sexta-feira, 31 de agosto de 2012

BÊNÇÃO MAIOR

          BÊNÇÃO  MAIOR   

És a luz de alvorada que anuncia o dia!
O afago, a ternura, que dão vida à vida.
És o meu sol amigo, és a minha alegria,
O meu campo verde na paisagem querida.
És a minha aurora no meu acordar!
O tempo ameno, real, que me sustenta!
O mais bonito arrebol  no dia a findar,
O impulso que arrebata e o amor aumenta.
És o meu sonho alegre, a minha ambição!
O meu anseio maior, a minha ventura.
Bálsamo de eternidade em meu coração,
Que todos os meus males  alivia e cura.

É por te amar que o poeta vive!
A bênção maior que jamais tive.
3/10/2009
Monte Carvalho, 31 de agosto de 2012
JGRBranquinho

REALIDADE E SONHOS

       REALIDADE  E  SONHOS  

Fiz meus versos por ti,
                   por gostar tanto,
Em horas de saudade,
                  ausênca dolorosa!
Exaltei-te em pobres versos
                   do meu canto
Deu neles, o melhor ,
                   minha alma ansiosa.
Pensei,  escrevi  por ti
                   em cada novo dia,
Sofrendo por te não ter
                   a todo o instante!
Hoje estás  bem perto,
                  és minha alegria,
Não deveria,  ter-te, jamais,
                  de mim, distante.
Ser feliz por ti, por te ver
                   e tanto amar,
Ter  tuas atenções,
                   dar-te o meu carinho.
Trocarmos tanto amor,
                   sem mais findar!
Homem e mulher
                    aconchegados  em seu ninho.
Serão sonhos, só sonhos,
                   mas… muito belos!
Encantamento  duma hora
                        embora, breve!
São e serão, sempre,
                       Ideais anelos
Duma alma ansiosa
                       que  a tal se atreve.
   05/03/2009. Revisto, no  dia 31 de agosto de 2012, no Monte Carvalho.
JGRBranquinho

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PORQUE TE AMO

     PORQUE  TE  AMO
Quisera conhecer-te melhor,
Flor delicada,
Saber teu íntimo,  
a quem dás o teu amor!
Saber por quem sofreste
 ou sofres tua dor
Se a esse Amor (se existe…)
tua vida é consagrada.
Vejo em ti tantos receios!
Porquê, mulher?
Porque te fechas a meus olhos,
imutável?!
Achas esta relação (acaso )
condenável?!
Não sabes como sofre meu coração,
quanto te quer?
A minha esperança tem alicerces
numa mudança-  senhora!
Mudança tua que aguardo
de alma alvoroçada.
Creio nela com veemência
redobrada,
Meu ânimo é forte,
minha deusa redentora.
Poema revisto  na minha casa  do Monte Carvalho em 29 de agosto de 2012
JGRBranquinho

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A POESIA É LUZ

         A   POESIA  É  LUZ
A Poesia é luz, é minha alegria!
Versos  bem rimados no coração.
Pode ser saudade, ser nostalgia…
Tem que ser verdade, ser paixão.
A Poesia é luz, é minha alegria
Quando escrevo e me dirijo a ti.
Não usando o recurso à alegoria…
É a realidade do que sempre senti.
A Poesia é luz, é minha alegria
Logo que a penso e passo ao papel.
É o prazer maior que no claro dia
Se regista na alma por puro cinzel.
A Poesia é luz, é minha alegria
Por ter razão em ti- Musa bonita!
Por ser por ti que meu ser porfia
No desejo íntimo de receber tal dita.
Monte Carvalho, 28 de agosto de 2012
JGRBranquinho                  

domingo, 26 de agosto de 2012

ÉS-- PORTALEGRE !

ÉS-  PORTALEGRE !   (acróstico)

És-  Portalegre-  meu berço, meu amado  lar!
Só em ti me reencontro com a própria vida.
Por ti- ó cidade- esta saudade, este amar!
O teu  singular carinho é bênção adquirida.
Revisito-te sem conto! Quisera aí ficar.
Teu encanto é meu encanto- terra querida!
Ando longe, tão  saudoso, hei de voltar.
Ligado a ti, sempre estarei-  minha lida.
És mãe amiga que me abraças e eu abraço,
Grande é a dor d’ausência, a  dor de te querer.
Rezo para voltar em breve ao teu regaço
E sei, que queres, este teu filho receber.

Quinta da Piedade, 26 de agosto de 2012
JGRBranquinho

LUZ LIBERTADORA


                LUZ  LIBERTADORA
São teus dotes minha fonte inspiradora!
Contigo- Amor-  é meu passo mais seguro.
És tu- linda mulher-  a minha fada protetora
Aquela por quem nutro, um querer tão puro.

És tu- senhora- a minha deusa redentora!
A mulher que meus dias tanto alegrou.
A  minha luz bendita-  luz libertadora!
A Musa que o meu estro bafejou.

És qual farol na escuridão da minha vida,
Salvação da minha nau a vogar perdida
Ao sabor da tormenta que destroi.

Ao leme, no mar revolto em que navego,
Clamo pela tua imagem, sem sossego!
- Suaviza-me esta dor que tanto doi.

Quinta da Piedade, 25  de agosto de 2012
JGRBranquinho

sábado, 25 de agosto de 2012

SÃO FRASES, SÃO PALAVRAS


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                                       SÃO  FRASES,   SÃO PALAVRAS

São frases, são palavras- traços desenhados, repetidos ao sabor duma irreprimível  vontade de escrever, de comunicar com os outros- conhecidos ou não.
Registo-as no papel quase sem pensar! Surgem-me naturalmente e naturalmente se vão acumulando, formando uma ideia que espero seja compreendida e agrade, isto é, que tenha princípio, meio e fim, e a mim próprio me agrade.
Quantas vezes conseguirei  alcançar esse objetivo? Quantas vezes o não terei conseguido?!
Ninguém é bom juiz em causa própria, sei-o bem. Quantas vezes o que fica escrito, numa primeira análise, me parece bom! Só mais tarde, numa nova leitura, surgem as dúvidas e lá procuro retificar
(sim, penso que o faço…) o que em princípio me parecia estar correto. Felizmente isto acontece, já que-  julgo- seria pior se não fosse capaz de reconhecê-lo e deixasse “correr o  marfim” sem mais preocupações.
Tenho escrito bastante, ultimamente- quer em prosa, quer em verso- e existe, sempre latente, este desejo de melhor, que nunca deveria morrer em cada um de nós.
Aos meus amigos leitores (quantos terei?) peço o favor de me darem, sem rebuço, sem receio, opinião sobre o que escrevo, que não é mais do que mo permitem as minhas capacidades, mas, logicamente,gostaria de ter uma ideia sobre o modo como encaram a minha escrita.
Aqui, no meu Blog, terão muito com que se entreter, se tiverem a amabilidade e a paciência  de me lerem.
Desde já o meu OBRIGADO.

Quinta da Piedade, 25 de agosto de 2012
JGRBranquinho

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ATÉ À ETERNIDADE NÃO TÊM O DIREITO (acróstico)


ATÉ   À   ETERNIDADE    
NÃO  TÊM  O  DIREITO     ( acróstico )
Nuvens negras encobrindo a azul do céu,
A luz do Sol que ilumina e que dá vida!
Onda fatal, que uma  vida destruída
Teve como prémio, que a si mesma deu.
Enforcaram-na p’lo poder que não é seu.
Morte a  lei tão preversa, fraticida!
O mundo inteiro- batalha já perdida-
Doi-se porque ANGEL já morreu.
Injusta maldição sobre ela foi cair!
Ruim destino, de entre nós a fez sair
E a levou p’ró  Além desconhecido.
Irmã  PUI  PENG, até à eternidade!
Temos por ti a mor dor, mor piedade.
O teu sacrifício jamais será esquecido.
Lisboa, 6 de janeiro de 1995
JGRBranquinho
Nota:- Foi executada em Singapura acusada de correio de droga.

MUSA ADORADA

    MUSA  ADORADA

Só a ti eu olho-  mulher tão querida!
Só por ti, meus pensamentos de amor.
É a ti que eu quero em minha vida,
És tu quem tem p’ra mim maior valor.

Só a ti a  alma contempla , embevecida,
Pois  que te considero, mulher superior!
Meu viver, por ti, a constante lida!
Do meu jardim,  a mais mimosa flor.

Ando louco  se não te tenho por perto!
Sinto este mundo qual árido deserto
Onde a vida se reduz a quase nada.

Estou sempre à tua espera,  meu  Amor,
Com a certeza de suavizar a minha dor
Ao ter-te, junto a mim, Musa adorada.

Quinta da Piedade, 23 de agosto de 2012
JGRBranquinho

terça-feira, 21 de agosto de 2012

L A M E N T O


               LAMENTO

Lamento não te ver e ter sempre comigo
Nas boas e até más horas desta vida!
Lamento que por ser o teu melhor amigo
Te sinta, por vezes, ainda, repartida.

Lamento conhecer-te, só, nesta idade,
Mas bendigo o dia em que tal aconteceu!
Não quero que me queiras por caridade
Quando, por ti, minha alma endoideceu.

Lamento saber que não és, ainda, minha
Minha tão bela e fugidia andorinha
Por quem choro, neste canto, a sós.

Lamento estares com outro, a quem felicito!
Aceita este pobre poema que  aqui  recito
Com a alma em ferida, embargada a voz.

Nota: Feito há anos e agora ligeiramente alterado.

Quinta da Piedade, 21 de agosto de 2012
JGRBranquinho

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

HOMENAGEM À EQUIPA DOS " CINCO VIOLINOS"


A MINHA  HOMENAGEM À  EQUIPA  DOS  “ CINCO  VIOLINOS”
                                             AZEVEDO
                       CARDOSO           E           MANEL  MARQUES
                        CANÁRIO          BARROSA        E       VERÍSSIMO
JESUS  CORREIA      VASQUES      PEYROTEU      TRAVASSOS     E   ALBANO 
MUITOS ANOS DECORRIDOS
MAS NUNCA MAIS ESQUECIDOS
DE VITÓRIAS SEM IGUAL!
NSSE TEMPO, OS VIOLINOS
TOCAVAM OS MELHORES HINOS
NESTE NOSSO PORTUGAL.

TANTAS TARDES DE GLÓRIA
ESCRITAS EM NOSSA HISTÓRIA
POR GENIAIS JOGADORES!
DESSA ERA, A SAUDADE
É EM NÓS REALIDADE
DE ATLETAS QUASE AMADORES.

QUE NOTÁVEIS JOGADORES
QUE JOGAVAM COM PRIMORES
NOSSO ORGULHO DESDE ENTÃO.
PERTENCEM À NOSSA HISTÓRIA
FAUTORES DA MAIOR GLÓRIA
DESTE CLUBE CAMPEÃO.

SAUDEMOS COM CONVICÇÃO
JOGADORES DE ELEIÇÃO
QUE MARAVILHAS FIZERAM!
NUNCA MAIS OS ESQUECEREMOS
ESTES E OS QUE JÁ PERDEMOS
QUE TANTA ALEGRIA NOS DERAM.

SALVE, POIS, POR TAL VALOR
QUE AFERVOROU ESTE AMOR
P’LO SPORTING, O MAIS PROFUNDO!
NINGUÉM MAIS OS IGUALOU
E A SUA FAMA FICOU
EM PORTUGAL E NO MUNDO.
NOTA:- Escrevi  este poema  a 23 de novembro de 1969, sendo ainda vivos alguns deste jogadores. O poema está exposto no MUSEU MUNDO  SPORTING.
Quinta da Piedade,  20 de agosto de 2012
JGRBranquinho


domingo, 19 de agosto de 2012

ÉS LUAR QUE ENTERNECE ( acróstico )


És luar que enternece,
Sol que à vida dá mais vida!
Levada onde a água não fenece,
Undação bendita em minha lida.
A ti- senhora- canto por amor,
Rio  refrescante,  meu favor.
Quero-te como  à  vida,  Amor.
Um deslumbramento,  é ter-te!
Encanto-me em ti! Esqueço a dor!
És do meu universo  o maior valor.
Não quero perder-te, ó minha vida!
Trouxeste ao poeta o dom  de amar.
Eternamente, a  constante lida!
Rosa branca/pureza, de celeste olor.
Não  mais ‘star sem ti, amada minha!
Em sonhos estás comigo, sim,  Flor.
Contigo há Primavera, bela andorinha!
Enlevo meu, p’ra sempre, meu  AMOR.

Quinta da Piedade, 19 de agosto de 2012
JGRBranquinho

sábado, 18 de agosto de 2012

DO MEU PASSADO


              DO MEU PASSADO
Quando encontrei o Amor na minha vida, ainda muito jovem, na terra onde nasci, mal diria o que o destino me tinha reservado!
Ingénuo e novato, não tinha capacidade de análise, nem conhecimento do que era esse mundo de aventuras em que me ia meter, apenas com um restrito sentido romântico da vida, onde tudo para mim eram rosas.
Vibrava excessivamente com tudo o que fosse uma aproximação furtiva ( não me era permitido mais) e sonhava com mil estratagemas para encontrar uma oportunidade para estar com o móbil dos meus desejos.
Era o fruto proibido, e... está tudo dito!
Por razões que me escapavam, até certo ponto, não me permitiam um aproximar normal da pessoa amada e tinha que descobrir o modo de satisfazer esse anseio, dando voltas à imaginação.
Umas vezes conseguia e, outras...era o desabar de tudo quanto esperava e me parecia tão bem arquitetado!
Hoje, culpo-me pela falta de coragem para enfrentar a situação imposta, mas, na verdade, na altura, seria muito difícil fazer mais, dada a idade e a falta de perspetivas imediatas de autonomia, ainda sem emprego e, por isso, dependente do apoio de meus progenitores.
Estudava sem muito gosto num curso que ainda completei, mas não era, propriamente, aquela área de interesses que preenchia os meus anseios, vindo a enveredar, já mais tarde, pelos estudos liceais, onde me realizei e satisfiz, descobrindo potencialidades até ali ignoradas, pois alcancei notas nunca conseguidas num curso de menor dimensão, como era o anterior. Porquê?.. Acho que uma parte da resposta já a dei; outra tem a ver com a docência que deixava muito a desejar em algumas áreas, talvez as principais, ou- melhor dito- as que mais me interessavam e eu sentia com melhores perspetivas, quanto ao meu futuro.
Este conjunto de situações durou cinco longos anos e prejudicou-.me imenso em muitos sentidos.
Voltando " à vaca fria", digo-vos que até os amores sairam prejudicados, compreendendo-se o meu estado de espírito, que não poderia ser o melhor, evidentemente, andando "a martelar em ferro frio" como soe dizer-se, num curso que ainda interrompi mas em que voltei a matricular-me, para não o deixar a meio. Sempre era um curso e lá fui terminá-lo, embora com sacrifício.
 Ligava-se muito (tal como hoje, afinal... ) aos títulos académicos e quem não frequentasse o Liceu...
 era quase proscrito, pois as famílias queriam que as meninas casassem com doutores.
 Foi esta uma das batalhas mais duras que travei, para além da relacionada com a religião, e que levaram ao términus do primeiro namoro.
Tudo o que eram sonhos, perspetivas de agrado e almejada felicidade, foram-se esfumando aos poucos, ao ponto da minha própria família, ferida no seu legítimo orgulho, ser contra aquela ligação, também. Foi assim-
-creiam- que aos poucos, um entusiasmo exaltado foi esfriando e acabou por me conduzir a outros caminhos.
Quantos casos como este- de aventuras e venturas, também-  não aconteceram e continuarão a acontecer?!
Que responda quem souber, na certeza de que muitos já se depararam com situações algo semelhantes, infelizmente.
Ficou, neste caso, ao menos (entre os dois) uma boa amizade, após um afastamento difícil, confesso.
Quinta da Piedade, 18 de agosto de 2012
JGRBranquinho





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DO MEU CANTO , RAZÃO

Quis ver-te- Amor- e tive esse prazer
Neste dia já aromando a Primavera.
Foi bom para o poeta e seu sofrer
Quando, sem ti, na vida desespera.

Quis ver-te- Amor- e tive esse prazer,
A graça que sempre, aqui, quisera!
Este anseio que é o sonho de te ter
E que antes de te ver eu já tivera!

Corro para ti, e por ti, em cada hora!,
Pois que és quem meu ser mais adora
E é por ti- Amor- que espero cada dia.

Não há outro alguém a quem queira tanto!
Que constitua razão para o meu canto,
Que traga, a meu pobre ser, esta alegria.

  Nota:-Este é um poema antigo e que agora alterei um pouco.
    Quinta da Piedade, 17 de agosto de 2012
     JGRBranquinho
    

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A ALGUÉM


   A  ALGUÉM

Quando olho os teus bonitos olhos.
Diamantes em teu rosto de encantar!,
Esqueço, então, todos os meus escolhos…
Há, nessa visão d’encanto, razão para cantar.

Quero cantar à bela musa que me inspira,
A quem vejo como alguém tão diferente!
Mulher? Deusa? Eu próprio confundira!
Sendo, embora , em mim, tão presente.

És- mulher-  qual andorinha que eu quisera
Ter comigo, aqui, em eterna primavera,
Em meus braços, como estás no coração.

Mensageira de rara alegria, eu te bendigo!
Cada instante em pensamento te persigo
És o motivo e a razão desta canção.

Quinta da Piedade, 16 de agosto de 2012
JGRBranquinho

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

UM CAFÉ FRIO


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UM  CAFÉ  FRIO
Dava eu os primeiros passos nos caminhos do amor (rapaz espigadote mas algo ingénuo) sem ter bem  a noção da falta de conhecimentos, ou experiência de vida, que não tinha na realidade, nem poderia ter, dados os meus poucos anos de contato com o mundo dos homens, especialmente os termos de calão usuais já nessa época distante.
Desloquei-me a uma terra próxima- cerca de dez quilómetros- usando como meio de transporte, a minha  “Dinâmica”- uma bonita bicicleta vermelha- oferecida por meus saudosos pais por ter passado de ano na Escola Industrial Fradêsso da Silveira, que na altura frequentava, um pouco a contra gosto, em Portalegre, visto não ser um curso muito do meu interesse, por variados motivos.Tinha-me sido aconselhado pela D. Amélia- professora do Ensino Primário na minha aldeia, com a ideia de que era um curso que dava para vários empregos, inclusive para uma possível entrada nos Correios.
(Voltando de novo atrás- à razão principal deste meu escrito).
Depois daqueles namoricos de gaiatos, conhecera uma jovem adolescente que me dera volta à cabeça, que não conhecera antes, pois nem era do meu sítio.
Consumou-se o namoro e, por carta, combinámos um encontro na terra dela. Seria num “café matutino e taberna vespertina”, como ao tempo era habitual, cuja dona tinha dado o seu assentimento para lá namorarmos um pouco.
Cheguei  um pouco mais cedo e entrei no dito Café. Apresentei-me, pois a senhora não me conhecia, nem eu a ela.
Que esperasse um pouco, pois a minha namorada deveria estar a chegar…
Iamos conversando, até que a dona do Café me propôs tomar alguma coisa.
- O que quer tomar?
- Um café- respondi eu muito rápido.
- Mas... frio ou quente?
E eu- muito preocupado em não maçar a senhora- respondo de imediato:- Pode ser frio!
Serviu-me num copo de vidro e, logo que o chego à boca, sinto que não era um café; era, sim, um copo de vinho tinto, amargo como fel.
Não me dei por achado, bebi um pouco, e, aproveitando uma curta ausência da senhora, vim até à porta e deitei-o fora. Desconhecia o termo usado para servirem um copo de vinho, dando assim a ideia a quem estivesse presente, de que se tomava um café.
Se eu fosse um frequentador assíduo de cafés atabernados, teria logo percebido e diria que queria um café quente que, na altura, era o chamado café de saco.
O que faz a inexperiência de alguém que aparentemente era já um homenzinho- só o era, no entanto, na altura, pois, como já dei a entender, era alto. 
Não dei parte de fraco e contei “à minha mais que tudo, “quando ela chegou. Rimo-nos e aprendemos ambos, já que ela com muito maior razão, também não conhecia o termo.
Muito mais tarde, já me atrevia a contar este episódio aos amigos e todos se divertiam com a minha ignorância, enquanto outros, talvez, também tivessem aprendido com a minha lição.

Nota:- Cuidado, que ainda pode haver essa designação…
Peçam um café quente se não querem passar pelo que eu  passei… 
Bem, mas se preferem vinho, façam a experiência.
Para não ser tudo mau- relativamente, claro - passei, passámos, uma tarde agradável, embora na parte final com a presença de um irmão dela que ainda experimentou a  minha “Dinâmica- a tal bicicleta encarnadinha que era outro dos meus encantos.

Quinta da Piedade, 15 de agosto de 2012
JGRBranquinho

terça-feira, 14 de agosto de 2012

UM ENCONTRO NA ESTRADA E OUTRAS REFLEXÕES

Ainda não há muitos anos, era vulgar ver pelas estradas, viandantes- caminheiros- que levavam  recados, ou,  então, homens muito pobres que de  terra em terra iam pedindo esmola,  procurando abrigo em algum alpendre, palheiro ou cavalariça, que os habitantes das terras, lhes concediam, especialmente se chovia ou estava frio.
Eram pobres velhos, na maioria já sem família ou abandonados pelos filhos que não se sentiam obrigados a  sustentá-los, alegando falta de condições, infelizmente, mais falta de sentimentos.
Ainda vi e conheci alguns. Em casa de meus pais, também,  alguns tiveram abrigo.
Algumas vezes incompreendidos por gente menos sensível, coitados, lá iam “levando a sua cruz ao calvário”, quantas vezes doentes e com fome! Era “um dó de alma” vê-los!
A alguns ouvi  verdadeiras histórias de encanto, mas, também, descrições aterradoras de uma vida “sem rei nem roque” que estavam obrigados a levar para sobreviverem.
Conta-se que, certa vez, um deles, já cansado, se cruzou na estrada entre Estremoz e Évoramonte, com um almocreve, que na sua carroça também andava de terra em terra, vendendo fruta da região de Portalegre- mais propriamente da minha Ribeira de Nisa, farta em belos pomares, que forneciam fruta até à cidade de Évora!
Hoje, esses pomares, estão quase desaparecidos por culpa de muita gente, mesmo da própria freguesia.
Ora, como ia contando, o nosso caminheiro, já cansado de tanto andar, dirigiu-se ao almocreve, perguntando-lhe:-  Amigo, quanto tempo ainda terei que andar para chegar lá acima, a Évoramonte?
- Siga o seu caminho!- respondeu .
O pobre homem, desiludido, olhou-o abatido e, naturalmente, pouco contente com a resposta obtida e tão intempestiva para ele.
Volvido algum tempo ouviu gritar, lá de longe:- Oiça, amigo, daqui a uma hora estará lá.
-Então, porque não me disse logo?!
-Queria ver como era o seu andamento!... Se se mantiver nesse passo… é como lhe digo:- uma hora!
Ah! Obrigado. Agora compreendo.
Lá seguiu o seu caminho e ambos de riram com o sucedido.
Nem sempre  as coisas são tão lineares; nem sempre as respostas e a sua compreensão, são à primeira vista entendidas…
Afinal, o almocreve- homem experimentado- tivera razão na resposta dada, no modo como o fez.
Assim o pobre viandante fosse capaz de manter o passo até chegar lá acima, àquela bela vila transtagana e cheia de história, como é Évoramonte.
Que Deus se compadeça e proteja  os velhinhos  que ainda por aí andam  por veredas, caminhos, ou estradas de Portugal, solicitando a bondade das pessoas, no sentido da dádiva de uma esmola-  o chamado “pão de cada dia”.
Melhor, que todos saibam assumir as suas responsabilidades, para que não tenhamos quadros como este, nem aqui, nem em qualquer outra parte do Mundo.
Quinta da Piedade, 14 de agosto de 2012
JGRBranquinho

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

CONSIDERANDOS MEUS


CONSIDERANDOS  MEUS

“ Se pudesse voltar atrás, faria o mesmo”- dizem alguns, querendo justificar a orientação e sentido de suas vidas no decorrer dos anos. Por estarem contentes consigo mesmos, ou, então, para não darem a entender o que consideram terem sido os seus próprios fracassos, numa espécie de orgulho com que pretendem  ou julgam poder mascarar o que foram passos errados que já não é possível  emendar nem corrigir.
Alguns, talvez  o desejassem, mas, falta-lhes a coragem ou a possibilidade de o fazerem, dado o estatuto social que julgam ter e que, por vezes, nem têm. Isto, também, porque a  sua sinceridade  deixa  muito a desejar e preferem arcar com as dificuldades, a darem a conhecer os problemas que os afligem, julgando serem, assim, mais considerados no  meio que frequentam, mantendo no desconhecimento do seu passado, até os próprios  familiares.
Eu, não me considerando infeliz, digo abertamente- “ sem papas na língua”- que se pudesse voltar atrás, não faria muito do que fiz, tendo liberdade de escolha, pois também há aspetos que (por ironia do destino  me foram aconselhados ou impostos) seguindo-os  humildemente como jovem obediente que era ou tinha que ser, no caso da indicação da escola ou liceu, após a escolaridade primária.
Atrasei  cinco anos da minha vida escolar numa escola industrial, quase só de más recordações (inclusive as fracas notas que iam dando para passar) não fora os primeiros amores para que tinha muito tempo. Só mais tarde, o liceu onde a situação melhorou em todos os sentidos, atingindo outro estado de espírito, mesmo o de maior responsabilidade, embora sem perder de vista os meus amores, pois ninguém tira “as flores a maio”, como diz o adágio popular.
Tudo isto numa fase da vida, com situações escolares  que me foram impostas e aceitei dada a minha idade e algum desconhecimento das coisas… Mas quem consegue escapar?!
Hoje, arrependo-me do tempo perdido, mas… já é tarde, muito tarde!!!
Quanto ao tempo militar- obrigatório- foram mais dezoito meses como miliciano, e com manobras militares em S.ta Margarida, durante quarenta e um dias.
Quanto ao Curso em Évora, foi uma escolha mesmo concertada com meus pais, e a mais conseguida. Acabado o Curso, exerci em Portalegre durante dois anos  e cumpri todo o outro tempo, em Lisboa, em três escolas:- Penha de França-  com uma direção de Escola em Olivais Norte, durante treze anos e a Escola do Bairro de S. Miguel, em Alvalade, onde me reformei, tendo, ainda  trabalhado como professor, na Administração  Geral do Porto de Lisboa, durante cinco anos.
Casei-me em Fátima com a Maria de Jesus, tenho duas filhas-Maria Dulce e Teresa Maria e dois netos João Francisco e Bernardo Manuel, aos quais dediquei o meu livro:- “CANTOS DO MEU CANTO”.
Em 1970 ingressei  na Universidade Clássica de Lisboa- Faculdade de Letras-  onde concluí o Curso de Ciências Pedagógicas.
Sempre quis ser professor, salvo num certo período que por amizade e admiração de alguém, dizia que queria ir para enfermagem, logo contrariado por uma professora que me disse:-“ Fraca profissão escolhes, rapaz”.
Neste escrito, cabe  ainda (tinha que ser…)  a referência aos  tempos de namoricos, alguns mesmo , perda de tempo! Mas que fazer?! Eram os verdes anos da radiosa juventude, com a irresistível atração física a comandar os afetos, alguns mal sucedidos, por não conduzirem a nada ou quase nada.
Sou agora professor jubilado e considerando o que foi a minha vida, desde que pude decidir, não tenho muito de que me arrepender.
Tenho como agradáveis hobbies, a escrita através da Poesia-  colaboração em cerca de cinco dezenas de Antologias(para além do livro referido)- A Tertúlia “Canto e Poesia” e a Música, através do Departamento de Cultura e Recreio,  do Sporting Clube de Portugal, que dirijo, atuando em simultâneo,  no Coro Polifónico do mesmo Clube.
Quinta da Piedade, 13 de agosto de 2012
JGRBranquinho



domingo, 12 de agosto de 2012

UM LAMENTO

Percorri,  já muito, em minha estrada!
Quanto passo errado, mesmo, em vão!
Eram os  ditames dum pobre coração
Numa correria, por vezes, desastrada.

Percorri , por paixões não justificadas,
Quantas vezes, só meu tempo perdido!
Caminhos que não deveria ter percorrido
Em atrações por mim mal avaliadas.

Hoje, lamento  os trilhos por onde andei,
 Quais caminhos que não mais procurei
E  que não constituem feliz recordação!

Que fazer?-Deixá-los sem mais lamento
No fundo do Letis- rio do esquecimento
E agradecer ao Céu a própria redenção.

Quinta da Piedade, 12 de agosto de 2012
JGRBranquinho

ÉS MULHER !

És, mulher, quem admiro e tanto quero!
Meus sonhos, por ti , poderão ser realidade?
Foste e serás sempre minha saudade,
De te querer e esperar… não desespero.

Tantos dias a desejar-te, mas… a  ver-te
Naquele tempo  azul, nossa  imensa glória!
Todo o encontro tido, era uma vitória
P’lo receio constante de perder-te.

Amada! És quem amo, quem venero.
Por ti- querida- este querer/verdade!
És  tu, sim, o meu Amor de eternidade
Outro Amor, na vida, eu não quero.

Quinta da Piedade, 12 de Agosto de 2012
JGRBranquinho

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

MEU CANTO

  MEU  CANTO

Cantei o amor por ti. Cantarei  eternamente!
Fi-lo logo que te vi. Fixei-o em minha mente.

Porque sinto este desejo? Somente porque te amo.
És sempre o meu ensejo Por ti a toda a hora chamo.

Estou longe, meu Amor. Mas…  estou contigo!
Suplanto esta dor, pois sei que estás comigo.

Vou amanhã procurar-te no nosso sagrado lago
Sei que vou abraçar-te; sentirás o meu afago .

Sentir-te nos meus braços-  a valer, de verdade!
Receber os teus abraços- suprema felicidade.
Quinta da Piedade, 10 de agosto de 2012
JGRBranquinho

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

UM ANJO NA CORREDOURA

UM  ANJO  NA  CORREDOURA

Era um entardecer calmo dum dia de julho- época de exames.
Por conselho de um professor, tinha decidido, em vésperas de importante exame no Liceu, ir até ao Jardim da Corredoura, descontrair um pouco, pois, segundo ele, o que não se aprendeu até ali, não vai aprender-se  no último dia, podendo ser, até, contraproducente!
Após o lanche na casa onde estava hospedado, na R. da Maceira, lá vai este vosso amigo para o jardim citado,  a uma hora mais agradável, após um dia de calor próprio da época estival, bem mais propício a umas merecidas férias que já tardavam mas se aproximavam, felizmente.
 Ao chegar junto ao lago, enquanto passeava o olhar na expetativa de apreciar a variedade de
peixes, fui  interrompido pelo “quá, quá” dos patos( que ali tinham também seu lugar adequado) e se assustaram devido à presença inesperada duma bonita jovem que corria junto ao lago, e eu nunca tinha visto na cidade.
Parou junto à grade protetora, bem perto de mim, e logo entabulámos conversação.
Um pouco mais nova que eu- teria cerca de 14 anos- encetámos, naturalmente, um passeio pelo jardim.
Ela tinha um perfume que ressaltava ainda mais a sua beleza,  e que  me agradava sobremaneira.
A sua voz, as suas maneiras cativantes, a sua alegria quase ingénua, tocaram-me extraordinariamente e já agradecia ao destino ter ali ido e poder conhecê-la.
Demos as mãos como duas crianças e brincámos de socalco em socalco, colhendo flores e acariciando-nos sem mal, rindo e olhando-nos com entusiasmo raro.
Sentia-me atraído por ela e percebia –lhe o mesmo sentimento.
Escondeu-se o sol no horizonte da Penha, era quase noite, éramos tão felizes!
Despedimo-nos sem sabermos  os nomes, sem mais palavras.Olhámo-nos e dissémos adeus até que ela desapareceu no fim da avenida  na parte norte, perto do quartel.
Vim impressionadíssimo para a pensão e só pensava nela e na quase certeza de que a iria encontrar no dia seguinte no mesmo local.
Voltei lá por diversos dias, sempre em vão! Julgava ter sonhado!  Mas… não! Foi mesmo real!Eu tinha ali estado com ela- um verdadeiro anjo que me visitou e desapareceu, com se tivesse vindo abençoar-me e voltasse para o seu lugar no Céu.
Nunca mais a vi! Que tristeza a minha! Porque razão aconteceu isto?! Interrogo-me, mas não tenho, ainda hoje, uma resposta. 
Se ela pudesse, ao fim de tantos anos, ler estas palavras! E se eu ainda a pudesse reencontrar , como seria feliz!
Quinta da Piedade, 7 de Agosto de 2012-- JGRBranquinho

O AMOR POR TI


O  AMOR  POR  TI

Cantei, canto e cantarei o amor por ti-  mulher,
Num deslumbramento interior que me faz bem.
Não mo consentir?!Jamais perdoaria a esse alguém!
Ninguém conseguiria matar em mim este querer.

Cantei, canto e cantarei enquanto Aqui estiver!
É essa a minha força maior, o meu imortal sentir.
Jamais, alguém, seria capaz de mo impedir
Porque te amo- Amor, falo-ei sempre que quiser.

Mesmo neste mundo perverso, quem se atreverá?
Pobre daquele que o tente! Breve se desiludirá
Porque sou teu e tu és minha- mulher querida.

Hei de de cantar-te em cada dia, em cada hora!
Poi se és tu- Amor- que todo o meu ser adora
Serás, eternamente, a mulher da minha vida.

Quinta da Piedade, 9 de Agosto de 2012
JGRBranquinho

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PASSARAM ANOS

PASSARAM  ANOS
Passaram dias, meses, anos, tantos, tantos!,
desde aquele dia de outubro- meu favor.
Viu-te subir o Monte, meu espírito sonhador
no teu caminhar célere- todo encantos.
Ninguém me tinha falado de ti!
Não sabia quem eras. Nunca te tinha visto!
Num repente… ali estavas, mulher, qual aparição!
Vi-te caminhar no sentido da casa onde também aprendi,
onde me prendi por breves quatro anos.
Comecei a interrogar-me:- Quem serias?
Logo soube, dado o pequeno meio onde vivia
e onde agora estavas, sem que eu soubesse
porquê e para quê.
(Soube, depois, que vinhas para continuar os estudos).
Vi-te durante alguns dias, admirando a tua beleza e elegância.
Certa vez, aguardei a saída e segui-te à distância.
Vi-te entrar na Casa da Quinta, onde viviam teus familiares.
Quantas vezes ali passei a contemplar esse santuário,
onde agora residias, na secreta esperança de te ver!
Certa tarde saíste e, por outro caminho,
fui ao teu encontro.
Cumprimentei-te com “um boa tarde”e dirigi-te a palavra.
Não sei o que disse! Estava trémulo de emoção e receio
sem saber como reagirias à minha tentativa de aproximação.
Fiquei  deslumbrado ao olhar-te assim tão perto!
Eras ainda mais bonita do que supunha,
ao ver-te à distância.
Despedi-me com  uma decisão íntima já tomada:
-iria escrever-te!
Encontrado “o correio”- uma garota de 6 anos—
 lá seguiu a missiva no dia 31 de outubro.
Quanta dúvida! Quanto receio! Quanto anseio!
No dia seguinte- 1.º de novembro- Dia de Todos Os Santos-
com o pretexto  de ir “pedir os santinhos”- como era hábito,
lá fui à Casa da Quinta, na expetativa de te ver e falar.
Vieste à porta com a empregada, de bandeja numa das  mãos,
enquanto na outra tu seguravas a garrafinha do licor da praxe.
Sem procurar saber ali a tua resposta,
logo breve ela veio, para meu sossego.
“ já devia ter pensado que não lhe negava esse pedido”…
Esta e todas as outras frases que escreveste,
eivadas de sentido e magia, enlouqueceram-me de alegria.
Não sabia o que fazer o pobre ser enamorado!
Procurei partilhar com alguém, a minha situação de regozijo.
Contei a uma pessoa de família e a um amigo de infância,
mas, num instante, a notícia se espalhou  no sítio,
sob a inveja de algumas pessoas, talvez a incredibilidade de outras
e a má fé de alguém que não viu com bons olhos o meu sucesso.
Seguiram-se episódios- os mais díspares- misto de alegrias e tristezas.
Fomos felizes à margem de situações problemáticas
que nos foram criadas, durante curtos-ou longos? anos,
mas sobrevivemos e amámo-nos sempre.
Bendito seja o AMOR!
Quinta da Piedade, 6 de agosto de 2012-08-06
JGRBranquinho.

domingo, 5 de agosto de 2012

SOBRE O AMOR

               SOBRE O AMOR

Quantos escreveram, já, sobre o AMOR?!
Quantos, ainda, poderão vir a escrever?!
Ninguém  poderá, hoje, saber  responder
Quantos sofrerão ainda de saudade e dor.
O  AMOR- esse sentimento por vezes  tão mal tratado-
- ‘não está em nós, dá-lo nem  quitá-lo’
como diz Almeida Garret pela boca de D. Madalena de Vilhena, no “Frei
Luís de Sousa”.
Muito pouco modestos são, os que pretendendo  dissertar sobre o AMOR,
o confundem  com atos de índole física-  e/ou  carinho-  pontuais!
Este é,  um sentimento sagrado! O mais sagrado dos sentimentos!
Poderá ter a paixão por começo- arrebatadora, impulsiva, forte, sim.
Por vezes confundindo-se , mesmo,com amizade, com solidariedade-
-até com um certo  gostar.
 O AMOR, não se faz nem se compra!
Está no peito e na alma (no fígado?).
Está em todo o nosso ser,
onde se instala mercê de outro ser, que,
por magia ou graça divina nos tocou.
O AMOR entre dois seres é a infinita atração!
É a  maior bênção terrena, sendo eterna!
Não brinquem com ELE!
Respeitem quem ama, quem sabe amar.
Nunca  se invoque este nome em vão.
Quinta  da Piedade, 4 de Agosto de 2012
JGRBranquinho