Voam, tantas vezes,
meus pensamentos
para alguém!
Alguém que já não me quer,
que me esqueceu.
Sinto que me ignora.
Sim, é este pensamento
que baila na minha
mente.
É o que pressente o meu coração.
Porquê, Deus meu?!
Amei-a, por certo,
como a ninguém!
Meu pensamento…
está onde ela mora.
Quero e hei de ir procurá-la!...
Tenho que procurá-la.
Mas como fazê-lo?!
Atemoriza-me o nosso encontro.
Tenho sofrido aqui, tanto, tanto,
por falta de coragem.
Mas, cobardemente…
choro e não me atrevo!
Quero acreditar
que esse dia há de chegar…
Preciso, então,
perder todo este medo
que me atormenta.
Quando e como o conseguirei?!
Será que é erro meu
e não seu desinteresse?
Que fiz, então, de errado,
para que esta situação
acontecesse?!
Para que surgisse, assim,
bruscamente,
no que foi um
encantado
relacionamento
por tantos invejado?
Quero calar-me
e não consigo!
Intrigado e revoltado
custa-me a crer que me esquecesse
quem tanto me quis.
Sim, eu sei que me quis muito.
Sempre o julguei pelo valor
de tantas provas
recebidas.
O que aconteceu então?!
Não sei! Não sei!
Conjeturo… conjeturo…
e sofro perante o que possa estar a acontecer.
Tenho que mudar,
tenho que tomar uma outra atitude.
Quando e como?
Não sei! Não sei!
JGRBranquinho
- “Littlewhite”
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