terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

INCENTIVO

Num sentido
de vida bem desperto
P'la noção
de liberdade que criaste...
Encontrarás,
 por ti, o rumo certo,
Alcançarás
o ideal que imaginaste.
Ninguém
irá deter tua jornada!
Mais forte
é o destino já traçado.
Atingirás
a felicidade desejada
Num voo
p'lo Céu determinado.
Da vida...
as coisas belas tu mereces
Flor viçosa,
meu sonho d'alvorada!
Com tua graça
meus momentos enterneces,
És sedução
em minha alma bem guardada.

JGRBranquinho

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

HORAS SENTIDAS


São horas sentidas de fervoroso amor
Que ando a lembrar co'a maior saudade.
Momentos gravados são lenitivo à dor
Quando, sozinho, percorro esta cidade.

Vou ali, ao Rossio, volto para aqui:
-A esta casa onde eu mais te amei.
Se sinto saudades, foi porque vivi!
Porque à tua vida já me consagrei.

Visito locais que a alma  mais sente
Cruzo-me na rua com ignorada gente...
Já cansado, atónito, vou ao Café.

A uma mesa, sentado, olhando a janela...
Meus olhos vêem bem triste aguarela...
Mas em melhores dias, não perco a fé.

JGRBranquinho

A MINHA PAIXÃO

A minha paixão p'la escrita tem razão de ser...
A razão dum querer sentido, mui sentido!
Motivação maior dum mais forte querer,
Forte e malfadado querer, não permitido.

A minha paixão... encontrou eco na Poesia!
Foi aqui que melhor pude falar de amor.
Foi, sim... o meu conforto, noite e dia!,
Na Poesia encontrei bálsamo para a dor.

A minha paixão, aos poucos... fez-se amor.
Alimentou-a a esp'rança de estar perto de ti.
Dia-a-dia se aumentou, atingiu raro fulgor
E hoje, confesso, sinto como jamais senti.

"Sinto o peito a arder"! Em chama, o coração
Que exulta de amor por ti, linda mulher!
Sinto-te! Nesta lonjura, és feliz recordação!
Vives em meu ser onde quer que eu estiver.

JGRBranquinho

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

LUZ LIBERTADORA

São teus dotes minha fonte inspiradora
Contigo, é o meu passo mais seguro.
És tu a minha bela fada protetora
Por quem nutro a amor mais puro.

És tu a minha deusa redentora
A mulher que meus dias alegrou.
A bendita luz libertadora
A Musa que meu estro bafejou.

Farol ne escuridão da minha vida
Salvação desta nau a vogar perdida
Ao sabor da tormenta que destroi.

Ao leme, no revolto mar eu navego!
Clamo p'la tua imagem, sem sossego:
-Suaviza-me esta dor que tanto doi!

JGRBranquinho

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A VÓS, SENHORA !

A  vós, senhora que eu tanto amei,
O meu verso saudoso e mais sentido.
Amei-vos e amo, meu bem mais querido!,
Pois, jamais, neste viver, vos olvidarei.

A vós, senhora, o nosso sol de plenitude
Ouso recordar num recordar por bem!
Sentimentos não mais tidos por ninguém
Pois só em nosso amar eu senti virtude.

Só a vós- senhora- rendido este louvor!
Por vós, toda a paixão veio a ser amor.
Fostes vós a mulher a quem me prendi.

Não sabeis que é verdade esta verdade?!
A minha verdade é a verdadeira realidade
Desse amor belo, que só por vós senti.

JGRBranquinho

domingo, 12 de fevereiro de 2012

UMA SAUDADE ( canção )

 
É teu o meu coração
Ao sol desta verdade
Ilumina esta paixão
Uma saudade.

      Refrão
Por ti vivo feliz
Por ti morro de amor
Sem ti sou infeliz
Ó minha bela Flor.

Só tu vives em mim
Só tu, Musa de amor
De mim e só pra ti
Meus versos de louvor.

Quantas vezes te chorei
No meu lugar a sós
Com alegria te cantei
Quando fomos nós.

JGRBranquinho
Nota:-Esta letra- feita agora- adaptei-a a parte de uma música que ouvi há muitos anos e de que sempre gostei. Um dia vou cantá-la para os amigos.

QUE TERÁ ACONTECIDO ?!

Sabes- minha Flor-
            hoje estou triste!
Preocupado, também.
Pressinto... adivinho...
            que não estás bem.
Vejo, em teu rosto,
            em tuas reações,
Reflexos do que irá
            em tua alma.
Não queria ver-te assim!
Talvez não devesse ver-te
            nestas dias.
Não tendo a possibilidade
           de te valer,
De afastar de ti
           a sombra desse mal,
 Desse mal que te aflige!

Deus permita que em ti
           possas encontrar
 A força necessária-
          - a força essencial!...
 Para venceres a dor-
           que queres suportar a sós,
Que talvez julgues ocultar-me-
          - A TUA DOR!

Interrogo-me, perplexo:
-Que terá acontecido
    À MINHA FLOR?!

JGRBranquinho

QUEM ÉS TU- AMOR ?! ( acróstico )

Quem és tu- Amor-
       -pergunto a mim mesmo-
Uma...duas ...mil vezes?...
       sei lá!...  porque te amo
Em dias que são noite
       quando ausente, a esmo,
Morrendo sem te ver
       e ter comigo, eu clamo.
És tu aquela que eu sonhei
       ou só ilusão?!
Serás a mulher
     por que espero agora?
Tantas horas batendo
     este pobre coração
Unicamente por alguém
     por quem se chora.
A mulher que idealizei
     julguei vê-la em ti
Mimosa Flor d'amor
      que me inebriaste!
Ondulante, qual seara,
      teu corpo lindo eu vi,
Rio de água pura
      que tanto me inspiraste.

JGRBranquinho

DEVO-TE TANTO !





Devo-te os melhores poemas que escrevi

- Flor do meu jardim de encantamento!
Companheira constante do pensamento
Num querer maior que só por ti senti.
Devo-te os melhores poemas que escrevi
Em atitude de total deslumbramento!
És a estrela que avistei no firmamento
E por quem- de amores- logo me perdi
Devo-te- Musa- a mais forte inspiração!
Constituis, para o poeta, real motivação
Num secreto idílio de inaudito amor.
Devo-te, sim- minha Musa- tanto, tanto!
Despertaste meu coração nem sabes quanto!
Há tanto-  já-  acorrentado à sua dor.
JGRBranquinho

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ADORADA SEDUÇÃO E MINHA SORTE

Na calma tão segura desse lindo olhar
Encontrei certo dia a luz do meu caminho.
Nele eu vi estampado o sol do teu carinho!
Logo, meu coração, sentiu que te ia amar.


Foi nessa visão d'encanto que me encantei!
Foi- querida mulher- e sabes que não minto.
Foi- minha Musa- tal como hoje ainda sinto!
Como então cantei e p'ra sempre cantarei.

Uma vida por esse encanto que é só teu!
Por ti, acrisolado Amor, que quis só meu
E em mim viverá constante até à morte.

Quero, ainda, poder dizer-to de viva voz
No ansiado encontro que iremos ter a sós,
Mulher- adorada sedução- e minha sorte.

JGRBranquinho

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

EU QUISERA- AMOR

Eu quisera- Amor-
-Sim, eu quisera...
que o tempo não andasse
quando te tenho a sós.
Quisera- Amor-
-Sim, eu quisera...
que o relógio parasse
junto a nós.

Eu quisera- Amor-
-Sim, eu quisera...
que da flor ao fruto
o tempo não contasse!
Quisera- Amor-
-Sim, eu quisera...
num só tempo...
Passado e Presente!
Que, no Mundo, para nós,
todo o bem se concertasse.

Eu quisera- Amor-
-Sim, eu quisera...
que o Futuro fosse o Eterno
que anseio e sonho para nós!
Que tudo fosse o "Agora"
em nossa vida,
Muito nossa
e só nossa-
-MEU AMOR,
MEU ETERNO AMOR!
JGRBranquinho

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

OH! BENDITOS TEMPOS !

Naquela pego que na ribeira havia
Todas gostavam duma pedra de lavar
Que com esforço e arte de admirar
Ali fora posta pela Rosa Maria.

Descia, para a ribeira, uma jovem mulher levando num cabaz de madeira de castanho, a  roupa da casa- a roupa da semana- fazendo-se acompanhar por seu único filho de cerca de sete anos de idade.
Era Primavera e estava o tempo ainda algo frio- o tempo naquela zona nas encostas da Serra de S. Mamede.
Pelo caminho, a cada passo, ia pensando  nos problemas do seu dia-a-dia e, até, como iria encontrar na ribeira a sua pedra de lavar, onde regularmente procedia à lavagem da roupa.
Ali chegada, era a vez de dar um jeito na pedra que com esforço e arte ali colocara há muito, se a mesma  não se encontrava nas condições que considerava ideais para executar a sua tarefa semanal.
A água, como sempre, corria límpida e forte, embora no pego se espraiasse suavemente até cair do açude, de novo no caudal da ribeira, beijando as pedras por si gastas, nesse passar constante, correndo para a Barragem da Póvoa e Meadas, ainda distante.
( Nesse pego, também os canastreiros deixavam as varas de madeira de castanho- a amaciar-  para melhor as trabalharem nas lojas- ou oficinas- onde faziam os cabazes ou canastras e cestas, ambos tão úteis e necessários nos trabalhos agrícolas na altura.)
Voltando um pouco atrás, devo dizer-vos que as mulheres, desde que a Rosa Maria ali estivesse, se deslocavam para outro lugar, respeitando quem tivera o trabalho e o jeito de colocar aquela pedra de lavar.
Era um sinal de admiração que lhes ficava bem e sem esforço denotavam.
Como já disse atrás, a Rosa Maria levava consigo o filho- desde que não houvesse aulas.
Este- enquanto a mãe lavava, corava e secava a roupa- divertia-se na sua predileta aventura, pescando com o auxílio dum cabaz forrado a folhas cor da esperança, onde os peixes iludidos iam entrando, se estava em dia de sorte!... Ou então-  já um tanto cansado- o rapaz  ia vogando o seu barco de papel nas águas da dita ribeira- a Ribeira de Nisa- de seu nome.
Tudo isto- e sempre- escutando o marulhar das águas de pedra em pedra, serpenteando por entre as margens, e, ao mesmo tempo, sob a paradisíaca impressão do canto dos rouxinois, pintassilgos, melros, tentilhões, arvéloas e, ainda, de alguns galos das casas ali perto, à sombra dos salgueiros e junto dos sabugeiros em flor que ornavam a ribeira mais bonita que já conheci.
Acabada a tarefa, lá vinha a Rosa Maria com o filho- a lavadeira e o "pescador"- estrada acima, contentes  por terem podido desfrutar daquele paraíso ali tão perto de casa e tão útil aos dois.
Oh! Benditos tempos! Benditos tempos da década de quarenta!
Nesse tempo- fugaz e inesquecível-  o José só via a parte boa da vida, sem compromissos nem ralações, no aconchego do lar, sob a ditosa proteção de seus pais e, também, muitas vezes, de uma santa mulher- a avó materna, Maria Joaquina- a quem queria como se fora sua mãe.
A Rosa Maria era a minha mãe e o José era eu.
Quantas saudades moram em mim ainda hoje!
Saudades da família, dos vizinhos e amigos de infância que eu sentia como irmãos.
Oh! Benditos tempos! Benditos tempos!

JGRBranquinho