segunda-feira, 27 de junho de 2016

A MINHA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA MATA

A MINHA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA MATA





O Emílio e a Salomé conheceram-se, amaram-se ainda muito novos e novos se casaram religiosamente na Sé Catedral da cidade de Portalegre, na presença de numerosos amigos e familiares.
Tiveram três filhos:- A Maria de Jesus, o Aurelino e o Fernando  ( tendo ainda perdido dois gêmeos, logo à nascença).
Viveram sempre naquela cidade do Norte Alentejano, ali criando os três filhos queridos.
O Emílio aposentou-se como funcionário público, depois de vários outros empregos que sempre desempenhou com empenho e rigor assinaláveis.
A Salomé optou por criar os filhos no seu lar, ficando em casa como doméstica- como vulgarmente se diz- ajudando o marido nessa e noutras tarefas importantes para o bem-estar do seu lar, o que muito contribuiu para o razoável "modus vivendi" que tinham num tempo também difícil da história do nosso País.
Foram sempre um casal exemplar e admirado por todos os que tiveram a felicidade e/ou a grata oportunidade de tomar conhecimento dessa excelente relação, inclusive na educação dos três filhos, que tanto estremeciam.
Conheci esta simpática família quando passavam as férias de verão na minha Ribeira de Nisa, numa casa que alugaram muito próxima da minha.
Brinquei com os três filhos-  acusando-me a M.ª de Jesus, mais tarde, de ter corrido atrás dela metendo-lhe medo com um sapo.  
Só alguns anos depois os voltei a encontrar, embora ficasse sempre a conhecer o pai Emílio, até pela forte razão de ambos sermos sportinguistas, aliás, como era toda a família Mata, tal como a minha e com muita honra- diga-se por ser verdade e disso nos orgulharmos, sempre. Nessa altura, em oito anos, fomos sete vezes campeões.
No ano de 1953, casualmente, voltei a encontrar a Maria de Jesus como minha colega na Escola Industrial Fradêsso da Silveira, cujo curso eu terminei um pouco antes por ser mais velho.
Comecei a segui-la na rua, vindo depois a descobrir quem ela era.
Diga-se, por ser verdade, que era uma rapariga alta e muito elegante, que dava nas vistas e, claro, a mim também não me passou despercebida...
Resolvi então escrever-lhe, pedindo-lhe namoro, enviando essa carta por uma prima minha- também de nome Maria de Jesus e que frequentava o mesmo ano na citada Escola Industrial e Comercial. 
Escrevi palavras minhas e outras das que eram habituais e já muitos de nós sabíamos de cor por fazerem parte de livros próprios que na altura se vendiam nas papelarias e livrarias da cidade, até quanto a outros aspetos da vida, como modelo a seguir no relacionamento entre as pessoas e entidades comerciais e industriais, religiosas e políticas. Era assim como se diz vulgarmente:- com todos salamaleques.

NOTA:- A propósito, lembro-me do facto de algumas raparigas, que não aceitavam namoro, aconselharem os pretendentes a verem a resposta numa dada página do citado livro. Era o descalabro total! Era motivo de risota a que alguns não escapavam.

Aguardei uns dias que me pareceram longos- tal a ansiedade em que estava-  e, também, por recear (porque não confessá-lo) " levar uma nega" ou "uma tampa" como se dizia nessa época.
Finalmente, lá chegou a desejada carta a aceitar a minha proposta de namoro, mas só depois de ouvir a opinião dos pais!
Os tempos eram o que eram e, por azar meu, o pai Emílio era muito exigente não consentindo que eu a acompanhasse na rua, permitindo o namoro à janela mas só nas quartas-feiras e domingos! Um pouco mais tarde tive a permissão de sair nos domingos à tarde mas na companhia da mãe- a D. Salomé.
Era assim naquele tempo e, embora contrariados, tínhamos que nos contentar com isso, sem embargo de numa ou noutra vez transgredirmos as regras estabelecidas, mas sempre receosos, especialmente a Maria de Jesus...
Ambos estudávamos, agora em cursos e escolas diferentes:- A Maria de Jesus na Escola Comercial (que ela, aliás, ajudou a fundar por incumbência do então Diretor Dr. António Pratas e eu no ensino liceal como aluno externo, tendo como professores dois grandes senhores:- O Dr. José Garção Nunes e o Dr. Francisco Calado Godinho Barrocas, com os quais muito aprendi e de que guardo as melhores recordações.
Os anos foram passando e ambos terminámos os cursos em Portalegre. Por motivo do serviço militar como miliciano- em Lisboa, Évora e Coimbra- interrompi os estudos, que só retomei depois em Évora na Escola do Magistério Primário.
Concluído o curso, exerci a função docente durante dois anos em Portalegre- Escola da Fontedeira, fixando-me, a partir daí, em Lisboa, onde me aposentei, depois de ter obtido na década de setenta o Curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
Voltando à família Mata e especialmente ao meu relacionamento com a Maria de Jesus, casámos em Fátima no dia 28 de dezembro de 1958, alugando uma camioneta de passageiros e deslocando-se outros em carro próprio, tendo levado o meu vizinho padre Aníbal para nos casar. Aliás, como alguns casais não levavam padre, foi ele que ali os casou. 
O repasto foi na Pensão "OS TRÊS PASTORINHOS", por sinal muito bem servido, de acordo com o que estava na ementa.
 Montámos casa em Portalegre na Quinta de S. Nicolau, às Brasileiras, até mudarmos para Lisboa onde passámos a viver, primeiro no 4.º andar do n.º 27 do Largo do Conde Barão, seguindo-se uma casa na Rua G à R. Capitão Roby (onde vivemos trinta meses) e as de  Olivais Norte,(onde vivemos 22 anos e onde agora reside a minha filha Teresa) e  a do Prior Velho, que vendi em 2005, após a morte de minha mulher no ano de 2003.
Após essa fatalidade, comprei com a minha filha Dulce, uma nova casa em 2005 onde agora vivemos- Quinta da Piedade, na Póvoa de S.ta Iria.
A minha mulher- a Maria de Jesus-  que tive a infelicidade de perder após quase 45 anos de casados, exerceu as profissões de escriturária e mais tarde a de desenhadora na Direção Geral de Urbanização em Lisboa, funções que desempenhou com o maior brilho, a par da criação e educação das filhas e da excelente orientação do nosso lar.
O destino quis que assim fosse. Hoje, saudoso e triste, não esqueço nem jamais esquecerei, todos os momentos bons e até os difíceis porque passámos juntos no nosso lar.
Tivémos duas filhas :- A Maria Dulce- hoje professora de Inglês no Ensino Oficial e a Teresa Maria, responsável pelo Serviço num Centro de Saúde de Lisboa. 
Deram-nos dois netos:- O Bernardo Manuel e o João Francisco, hoje já estudantes universitários e que considero como mais dois filhos.
Mantenho, ainda hoje, uma boa relação com os membros da família Mata, uns vivendo em Lisboa e outros ainda em Portalegre, encontrando-nos sempre que possível.
Foi numa boa hora que me relacionei com a FAMÍLIA MATA.

Quinta da Piedade, 25 de outubro de 2014  (Dia de anos da minha filha Dulce)
JGRBranquinho
  

sexta-feira, 24 de junho de 2016

FOI HÁ TANTOS ANOS, MEU AMOR

FOI HÁ TANTOS ANOS,
MEU AMOR.


Quando, meu Amor, te conheci
Logo a minha alma se prendeu a ti
Naquela amena tarde de outono.
Fui tão feliz, meu querido Amor,
Encontrara ali a mais bela Flor,
Que desde logo me tirou o sono.

Queria dormir e não conseguia
Pensando em ti até já ser dia
Louco por te ver de novo, Amor!
Corri para a Quinta, queria ver-te!
Ter-te a sós e então poder dizer-te
Que por ti nutria tamanho amor.

 NOTA:- Sem data.

JGRBranquinho    -   "Little White"



DE MAIS E " E DEMAIS"

De mais" e "demais"

Por Thaís Nicoleti
Entre as dúvidas de grafia mais frequentes está saber distinguir "demais", numa só palavra, da locução "de mais".

Na maior parte das vezes, é o advérbio que se emprega, portanto "demais". Trata-se de um sinônimo de "excessivamente" (comer demais, falar demais, dormir demais etc.) ou simplesmente de "muito" ("Você é linda, mais que demais", para quem quiser relembrar o verso de uma bela canção de Caetano Veloso).

Menos usada, mas também correta, é a palavra "demais" como sinônimo de "ademais" (além disso). Assim: "Fala muito alto o tempo todo; ademais (demais), sua voz é estridente".

Com o sentido de "os outros", "os restantes", portanto com valor de substantivo, usa-se também a grafia "demais". Assim: "Os demais preferiram não opinar".

Já a locução "de mais" pode aparecer com o valor aproximado de "a mais" ("Acertou o tempero: nem sal de mais, nem sal de menos"). Note-se que, nesse caso, "de mais" tem o valor de "demasiado", "excessivo" e, portanto, tem valor de adjetivo (não de advérbio).

Também se usa "de mais" no sentido de "capaz de causar estranheza", "anormal". Assim: "Não vejo nada de mais nisso".

SPORTING CANTO E POESIA:-16/06/2016

Numa sessõ poética no Palácio da Quinta da Piedade




Doce paz, saudade maior do meu viver,
Terna melodia, minha amada terra!
Suaves manhãs que em tempos pude ter
Fruindo o encanto que em vós se encerra.

Poéticas as noites de luar tão lindo
Co’a leve brisa a afagar-me o rosto!
Cantantes águas que escutei sorrindo
Por estreitos caminhos que corri por gosto.

Entardecer de sonho que não esqueci mais,
Minha aldeia/mãe de encantos tais
Onde vivi feliz e desfrutei amor!

Meu qur’ído Alentejo da breve infância!
Como é bom lembrar-te, quando à distância
Um teu filho chora de tristeza e dor.

Revisto em novembro de 2015
JGRBranquinho     -     “Little White”

quinta-feira, 23 de junho de 2016

À MNINHA ALDEIA




Doce paz, saudade maior do meu viver,
Terna melodia, minha amada terra!
Suaves manhãs que em tempos pude ter
Fruindo o encanto que em vós se encerra.

Poéticas as noites de luar tão lindo
Co’a leve brisa a afagar-me o rosto!
Cantantes águas que escutei sorrindo
Por estreitos caminhos que corri por gosto.

Entardecer de sonho que não esqueci mais,
Minha aldeia/mãe de encantos tais
Onde vivi feliz e desfrutei amor!

Meu qur’ído Alentejo da breve infância!
Como é bom lembrar-te, quando à distância
Um teu filho chora de tristeza e dor.

Revisto em novembro de 2015
JGRBranquinho     -     “Little White”

sexta-feira, 17 de junho de 2016

POR AMOR



Por amor escrevo, desde muito novo!
Foi há tantos anos, lá no meu lugar,
Em noites calmas, de suave luar,
No sossego amigo do meu povo.

Ali fui feliz, ali muito amei
Nesse tempo melhor da minha vida!
Dele guardo a lembrança mais querida
Jamais nesta vida o esquecerei.

Recordo-o sim, embora tão distante,
Cada vez mais de forma exuberante,
Esse tempo, minha real afirmação!

Primeira paixão, meu primeiro amor,
A jovem amada, mais bonita flor,
Que pra sempre habitou meu coração.

NOTA:- Revisto em 17 de junho de 2016
JGRBRanquinho   -  “Littlewhite”




terça-feira, 14 de junho de 2016

ABÓBORA



 Aqui está o SEGREDO: 
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>> Semanalmente, por 4 semanas, compre, na feira ou em supermercado, pedaços de abóbora. Não deve ser a abóbora moranga e sim a abóbora grande, que costuma ser usada para fazer doce.
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>> Diariamente, descasque 
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>> _ 100 gramas de abóbora, coloque os pedaços no liquidificator crú, junto com água, SÓ ÁGUA, e bata bem, fazendo um sumo de abóbora e água.
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>> Tome essa vitamina em jejum, 15 a 20 minutos antes do pequeno almoço.
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>>  
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>> Faça isso durante um mês, toda vez que o seu sangue precisar ser corrigido.
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>> Poderá controlar o resultado, fazendo uma análise antes e outra depois do tratamento com a abóbora.
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>>  
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>> De acordo com o médico, não há qualquer contra-indicação, por tratar-se apenas de um vegetal natural e água, não se usa açúcar.
>>
>> O professor, excelente engenheiro químico, estudou a abóbora para saber qual ou quais ingredientes ativos ela contém e concluiu, pelo menos parcialmente, que nela está presente um solvente do colesterol de baixo peso molecular, o colesterol mais nocivo e perigoso - LDL .
>>
>> Durante a primeira semana, a urina apresenta grande quantidade de colesterol LDL, de baixo peso molecular, o que se traduz em limpeza das artérias, inclusive as cerebrais, incrementando, assim, a memória da pessoa..
>>
>>  
>>
>> ABÓBORA... Não faça disso um segredo... DIVULGUE!
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>>  
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>>  
>>
>>  

segunda-feira, 13 de junho de 2016

MARIA


Era a moça mais bonita
Jovem, alegre, catita,
Daquele lugar na Serra.
Vendo-a assim tão bela
Todos se perdiam por ela
Era a rainha da terra.

 Seu nome era Maria
Como ela não havia
Por aquela redondeza!
Mas um estranho, certo dia,
Por encanto ou por magia,
Roubou-nos sua beleza.

Tocador de acordeão
Verdadeiro engatatão
Levou-a dali, certo dia!
Para todos, foi surpresa
Lá se foi tal realeza
Foi-se a nossa alegria.

Seus pais muito choraram
Aflitos se lamentaram
Com a dor no coração.
Por uma paixão tamanha
Fora p’ra terra estranha
Sem favor nem condição.

Todos nós, admiradores
Todos perdidos de amores
A perdemos tristemente!
Levou-nos a nossa menina
O rapaz da concertina
Todo feliz e contente.

Sem ter dó nem piedade,
A nossos olhos, o malvado,
Era um ladrão, o diabo,
Roubou-nos a felicidade.

NOTA:-  Foi numa madrugada de verão. Foram a pé para a cidade mais próxima  e de lá alugaram um táxi para a terra dele, como se soube depois.Éramos um pouco mais novos, mas já gostávamos da Maria, sem nos apercebermos dessa diferença de idade. Sofremos uma desilusão, claro. Ela, muito mais tarde, voltou à terra, já casada e com dois filhos, perdoada pelos pais e até por nós próprios!
Que sejam felizes, dizíamos todos.
É assim a vida!
Quinta da Piedade, 13 de junho de 2016
JGRBranquinho    -    “Zé do Monte”









sábado, 11 de junho de 2016

CHORAM MEUS OLHOS



Choram meus olhos n’ausência prolongada
Aqui só, no lugar onde te amei.
Rezo pra que voltes breve, amada
Pra não chorar mais do que já chorei.

Acorda o dia e eu sem te poder ter!
Já meu pobre ser mais se entristece.
Venho pra qui, vingo-me a escrever…
Meu amor por ti mais se engrandece.

Lembro-te. Sinto-te agora mais perto!
É menos frio este meu deserto,
Suavizo um pouco a minha dor.

Quem me dera que findem estes dias!
Sentiremos, juntos, novas alegrias,
Dando largas ao nosso puro amor.

NOTA:- Sem data (não havia telemóvel)

Revisto na Quinta da Piedade, em 11 de junho de 2016
JGRBranquinho     -   “Littlewhite”- meu anterior pseudónimo.



sexta-feira, 10 de junho de 2016

VENCIDO

Não sei onde estarás a esta hora
Flor viçosa, Amor da minha vida!
Procurei-te, minha dor, minha lida,
Sofre a pobre alma que te adora.

Andei por aí, nos lugares do costume…
Nem sinal de ti, ó minha amada!
Perde esta cidade, acostumada
À tua presença, ao teu perfume.

Já no colégio não te encontravas!
Assim me informaram à entrada 
Sem nenhuma outra informação!

Vencido… sem saber onde estavas…
Triste, dirigi-me, p’ra velha estrada…
Vim p’ra casa co’a dor no coração.

NOTA:- Sem data  (não havia telemóvel)

Revisto na Quinta da Piedade, em 10 de junho de 2016
JGRBranquinho    -   “Littlewhite”  . pseudónimo antigo.






TAUTOLOGIA

Sabem o que é tautologia?      
É o termo usado para um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso "subir para cima" ou "descer para baixo".
Mas há outros.
Veja a seguir.

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- como prémio extra
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito

- tenho um amigo meu
- suicidar-se
.......

Podem notar que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, o termo "surpresa inesperada". Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Por isso, deve evitar-se o uso das repetições desnecessárias.
Fiquem "de olho" nas expressões que usam, no vosso dia-a-dia, para ver se não estão a cair nesta armadilha.
E ainda há mais uma:
- Imprevisto não previsto (utilizado pelos franceses nos contratos de fiscalização de obras)  


 



 

terça-feira, 7 de junho de 2016

INCERTEZAS


Voam, tantas vezes,
meus pensamentos
 para alguém!
Alguém que já não me quer,
que me esqueceu.
Sinto que me ignora.
Sim, é este pensamento
 que baila na minha mente.
É o que pressente o meu coração.
Porquê, Deus meu?!
Amei-a, por certo,
como a ninguém!
Meu pensamento…
está onde ela mora.
Quero e hei de ir procurá-la!...
Tenho que procurá-la.
Mas como fazê-lo?!
Atemoriza-me o nosso encontro.
Tenho sofrido aqui, tanto, tanto,
por falta de coragem.
Mas, cobardemente…
choro e não me atrevo!
Quero acreditar
que esse dia há de chegar…
Preciso, então,
perder todo este medo
que me atormenta.
Quando e como o conseguirei?!
Será que é erro meu
e não seu desinteresse?
Que fiz, então, de errado,
para que esta situação
 acontecesse?!
Para que surgisse, assim,
 bruscamente,
 no que foi um encantado
relacionamento
 por tantos invejado?
Quero calar-me
 e não consigo!
Intrigado e revoltado
custa-me a crer que me esquecesse
quem tanto me quis.
Sim, eu sei que me quis muito.
Sempre o julguei pelo valor
 de tantas provas recebidas.
O que aconteceu então?!
Não sei! Não sei!
Conjeturo… conjeturo…
e sofro perante o que possa estar a acontecer.
Tenho que mudar,
tenho que tomar uma outra atitude.
Quando e como?
Não sei! Não sei!
JGRBranquinho    -  “Littlewhite”





segunda-feira, 6 de junho de 2016

AQUELA NOGUEIRA



Debaixo duma nogueira
Fiz um hino ao meu Amor
Ali uma vida inteira…
Jamais perdia o fulgor.

Era tão boa a sombrinha
Que me dava inspiração!
Se a nogueira fosse minha
Trazia-a no coração.

Quis trazê-la pra cidade…
Era bela, qual bonina!
Hoje morro de saudade
Deixei-a só na campina.

Vou lá voltar muito em breve
Pra dedicar-lhe meu canto.
Que o meu cantar sobreleve
Abrigado no seu manto.

Quinta da Piedade, 6 de junho de 2016
JGRBranquinho   -   “Zé do Monte”





DOR DE AMOR

Quisera, Amor, Amor da minha vida,
Ver realizados os sonhos meus!
Belos sonhos de amor, graças de Deus
Sobre nossa caminhada- querida!

Quisera, dia a dia, ter-te mais perto…
Não como em férias, tão distante.
Tempo de revolta - a mais gritante!
Prendendo-me neste lugar deserto.

Saio:- Vou lembrar o último dia- sim:
Aquele em que te tive no jardim
E nos amámos co’a maior devoção.

Onde estarás agora, minha vida?!
Aqui, serás tu sempre minha lida,
Dor de amor do meu pobre coração.

Quinta da Piedade, 6 de junho de 2016
JGRBranquinho    -   “Zé do Monte”



domingo, 5 de junho de 2016

CORRERIA LOUCA


Vão-se os dias, meses e anos…
Correria louca, sem parar!
Já vi tanto tempo passar
Marca que já deixou seus danos.

Lembro situações vividas:
Tempos d’agrado, outros não…
Todos eles recordação…
Lutas de tantas, tantas vidas.

Assim é a vida no mundo:
De tudo consta, é verdade!
Ter uma outra realidade
É nosso sonho mais profundo.

Será que chegará um dia?!
Oh! quem nos dera, Santo Deus!
Realizar sonhos meus e teus:
Tê-los reais, não fantasia…
EM NOVO TEMPO DE ALEGRIA.

Quinta da Piedade, 5 de junho de 2016
JGRBranquinho   - “Zé do Monte”