sábado, 6 de outubro de 2012

BENDITO NATAL ! BENDITO NATAL!

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BENDITO  NATAL!  BENDITO  NATAL !

Meu Natal de infância! Minha eterna saudade!
Meu Natal feliz, vivido intensamente na distante aldeia do meu Monte Carvalho,
onde tudo era paz, sossego e bem-estar!
Onde as férias-  sempre apetecíveis- o eram ainda mais nesta quadra festiva.
Oh! quanta alegria ali sentida, indiferente ao próprio frio que fazia!
"Ande o frio por onde andar"... como diz o ditado.
Junto de meus  familiares, junto de meus amigos, junto até dos meus animais de estimação,
tinham lugar as brincadeiras próprias da época e da idade, que apesar do tempo agreste,
não deixávamos de ter no amplo largo do Monte.
Era toda uma ambiência, que, no meu sítio, mercê da nossa crença cristã, do nosso acreditar,
estava, desde logo criada, bem diferente de todas as outras épocas festivas do ano.
Os dias eram passados, em grande parte, nos preparativos da Noite de Natal, começando,desde logo na feitura do Presépio que, em cada casa, a preceito, se fazia, muitas vezes pelas mãos dos gaiatos,
embora sob a orientação dos familiares mais próximos.
A ingénua esperança do brinquedo ou de qualquer outra lembrança deixada pelo Menino Jesus
ou pelo Pai Natal, na chaminé ou sapatinho, trazia-nos ansiosos, expetantes pela Santa Noite.
Aprendíamos com entusiasmo as canções de Natal, num desejo de, com isso, contribuirmos
para um melhor serão  na Consoada.
Chegada a tão ansiada noite, as mães, para além do jantar- muitas vezes alhada de cação ou de bacalhau- faziam a preceito, os tradicionais doces:- filhós, azevias, fatias douradas e fritos de mogango.
Que delícia! Que encanto tudo isto nos trazia!
Tudo era bom naquela santa noite, com cânticos ao Menino Jesus:-
-“Ó meu Menino tão belo” “Ó meu Menino Jesus”"Correi Pastorinhos" "Olhei para o Céu" e outras, igualmente, apreciadas.
Para alguns, ainda, a própria Missa do Galo, até que chegava a hora de se ir para a cama, aguardando ansiosamente a manhã seguinte, para o receber do que nos fora deixado como prenda, que, até certa altura, acreditávamos fosse dádiva celeste!
Mesmo sabendo, mais tarde, que eram os pais ou outros familiares, adorávamos igualmente,
sentindo-nos ainda bem mais próximos deles pela própria lembrança recebida.
Depois, bem,… depois, era o desfrutar e compartilhar com os amigos,
especialmente se fossem brinquedos.
Quanta alegria em nós!
Tudo o mais era secundário, inclusive o tempo, muitas vezes com neve e gelo, aliás, bem suportados,
 tal era o bem sentido, o bem desfrutado, festejando o nascimento de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO- O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS.
Estou certo que nunca mais se perderá esta tão bela tradição a bem dos mais pequenos e, até de nós próprios, como cristãos.
VEIO ATÉ NÓS O SALVADOR!
BENDITO  NATAL! BENDITO  NATAL!

Natal de 2012
 José Garção Ribeiro Branquinho

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