“O QUE É OU O QUE JULGA QUE É”
Na vida de cada ser humano há sempre esta dicotomia.
Como diz o adágio popular” Ninguém é bom juiz em causa própria” e, por
isso mesmo, existirá sempre esta dificuldade de apreciação, pois enquanto o
próprio julga conhecer-se e tem, logicamente, a sua própria opinião, os que com
ele lidam julgam-no a seu modo.
A pessoa em causa tem, ou julga ter, um conhecimento de si mesmo, afirma-o
convictamente aos outros, enquanto estes o julgam duma maneira, por vezes, totalmente diferente, dado o relacionamento que com ele mantêm no dia a dia.
Pelas obras realizadas e pelas reações aos acontecimentos que com ele vivenciam,
aos poucos vão formando uma ideia àcerca do seu caráter.
Aqui, naturalmente, cada um (também conforme o seu ponto de vista e a sua
própria sensibilidade) o vai julgando, de modo que as opiniões, logicamente,
também variam relativamente ao indivíduo em causa.
O próprio, julgando-se conhecedor de si mesmo, e sabendo como é
classificado pelos outros, também por vezes se revolta - isto é - sempre que
não lhe agrada o julgamento.
Perante esta situação muito comum na nossa sociedade, como classificar
alguém?!
Quem estará certo?!
Quem terá, verdadeiramente, capacidade de se pronunciar sem errar?!
Para uns que julgam ou têm mais capacidade para o fazer, a pessoa é assim
mesmo!
O próprio ‘mantem-se na sua’ e diz que tem razão, embora por vezes, em
seu íntimo (sem o confessar) possa reconhecer que tal pessoa que sobre ele
expandiu a sua opinião, está, na verdade, certa.
Continuaremos, assim, a apreciá-lo, cada um a seu modo, embora em algumas
situações seja mais fácil tomar partido, dadas as consequências que resultam das
ações por ele praticadas.
Que bom seria se cada um se conhecesse a si próprio e procedesse de
acordo com as boas práticas numa convivência harmónica para que TODOS fôssemos mais
felizes!
José Branquinho
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