QUANDO SE SENTE ATRAÇÃO
Quando se sente atração por alguém e se manifesta em nós o impulso forte de
lha declarar, começa essa luta entre o receio de não ser atendido e o desejo
louco de se abrir por inteiro, falando ou escrevendo.
É uma luta intensa, dominadora, que traz sofrimento ante a dúvida e a
esperança que em nós se debatem e nos tira o sono enquanto se não toma uma
decisão - a decisão de nos declararmos.
Depois disso, é outra a situação,
aguardando ansiosamente a hora duma resposta que se deseja naturalmente
favorável, o que, de novo, nos faz sofrer.
Vive-se quase em pânico, em sobressalto, no temor de se cair no ridículo
por não ser aceite, nunca sabendo qual a reação da pessoa em quem estamos
interessados, embora a tal esperança exista, ainda que débil, por não termos
certezas quanto à recetividade que haverá da outra parte.
É, assim, um tempo de enorme expetativa que é sofrido até ao momento
ansiado em que temos a felicidade de ver concretizado o nosso pedido e nos
sentimos donos do mundo, só porque uma mulher - aquela que nos suscitou
interesse - nos aceitou como seu namorado.
Começa, então, uma nova vida de alegria e tudo à nossa volta tem outro
brilho, estimulando o nosso ego, tornando-nos melhores aos nossos próprios
olhos!
Apetece gritar de contentamento “e proclamá-lo aos quatro ventos” para que
todos saibam do êxito alcançado!
Pelo contrário, se a resposta é negativa (ou não chega, mesmo) então, é a
grande desilusão!
Pensa-se o pior de nós próprios, que não soubemos medir bem a situação,
julgando-nos dignos da aceitação desse pedido, que, pelo desastrado resultado,
não teve razão de existir, pois nos enganámos redondamente acerca dos
sentimentos dela, sabendo, no entanto, que ninguém pode ser obrigado a aceitar
uma relação de amor, se não for sentida.
É terrível, quando isto acontece! Mas quantos já passaram por esta situação
e a suportaram, melhor ou pior, de acordo, também, com as suas capacidades, “partindo
uns para outra”- como se diz na gíria - e outros, sentindo-se derrotados e,
portanto, infelizes, caírem para dificilmente se levantarem do abismo escuro em
que mergulharam.
Situações da vida que marcaram, marcam e continuarão a marcar a existência
de muitos:- umas para bem e, outras, para mal.
Permitam-me que cite aqui a frase de D. Madalena de Vilhena, no Filme:- “Frei Luís de Sousa”:-
“ O AMOR NÃO ESTÁ EM NÓS DÁ-LO NEM QUITÁ-LO”
O AMOR não se compra! O AMOR não se vende!
O AMOR é dádiva voluntária do coração.
Monte Carvalho, 5 de setembro de 2013
JGRBranquinho
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