Avenida da Liberdade em livro
19, Novembro 2015O livro "Avenida da Liberdade", de Maria João de Figueiroa Rego, foi apresentado ao público no dia 19 de novembro, numa sessão que decorreu no Cinema S. Jorge. O livro traça a história desta avenida, desde que a cidade se começou a abrir para norte: primeiro, através do Passeio Público, uma iniciativa pombalina após o terramoto; depois, com o rasgar da Avenida da Liberdade, propriamente dita, inaugurada em 1886 por iniciativa do presidente da autarquia lisboeta Rosa Araújo. São muitas as estórias dentro das história, numa estimulante visita através dos tempos até aos nossos dias.
Para a autora, mais do que evocar a Lisboa romântica do Passeio Público, o livro é uma homenagem "Avenida que já nasceu moderna", com os notáveis edifícios art déco e modernistas, como é o caso do próprio edifício do Cinema S. Jorge, ou o Cinema Éden, ou o Hotel Vitória (ambos de Cassiano Branco), ou a sede do Diário de Noticias, de Pardal Monteiro. As características de boulevard, presentes nas áleas arborizadas e ajardinadas, são reforçadas pelas "peças de estatuária de grande beleza" que fazem da desta avenida "quase um museu".
Maria João Figueiroa Rego recordou também outras importantes referências deste eixo central da cidade que acompanhou e conduziu o seu crescimento desde a Baixa até aos planaltos, como o Parque Mayer ou a rotunda da Praça do Marquês de Pombal, onde desagua, sendo uma "montra da cidade" ao expor troços artísticos de calçada portuguesa e ao captar o interesse de quase 70 grandes marcas internacionais que aqui se quiseram fazer representar.
A escritora, que já publicou alguns livros de uma série sobre as coletividades e freguesias da cidade, agradeceu os apoios da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC a esta edição de autor, bem como a outras instituições presentes na Avenida, incluindo empresas "com consciência cultural". Na ocasião, maria João Figueiroa Rego deu também o exemplo da "consciência social", posto que uma percentagem da venda do livro nesta sessão de lançamento reverte para uma associação de apoio aos sem abrigo da zona.
Em representação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o secretário geral da autarquia, Alberto Laplaine Guimaraes, sublinhou a "forma apaixonada como a autora se dedica à investigação", tendo como resultado "este excelente contributo para o conhecimento de Lisboa, uma verdadeira obra de referência".
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