A TUA IMAGEM DE MENINA
O VERDADEIRO AMOR
Vem-me à lembrança, agora- senhora- a tua imagem de menina!
Menina de tranças pretas, alta, esbelta, muito airosa.
Eras um encanto para todos- o encanto de todos os que te
rodeavam.
Uma verdadeira flor!
A minha amada e adorada Flor.
A mais bonita das raparigas! A mais bonita rosa.
Sim, naquele tempo da minha eterna e querida saudade,
eras- como num verde prado- a mais delicada e fresca bonina
que meus olhos e meus sentidos viram e admiraram.
Que meu coração e minha alma amaram e adoraram!
Todos os dias te procurava. Todos os dias te esperava.
Todos os dias te escrevia e me escrevias!
Eram bilhetinhos cuidadosa
e amorosamente dobrados,
que eu desdobrava ansioso e apaixonado!
Que eu devorava, lendo nervosamente, encantadamente!
Que eu guardava religiosamente e dormiam comigo.
Não poderia haver um outro Amor assim! Um Amor igual!
Porque merecemos tão pouco do Mundo?! Que mal fizemos?!
Era bom demais para ser terreno e ser vivido por dois seres
frágeis
como éramos, então?
Aonde nos levaria esse mesmo Amor?
Seria impossível desfrutá-lo conjuntamente?
A verdade é que jamais arrefeceu, que permanece e permanecerá
eternamente, unindo-nos na distância física!
Dura distância que
não consegue nem conseguirá destruir-nos,
pois suporta-nos uma inquebrável força anímica- um insuperável
amor que é mais que físico.
É ESPIRITUAL! É O VERDADEIRO AMOR.
Quinta da Piedade, janeiro de 2014
JGRBranquinho