se debatem e nos tira o sono enquanto se não toma uma decisão - a decisão de nos declararmos.
Depois disso, é outra a situação, aguardando ansiosamente a hora duma resposta que se deseja naturalmente favorável, o que, de novo, nos faz sofrer.
Vive-se quase em pânico, em sobressalto, no temor de se cair no ridículo por não ser aceite, nunca sabendo qual a reação da pessoa em quem estamos interessados, embora a tal esperança exista, ainda que débil, por não termos certezas quanto à recetividade que haverá da outra parte.
É, assim, um tempo de enorme expetativa que é sofrido até ao momento ansiado em que temos a felicidade de ver concretizado o nosso pedido e nos sentimos donos do mundo, só porque uma mulher - aquela que nos suscitou interesse - nos aceitou como seu namorado.
Começa, então, uma nova vida de alegria e tudo à nossa volta tem outro brilho, estimulando o nosso ego, tornando-nos melhores aos nossos próprios olhos!
Apetece gritar de contentamento “e proclamá-lo aos quatro ventos” para que todos saibam do êxito alcançado!
Pelo contrário, se a resposta é negativa (ou não chega, mesmo) então, é a grande desilusão!
Pensa-se o pior de nós próprios, que não soubemos medir bem a situação, julgando-nos dignos da aceitação desse pedido, que, pelo desastrado resultado, não teve razão de existir, pois nos enganámos redondamente acerca dos sentimentos dela, sabendo, no entanto, que ninguém pode ser obrigado a aceitar uma relação de amor, se não for sentida.
É terrível, quando isto acontece! Mas quantos já passaram por esta situação e a suportaram, melhor ou pior, de acordo, também, com as suas capacidades, “partindo uns para outra”- como se diz na gíria - e outros, sentindo-se derrotados e, portanto, infelizes, caírem para dificilmente se levantarem do abismo escuro em que mergulharam.
Situações da vida que marcaram, marcam e continuarão a marcar a existência de muitos:- umas para bem e, outras, para mal.
Permitam-me que cite aqui a frase de D. Madalena de Vilhena, no Filme:- “Frei Luís de Sousa”:-
“ O AMOR  NÃO ESTÁ EM NÓS DÁ-LO NEM QUITÁ-LO”

O AMOR não se compra! O AMOR não se vende!
O AMOR é dádiva voluntária do coração.

Monte Carvalho, 5 de setembro de 2013
JGRBranquinho




terça-feira, 27 de março de 2018

DISCORRENDO - II


DISCORRENDO -  II

Quando escrevo… quem sou?!
(Pergunto a mim mesmo muitas vezes).
O homem? O poeta?
Saberei algum dia responder?
Ambos coexistem
 e se confundem  no meu ser.
A nossa parte física, material,
 é o templo do espírito
que nos anima enquanto vivos.
(Digo-o para mim mesmo,
na esperança de me esclarecer, isto é,
no sentido de marcar bem a situação).
No entanto, nunca me canso de refletir
no sentido de fortalecer este axioma, esta verdade!
Para nunca me esquecer de distinguir bem,
 o que é físico do que é espiritual.
O coração sente, o cérebro pensa.
Contudo, ambos atuam intimamente ligados.
Qual o de maior influência ou predominância?
Qual determina melhor a razão dos nossos atos?
O coração? O pensamento?
As opiniões podem divergir,
dividir-se, vingando, no entanto,
 a de que tudo o que produzimos intelectualmente
é resultado, é fruto da influência do espírito
que habita o nosso ser.
Para mim, também, essa é a resposta mais óbvia.
Quantos concordarão? Quantos discordarão?
Depois do que deixo escrito, estou sinceramente convicto,
 que no caso de uma boa harmonia físico/espiritual,
há, evidentemente, a primazia do espírito.
Estarei certo?
Neste momento é minha plena convicção.
Quem me ler (quem estiver para isso) que se pronuncie
e diga, então, de sua justiça.
Como é habitual dizer-se no final de uma dissertação:-“Tenho dito!”

JGRBranquinho  -J. Little White”
Monte Carvalho, 20 de fevereiro de 2010



FELICITANDO UMA ANIVERSARIANTE


   FELICITANDO  UMA  ANIVERSARIANTE

Neste nosso Cosmos, o tempo segue, cada vez mais rapidamente, parecendo correr, parecendo voar.
Indiferente ao nosso desejo, segue o seu caminho sem se deter, sem em nós pensar!
 Quando damos por ele, juntou segundos, juntou minutos, juntou horas, dias e meses que nos acrescentaram mais um ano. É assim desde o Génesis. 
Assim há de ser até à consumação dos séculos! 
O que devia ser um dia de alegria, transforma-se, para alguns, num estado de espírito pernicioso, julgando-se velhos, muito velhos!
Mais velhos, sim, mas também mais experientes!
Também mais sábios.
Mal dos que nem tiveram tempo para as suas reflexões, partindo sem deixar rasto que nos faça recordá-los, porque viveram pouco tempo ou porque pouco fizeram na vida!
Alguns deles poderíamos hoje prestar-lhes homenagem, admirando-os pelos valores que (quem sabe?) trariam consigo.
Por isso, Amiga, faça deste seu dia um raiar de sol luminoso,
precedendo um noite de luar onde a sua Musa esteja presente
como companheira amiga, inspirando-a fortemente.
Parece que foi ontem o 16/07/2012 e...lá foi mais um ano
em que, felizmente,
teve a dita de viver, de conviver,
de produzir novos e importantes trabalhos,
de desfrutar da companhia dos seus familiares e amigos
que muito a admiram e lhe querem por seu justíssimo merecimento,
entre os quais me encontro.
Consoante a sua crença,  agradeça esta graça.
Esta graça de vida concedida pelo Céu, como eu creio.
Para o ano cá quero estar a felicitá-la, de novo - Amiga!
Um beijo de sinceros parabéns.
JGRBranquinho


quinta-feira, 22 de março de 2018

MUSA

MUSA
Conhecer-te… minha alegria!
Esqueci toda a tristeza.
Encantou-me tua beleza
Nasceu p'ra mim novo dia.

Foi tarde? Talvez!... Que importa,
se o coração sente como sente?
Diz-lhe o coração que não mente
E é por amor que o exorta.

Tantos dias por te conhecer!
Vivi longe em meu deserto.
Hoje… tenho-te por perto
Intenso, vibra meu ser.

Só quero a tua presença
Estima e consideração.
Teu cumprimento/saudação
Que o poeta recompensa.

Não tenho ilusões, acredita.
Sei que não és para mim.
Meu sentir até meu fim
Guardarei, Musa bendita.

Sou crente e oro por ti
Crê, senhora meu encanto.
Em meus versos ou meu canto
És presente até ao fim.

Cantei-te à minha maneira
Obedeci ao coração.
Deus sabe e peço perdão
Se cometi alguma asneira.

José Garção Ribeiro Branquinho
BLOG:-cantososdomeucanto.blogspot.com






terça-feira, 20 de março de 2018

SARDINHEIRAS DA MINHA MÃE

 Trouxe um pé da minha casa no Monte Carvalho -  Ribeira de Nisa e cultivo-as agora na minha varanda maior.
Uma beleza!
JGRBranquinho

Foto de Dulce Branquinho.

quarta-feira, 14 de março de 2018

MAU TEMPO

Imagem intercalada 1

MAU TEMPO
Bate lá fora a chuva, o vento é frio
Baloiçam as árvores, se alaga a terra!
Dos pássaros não se escuta sequer um pio
Cada um que pode… em seu lar se encerra.

Permaneço em casa (meu aconchego amigo)
Pensando versos de saudade e amor!
Estou procurando (verei se tal consigo)
Registar o que sinto com algum valor.

O tempo, lá fora, mantem-se estável…
Quem dera que se tornasse agradável
Porque a nossa vida não pode parar!

Que breve este mau tempo se vá embora!
Aqui, no campo, de trabalhar é a hora
Um novo e melhor tempo queremos saudar.
JGRBranquinho  - “ J. Little White”




terça-feira, 13 de março de 2018

O PRIMEIRO JANTAR EM TUA CASA


O PRIMEIRO JANTAR EM TUA CASA
Estive ontem na tua casa
Deste-me lá de jantar
Vim com um “grãozinho na asa”
Sonhando poder voltar.
Ontem, quando namorávamos à janela, teu pai (como já tinha feito de outras vezes) convidou-me para jantar, tendo eu agradecido como de costume.
Pensando ser mais por um gesto de simpatia da sua parte, não imaginava que o visse voltar atrás, pedindo-me que o acompanhasse.
Claro que aceitei de bom grado. Aliás, já por várias vezes te tinha dito que um dia aceitava, acreditando que se me convidava não era só por cerimónia, por bem parecer.
Confesso que estava algo nervoso, mas breve me recompus e tudo voltou à normalidade, quando entabulámos conversa, abordando o tema futebol, especialmente, sobre o nosso Sporting, clube do nosso agrado.
Sentados à mesa, veio o belíssimo jantar que tua mãe tinha preparado com mestria e de que gostei imenso.
Uma noite que não mais esquecerei, pela novidade que foi, e essencialmente, pelo magnífico ambiente que ali se criou, e do coração agradeço, fazendo questão de que o digas a teus pais, como, alíás, na altura da despedida, tive o gosto de, sensibilizado, fazer.
Como digo nesta quadra, sonhando poder voltar.
Até amanhã, meu Amor!
Um beijo.
Portalegre, novembro de 1957
José Branquinho.






UMA BONITA IMAGEM PORTUGUESA

https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2017/10/super_algarve_BRoNqGsFZ3h-e1508398931909.jpg
Uma bonita imagem portuguesa.

ENTARDECIA NO MONTE




Entardecia no Monte, lentamente
Ohava encantado o horizonte!
Voltavam, apressadas, ao Monte,
As camponesas, rindo alegremente.

À janela estudava, abnegado,
Preparando o teste que breve viria.
Algo diferente era o que sentia
Invejando tais jovens, ali isolado.

Em mim, real, a sensação de tristeza
Por não estar com elas no seu lidar
Nessas fartas encostas a trabalhar
Enriquecendo a própria Natureza.

Ali estava eu, sozinho, sentado,
Cumprindo o “castigo” de ter de estudar
Sem perceber que estava a preparar
O meu futuro, por Deus abençoado.

Hoje, grato, eu te bendigo, Senhor,
Por ter conseguido cumprir meu dever.
Estudei, por vezes triste, meu sofrer,
Consegui ter meu curso por teu favor.

Monte Carvalho, novembro de 2017
JGRBranquinho -   “Zé do Monte”





UM ANJO NA CORREDOURA

UM  ANJO  NA  CORREDOURA

Era um entardecer calmo dum dia de julho- época de exames, na década de "cinquenta"
Por conselho de um professor, que dizia que o que se não aprendeu até ali tinha decidido, em vésperas de importante exame no Liceu, ir até ao Jardim da Corredoura, descontrair um pouco, pois, segundo ele dizia o que não se aprendeu até ali, não vai aprender-se  no último dia, podendo ser, até, contraproducente!
Após o lanche na casa onde estava hospedado, na R. da Maceira, lá vai este vosso amigo para o jardim citado,  a uma hora mais agradável, após um dia de calor próprio da época estival, bem mais propício a umas merecidas férias que já tardavam mas se aproximavam, felizmente.
 Ao chegar junto ao lago, enquanto passeava o olhar na expetativa de apreciar a variedade de
peixes, fui  interrompido pelo “quá, quá” dos patos( que ali tinham também seu lugar adequado) e se assustaram devido à presença inesperada duma bonita jovem que corria junto ao lago, e eu nunca tinha visto na cidade.
Parou junto à grade protetora, bem perto de mim, e logo entabulámos conversação.
Um pouco mais nova que eu- teria cerca de 14 anos- encetámos, naturalmente, um passeio pelo jardim.
Ela tinha um perfume que ressaltava ainda mais a sua beleza,  e que  me agradava sobremaneira.
A sua voz, as suas maneiras cativantes, a sua alegria quase ingénua, tocaram-me extraordinariamente e já agradecia ao destino ter ali ido e poder conhecê-la.
Demos as mãos como duas crianças e brincámos de socalco em socalco, colhendo flores e acariciando-nos sem mal, rindo e olhando-nos com entusiasmo raro.
Sentia-me atraído por ela e percebia –lhe o mesmo sentimento.
Escondeu-se o sol no horizonte da Penha, era quase noite, éramos tão felizes!
Despedimo-nos sem sabermos  os nomes, sem mais palavras.Olhámo-nos e dissémos adeus até que ela desapareceu no fim da avenida  na parte norte, perto do quartel.
Vim impressionadíssimo para a pensão e só pensava nela e na quase certeza de que a iria encontrar no dia seguinte no mesmo local.
Voltei lá por diversos dias, sempre em vão! Julgava ter sonhado!  Mas… não! Foi mesmo real!Eu tinha ali estado com ela- um verdadeiro anjo que me visitou e desapareceu, com se tivesse vindo abençoar-me e voltasse para o seu lugar no Céu.
Nunca mais a vi! Que tristeza a minha! Porque razão aconteceu isto?! Interrogo-me, mas não tenho, ainda hoje, uma resposta. 
Se ela pudesse, ao fim de tantos anos, ler estas palavras! E se eu ainda a pudesse reencontrar , como seria feliz!
Quinta da Piedade, 7 de Agosto de 2012-- JGRBranquinho