ANOS QUARENTA/CINQUENTA
Acontecia com muita frequência, ainda nas décadas de “quarenta”/
“cinquenta” do passado século “Vinte”, aparecerem nas aldeias do interior do
nosso Portugal, os chamados tendeiros, que se deslocavam em carroças, vendendo
os mais diversos produtos que muito úteis eram às populações, que assim não
precisavam de se deslocar às cidades, tendo ali ‘à mão’ muito do que
necessitavam.
Era uma tradição já muito antiga, que nossos pais, avós e bisavós nos
contavam, a que se habituaram também por sua própria comodidade, devido à idade
de muitos e à dificuldade de transportes que havia dos campos às cidades, com a agravante de ruins estradas, iam muitas vezes por difíceis veredas da Serra.
Pagando, algumas vezes, um pouco mais, resultava, afinal, em economia, não
tendo que gastar com as deslocações, até mesmo os poucos que tinham transporte
próprio - animais de sela ou carroças.
Para os jovens, era também uma alegria, pois era uma oportunidade que
tinham de apelarem aos pais para a compra de algum brinquedo ou peça de roupa.
Enfim, a vinda destes vendedores ambulantes às aldeias, resultavam em
pleno para todos, ajudando, inclusive (os tais tendeiros) a governarem-se.
Sei que hoje, embora em menor número, ainda vão aparecendo, desde que não
tenham feiras nas cidades e vilas dessas zonas.
Concluindo, resultavam em mais postos de trabalho, numa altura em que não era fácil encontrá-los, até a outros níveis, como ainda agora!
Idealmente, seria ótimo que houvesse trabalho para todos nos mais diversos
ramos da atividade humana, mas... infelizmente, é o que se vê!
Confiemos que os governos possam dar satisfação a este grave problema, com
a colaboração preciosa das grandes empresas, a própria iniciativa da gente
jovem e também daqueles que ainda tendo capacidade de trabalho e inteligência, se
lancem corajosamente na procura de
resolverem com brevidade este problema do desemprego no nosso país, criando ainda que pequenas empresas.
Oxalá isto possa ser uma bela realidade, muito em breve!
Ninguém pode nem deve desanimar se quer ter um Portugal melhor, que não é
tão pequeno com dizem. Que também a Escola cumpra bem o seu papel!
Ainda há muito campo para cultivar.
JGRBranquinho
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