domingo, 19 de maio de 2013

DISCORRENDO



Resultado de imagem para desigualdades sociais em portugal

                  D I S C O R R E N D O

Andam comigo muitos sonhos de ventura! Anseios de um outro futuro, um futuro mais risonho que o presente que vivo nesta vale de desenganos, onde quase me perco!
Sucedem-se,  ininterruptamente, episódios contraditórios, acontecimentos que nada constroem e causam desconforto, que por vezes nos desanimam e provocam descontentamento, desiludindo-nos a cada passo. São exemplo, as desigualdades bem patentes na nossa sociedade, onde se diz que somos todos iguais, mas há, realmente, muita desigualdade, injustiças por demais evidentes que dão razão aos que consideram “que há uns mais iguais que outros”.
Porque não têm todos acesso à cultura, tendo condições naturais, em si mesmos?!
A resposta é óbvia, mas é preciso dar-lhes nome:- INJUSTIÇA!
Quantos, após concluída a escolaridade obrigatória, se veem impossibilitados de continuar os estudos por razões de ordem económica, por não terem os pais condições materiais para suportar os encargos a que obriga a frequência de uma universidade, mesmo na própria cidade que habitam? Isto, já não falando da ainda mais proibitiva frequência em faculdades de outras cidades tanto nacionais como estrangeiras.
Limito-me a abordar, únicamente, este negativíssimo aspeto da nossa sociedade, pois não sendo concedido o acesso à cultura aos que, naturalmente, têm capacidades de inteligência e vocação para as áreas mais importantes do conhecimento que permitem desenvolver o País, corta-se, desde logo, a possibilidade de num futuro próximo termos quem instrua e eduque as novas gerações.
Tudo isso- que é muito- não impede, não me inibe, de encontrar em mim mesmo a força de um sonho, de um legítimo anseio que me ajuda a encarar com esperança um tempo novo de vida, mais de acordo com o que foi legitimado pelo Criador, que quer para  nós- os Seus filhos-- uma vida digna, com acesso ao pleno desenvolvimento ( físico e intelectual) embora responsabilizando-nos por todos os nossos atos, na medida em que nos deu a liberdade de escolha ( que aqui não temos) para o dia a dia neste planeta que habitamos, que tão medíocremente está a ser dirigido pelos que teem assento no trono das decisões.
Põem, acima de tudo, a parte economicista como regra absoluta, erradamente! Erradamente porque não é assim que a situação vai melhorar alguma vez. Se os que trabalham não tiverem o suficiente para viverem,(não é sobreviverem...) como se desenvolvem, também, o comércio e a indústria e a agricultura, por exemplo?! E, a situação,deveras aberrante e injusta dos que descontaram durante uma vida inteira de trabalho, perspetivando uma velhice tranquila?! Com que direito se lhes toca nas pensões? São estes, muitas vezes, que ainda têm que arcar com as despesas, auxiliando os filhos e netos desempregados!
Pobre deste País entregue em tão más mãos! Mas que inteligências são estas? O que é isto?! Greves e mais greves, para quê? Que resultado têm tido? Fazem-lhes ouvidos de mercador. Mas até quando?!
Então, onde está, então, o respeito pela força da razão? Porque se sobrepõe a ela a razão da força?!
Muito havia e há, infelizmente, que dizer sobre tal diversidade de critério, tal disparate governativo, que leva a que cada dia que passa, vejamos agravarem-se mais as situações, cavando ainda mais as desigualdades, trazendo a todos um maior sofrimento.
Podemos, então, apenas, sonhar? Sim, podemos sonhar, mas... lutando! Lutando com todas as nossas forças, desmascarando os corruptos, pondo a nu os podres da desgovernação.
 Dando o nosso contributo- para que se esclareçam as situações- no sentido duma justiça social adequada e digna duma sociedade de verdade, onde temos o direito de viver.

NOTA:- Escrevo este apontamento no dia em que meu saudoso pai comemoraria mais um aniversário. É uma pequena homenagem a alguém que tinha este sentimento, também. Que, sei bem, assinaria de bom grado o que aqui deixo escrito.
Quinta da Piedade, 18 de maio de 2013
JGRBranquinho

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