domingo, 27 de novembro de 2011

A MINHA ESTRELA

Brilhava lá no alto, bem alto, a minha estrela!
Em meus olhos, extasiados, seu brilho refletia.
Olhando-a, encantado, de mim me esquecia
Riam meus olhos, contentes, só de vê-la.

Em mil receios de poder vir a perdê-la...
Antes, na distância, chorava se a não via.
Sabia, por este amor, porque assim sentia
Neste anseio constante de querer merecê-la.

Essa luz, agora distante, a mais querida!,
Tão saudosa que mata e me dá vida...
Brilha mais que mil sóis em claro dia!

É uma luz que transcende, que edifica!
Luz quase divina, que enleva e vivifica
E meus passos, noite e dia, alumia.

JGRBranquinho

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CANÇÃO DE AMOR ( já musicada )

Esta saudade infinita
Por não ver o meu Amor!
É maldição, é desdita,
É razão da minha dor.
É maldição é desdita,
Ai! É razão da minha dor

Eu canto e por vezes choro
Nesta saudade incontida
Por alguém a quem adoro
Que é vida em minha vida.
Por alguém a quem adoro
Ai!!! Que é vida em minha vida.

Por isso eu quero abraçar-te
Desde manhã ao Sol-Pôr!      
Pois se vivi para amar-te
Ai! Hei de ser o teu Amor!

Pois se vivo para amar-te
Hás de ser o meu Amor.

Pois que vivo para amar-te
Ai! Quero ter-te, meu Amor.

JGRBranquinho

terça-feira, 15 de novembro de 2011

VIVO A LUTAR

Pergunto, a mim mesmo,
        quem sou eu!
Que faço neste Mundo,
        afinal?!
Não  sei
        qual o destino meu
Não sei responder,
        por meu mal.
Sei que vivo a lutar...
        isso, eu sei.
Porquê?!
       Com que objetivo?!
Não quero, não posso
       subverter a lei...
Mas quero sentir-me
        ativo.
Quero lutar, sim,
        quero lutar!
Propósito, em mim,
        constante.
Quero em outro Mundo
        o meu lar!
Quero, deste,
        ficar distante.
Sei que vivo a lutar,
        sei-o bem.
Para quê, então,
        Senhor?
Não sou eu
        um "zé ninguém"?
Ah!-  meusAmigos,
        mas minha luta...
é por amor!
Luto p'la concórdia,
         pela Paz!
Mundo concreto,
         não utopia!
Por um Mundo real
         mais capaz,
Sol de claridade
          em cada dia.

JGRBranquinho

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

GOSTO

Gosto de cantar-te,  meu AMOR!
Escrever sob a tua inspiração.
Pensar em ti, louvando teu valor,
Tua beleza, luz do meu coração.

Cuidar de ti, que és a minha Flor,
Flor amada de sublime estimação!
Sofrer por ti esta imensa dor,
Ser capaz de encontrar resignação.

Esperar por ti, ansioso de te ver,
Após ausência vivida a sofrer
Num desejo e saudade sem medida!

Depois...chegada a hora desejada...
Envolver-te com meu olhar, Amada,
Como se isso me bastasse nesta vida!

JGRBranquinho

domingo, 13 de novembro de 2011

SALVE, PORTALEGRE !

Voltei a ti, PORTALEGRE, encantamento de horas sempre tão breves!
Voltei, acolheste-me num forte abraço. Aconcheguei-me em teu  colo, sentindo o conforto maternal com que suavizaste esta enorme saudade dum teu filho que, por capricho de Destino, para seu castigo, andou tantas vezes longe, mas sem jamais te esquecer!
Ainda que longe, materialmente, estiveste sempre bem presente em meu coração, por força deste apego às minhas raízes, por mercê desta íntima ligação da minha à tua alma, que me tem marcado toda a vida. Que faz que (esteja onde estiver) te recorde e sinta  como à mãe que me deu o ser e me protegeu na meninice, contribuindo para o meu crescimento a vários níveis.
Salve, pois, PORTALEGRE, onde vivi os melhores anos da minha vida!
 Onde brinquei e joguei, divertindo-me com meus amigos; estudei, muito amei e fui amado, onde confraternizei em teus recantos de encantos, ruas e ruelas íngremes, monumentos, palácios, fontanários; Igrejas onde rezei ao Pai, e que marcaram para todo o sempre, o meu espírito.
Salve, pois, PORTALEGRE, onde comecei a trabalhar, (Escola da Fontedeira de tão gratas recordações e hoje já desaparecida) sentindo pela primeira vez a responsabilidade de encaminhar os que me foram confiados, e que de mim, legítimamente, esperavam (talvez...) mais do que eu estaria preparado para lhes dar. em início de carreira. Ali comecei " a aprender ensinando", ouvindo o conselho (também) de colegas mais experientes com quem tive o privilégio de conviver durante os primeiros dois anos.
Colocado em Lisboa, ali dei continuidade à actividade docente, durante mais trinta e quatro anos, até à jubilação.
Hoje, são cada vez mais repetidas estas vindas à minha cidade natal e maiores as minhas estadas aqui, por imposição do próprio coração, da minha alma, em suma, de todo o meu ser, que aqui tem suas raízes.
Salve, pois, PORTALEGRE, Cidade da minha vida!
Até sempre, encantamento das horas breves que Hoje ainda em ti desfruto, saudade maior e meu céu, meu eterno AMOR- AMOR  DA  MINHA  VIDA!
A T É   S E M P R E ,  P O R T A L E G R E  !

JGRBranquinho

O POETA É...

O poeta é um ser insatisfeito
Muitas vezes, mesmo, triste!
Mas que fazer?! É o seu jeito!
Outro, assim, jamais viste.

O poeta é um ser insatisfeito.
Por vezes, nem sabe se existe!
Tantos horas, tantos dias, contrafeito...
Nem sabe como ainda resiste.

O poeta, por vezes, é estranho!
Não conhece seu valor, seu tamanho,
Mas... sempre instado a escrever!

O poeta, às vezes, é complicado!
Com a tristeza de braço dado,
Uma vida, inteira, a  sofrer.

JGRBranquinho

terça-feira, 8 de novembro de 2011

NAS MADRUGADAS DA CIDADE

Nas madrugadas desta Cidade muito amada
Há cristais de luminosa, poética claridade!
Vivências de adorada,  amorosa cumplicidade
Em rios de vida bem vivida, apaixonada.

Em cada esquina surge uma estrela encantada:
-Uma esbelta mulher, plena de sensualidade!
Há um abraço apertado, doce eternidade,
 Num encontro de loucura inesperada.

Corpos sequiosos caminham bem juntinhos.
Desfrutam, por mútuo agrado, seus carinhos,
Envolvem-se em meigos gestos de ocasião.

Morre a madrugada e desperta um novo dia!
Foi-se o tempo de comungarem essa alegria
Dois seres em delírio, loucos de emoção.

JGRBranquinho

sábado, 5 de novembro de 2011

AQUELA CASA, ALÉM



Aquela casa, além. em plena Natureza,
É a casa onde nasceu e cresceu o meu AMOR.
Onde sonhei entrar e estar, por este  amor,
Ali desfrutando meu ser,em pleno, sua beleza.

Olhando-a ao longe, do alto desta fortaleza
Adivinhando seus recantos, cantei em seu louvor!
Aumentava-se, deste meu querer, o seu fulgor
Porque nela habitava o AMOR- minha certeza.


Era toda uma visão de poeta enamorado!
Parecia-me vê-la e senti-la ali a meu lado!
Contudo, estava longe, talvez pensando em mim!...

Entre o desejo e o desconforto desta situação,
Num anseio querido que me adornava o coração,
Eu era ali, no entanto, quase feliz, mesmo assim.

JGRBranquinho

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NÃO SEI - MEU AMOR






Não sei- meu Amor-
-Que posso fazer por ti!
Queria dar-te o mundo inteiro,
 de todo o coração,
P'ra que pudesses ver-
- minha sedução,
Que tudo és para mim
e nada sou sem ti.




Não sei- minha Amada
-como te dar mais provas!
Como te manifestar com verdade,
quanto te amo!
Ah! Quantas vezes,
longe, por ti chamo!
Quantas canções te cantei,
quantas trovas.

Não sei- minha Querida-
quantos sonhos lindos!
Quantas noites, em claro,
te desejei comigo!
Quantas, em pensamento,
estou contigo!
Quantos dias longos
te esperei, infindos!

Não sei nem sabes-
-meu único Amor,
Como te amo!
Como é grande a minha Dor.

JGRBranquinho

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A TEMPESTADE














Oculta,
lá no alto, do sol, a chama!
Escurece,
num repente, o belo prado.
Aquela nuvem
 se afirma, se reclama...
Cobrindo-me
sem licença, sem agrado.

Quente a tarde!
Ribomba no ar o trovão.
Aves já se agitam,
procurando abrigos.
Por instantes...
receamos a situação,
Adivinhando
da tempestade, seus perigos.

Continua o ribombar
violento dos trovões,
Cai a chuva impiedosa
na Natureza.
Batem, mais célere,
nossos corações...
Perdeu-se, da planura,
anterior beleza.

Corpos molhados
sob as roupas encharcadas,
Procura-se um abrigo,
receia-se o pior!
Estão as estradas
e as valetas alagadas
Reza-se a S.ta Bárbara
e a Deus Nosso Senhor.

Passou a tempestade.
Deixou um rastro de amargura!
Só a triste realidade
Em nós perdura.
Volta-se à vida
Que o tempo urge...
Volta-se à lida
Que já o Sol ressurge.

JGRBranquinho