Blogue essencialmente de poesia, alguma prosa e outras informações de carácter geral sobre o Alentejo e seus artistas
quarta-feira, 31 de maio de 2017
MIRAGEM
MIRAGEM
Foram dias sem fim, Flor, à tua espera!
Tantas as noites sem luz, trevas sinuosas.
Julguei-te, meu Amor, quase uma quimera!
Qual campo de batalha perfumado a rosas.
Passou uma e tantas outras primaveras,
Sobre a tristeza das horas desditosas!
As lágrimas vertidas, lágrimas sinceras
No coração do poeta, duras, dolorosas.
Nas asas do meu sonho, sim, te procurei.
À luz do meu desejo, então, vislumbrei
A tua imagem, no horizonte levantada!
Foi ali que os meus olhos se alegraram
Mas..."sol de pouca dura"... e logo choraram!
Era apenas miragem, essa figura amada.
JGRBranquinho - "Little White"
EU NÃO SEI. MEU AMOR
EU NÃO SEI, MEU AMOR
Eu não sei, meu Amor, como agradecer-te
Por esta manhã, só d'amor, só de ternura
Com tua presença... superior ventura!
A suavizar o meu receio de perder-te.
Eu não sei, meu Amor, como agradecer-te
O alívio p'ra saudade que me tortura!
Dor maior de amor que jamais tem cura
Pois, nunca mais, senhora, hei de esquecer-te.
Eu não sei, meu Amor, mas... muito obrigado
Por teres querido estar a meu lado
E seres tão carinhosa para mim.
Bem- hajas, querida Flor, minha paixão!
P'ra sempre ficará tal recordação
Desta manhã que quisera sem ter fim.
JGRBranquinho - "Little White"
segunda-feira, 29 de maio de 2017
CANTO,NÃO CHORO
Eu canto àquela estrela da manhã
Em meus poemas espaçados, preguiçosos.
Canto grato ao Céu! Inspiração nunca vã
Que afloro em meus olhos tão sequiosos.
Canto o amor que sente a alma sã
Retratado em meus poemas amorosos.
Eu canto, sim! Não choro, porque amanhã
Nos beijaremos em amplexos gloriosos.
Esp'rança que não se esvai... se aviventa!
Sede que se não mata, cada dia aumenta!
Minha cruz pesada e leve... salvação.
Luz distante que ilumina a minha vida
É essa luz bendita que me é mais querida!
Só por ela pulsa meu nobre coração.
NOTA:- Revisto em 29 de maio de 2017
JGRBranquinho - " Little White"
EU ACREDITO NO AMOR
EU ACREDITO NO AMOR
Eu acredito
no amor do meu Amor
Este Amor
que eu amo de verdade.
Este Amor
que é a minha saudade
É o Amor que eu amo com fervor.
Eu acredito
no amor do meu Amor
Amor que eu
conheci na mocidade.
Por ele eu
vivo! É minha realidade
Em cada dia
com maior fulgor.
Hei de
amá-lo sempre mais e mais.
Sem poder
vê-lo… meus sentidos ais
Solto cada
dia, aqui distante.
Acredito!
Em breve o poderei ver.
O outubro desse encontro vai suceder…
Hoje, para
mim, o mais importante.
NOTA:- Sem
data.
JGRBranquinho
-
“Little White”
domingo, 28 de maio de 2017
AQUI, TENHO SAUDADES
Aqui, poetas,
tenho saudades cada dia!
Foi onde conheci
a mulher mais bela!
Flor de maior encanto
-o rosto dela!
Beleza singular
- luz que alumia.
Ando tão só!
Bom...
o tempo em que a via!
Ditoso... era o tempo
por essa flor singela.
Enlevo de meus dias,
minha cinderela,
Sentindo por ela
o que sentia:
-Sentido amor,
inspiração que faz viver.
Devo-lhe alegria
e também meu sofrer...
Ninfa
em meu agitado rio
inundando a vida.
Deusa a considero!
Imagem que adoro!
Rezo e espero...
por ela imploro.
Anseio duma vida
que merecia ser vivida.
SONETO
Aqui, poetas, tenho saudades cada dia
Foi onde conheci a mulher mais bela!
Flor do maior encanto, o rosto dela
Beleza singular, a luz que me alumia.
Ando tão só! Bom... o tempo em que a via!
Ditoso... era o tempo por essa flor singela.
Enlevo de meus dias, minha cinderela,
Sentindo por ela o melhor que eu sentia.
Sentido amor, inspiração que faz viver,
Devo-lhe alegria e também meu sofrer...
Ninfa em agitado rio que inunda a vida.
Deusa a considero! Imagem que adoro!
Rezo e espero... por ela hoje imploro,
Anseio duma vida que merecia ser vivida.
JGRBranquinho- "Little White"
sábado, 27 de maio de 2017
SENHORA DO LIVRAMENTO
Senhora do Livramento/ Livrai-me deste tormento/ De a não ver há tantos dias/ Partiu zangada comigo/ Deixou-me um retrato antigo/ Que me aquece as noites frias. Senhora que o pensamento/ Corre veloz como o vento/ Rumando estradas ao céu/ Fazei crescer os meus dedos/ P'ra desvendar os segredos/ Num céu que não é só meu. Senhora do Céu das dores/ Infernos, prantos, amores/ A castigar tanto o norte/ Por que é que partiste um dia/ Sofrendo a minha agonia/ E não me roubaste a morte.
sexta-feira, 26 de maio de 2017
A VIDA INTEIRA
Quero e hei de amar-te a vida inteira
Musa/mulher que há tanto conheci.
Bate célere, meu coração, por ti
Saudosa flor, saudosa companheira.
Aqui, sentado junto à lareira,
Longe de ti, clamando por te ver,
Chora meu coração, vive a sofrer
Aqui no meu lugar, minha Ribeira.
Quisera ter-te aqui, minha alegria,
Dia e noite minha companhia,
Felicidade eterna, Amor maior.
Amanhã será um novo dia, amada!
Estarás comigo, musa adorada.
Será então, meu dia, bem melhor.
Ribeira de Nisa- Monte Carvalho
JGRBranquinho - "Zé do Monte"
quinta-feira, 25 de maio de 2017
FADO HILÁRIO
Quando o Hilário cantava
Alta noite no Choupal
Toda a tricana escutava
Ai!... A sua voz de cristal.
Tricana da minha vida
Ai!...Se eu à noite for à Lapa
Hei de levar-te escondida
Ai!... Debaixo da minha capa.
Ai!... O Hilário disse um dia
Ninguém mais será formado
Quando a velha academia
Ai!... Deixar de cantar o fado.
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
Ai!... A forma de uma guitarra.
Nota:- Outra versão.
Alta noite no Choupal
Toda a tricana escutava
Ai!... A sua voz de cristal.
Tricana da minha vida
Ai!...Se eu à noite for à Lapa
Hei de levar-te escondida
Ai!... Debaixo da minha capa.
Ai!... O Hilário disse um dia
Ninguém mais será formado
Quando a velha academia
Ai!... Deixar de cantar o fado.
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
Ai!... A forma de uma guitarra.
Nota:- Outra versão.
FADO HILÁRIO - Por Augusto Hilário
A minha capa velhinha
É da cor da noite escura
Nela quero amortalhar-me
Ai!.....Quando for pra sepultura.
Ela há de contar aos vermes
Ai, já que eu não posso falar
Segredos luarizados
Ai!...Da minha alma a soluçar.
Ai!... Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
Ai!... A forma de uma guitarra
Autor:- Augusto Hilário
É da cor da noite escura
Nela quero amortalhar-me
Ai!.....Quando for pra sepultura.
Ela há de contar aos vermes
Ai, já que eu não posso falar
Segredos luarizados
Ai!...Da minha alma a soluçar.
Ai!... Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
Ai!... A forma de uma guitarra
Autor:- Augusto Hilário
terça-feira, 23 de maio de 2017
HINO : "GLÓRIA AO SPORTING"G
GLÓRIA AO SPORTING
Vamos cantar a glória
O valor imortal
É nossa a vitória
Leões de Portugal.
Verde é a nossa bandeira
Sporting, o nosso ideal
É sempre a primeira
A esperança final.
É nossa a vitória
SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.
AUTOR:- JGRBranquinho
CANÇÃO :- ALECRIM
Alecrim alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim
Alecrim alecrim doirado
que nasce no monte
sem ser semeado
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim
segunda-feira, 22 de maio de 2017
CANÇÃO:- Ó MINHA AMORA MADURA
Ó MINHA AMORA MADURA
Ó minha amora madura
Minha amora madurinha
Ó minha amora madura
Quem foi que te amadurou
Foi o sol e a geada
E o calor que ela apanhou.
O calor que ela apanhou
Debaixo da silveirinha
Ó minha amora madura
Minha amora madurinha.
Há silvas que dão amoras
Há outras que as não dão
Há amores que são leais
Há outros que o não são.
Já colhi belas amoras
Debaixo de sol ardente
Comi-as com meu amor
Das amoras fiz presente.
JGRBranquinho
OS OLHOS DA MARIANITA . Canção
OS OLHOS DA MARIANITA
Os olhos da Marianita
São verdes cor de limão
Ai sim, Marianita, ai sim
Ai não, Marianita, ai não.
Os olhos da Marianita
São negros cor de carvão
Ai sim, Marianita, ai sim
Ai não, Marianita, ai não.
Eu gosto da Marianita
Dona do meu coração
Ai, sim, Marianita, ai sim
Ai, não, Marianita, ai não.
Nota:- A última quadra é da minha autoria.
JGRBranquinho
Canção alentejana:- " SE FORES AO ALENTEJO"
SE FORES AO ALENTEJO
O mar deixou o Alentejo
Donde trouxe canções de oiro Mas volta a matar saudades Nas ondas do trigo loiro
Se fores ao Alentejo
Vai vai vai vai vai Não te esqueças dá-lhe um beijo Ai ai ai ai.
Nas capelas e nos montes
Há sorrisos de brancura Onde fala a voz de Deus Na voz da cal e da alvura
Sobe o sol e abrasa a terra
A fecundar as espigas À sombra das azinheiras Na dolência das cantigas.
Por lonjuras e planuras
Oh solidão solidão Eu quero paz no trabalho P'ra poder ganhar o pão |
domingo, 14 de maio de 2017
NA MINHA ESTRADA... LONGA ESTRADA!
Na minha estrada...
longa estrada!,
Concedeu-me a sorte
conhecer alguém.
Rosa em flor,
desejada,
não sei se cuidada...
Nela me encantei,
foi meu bem.
Trouxe-me a vida!
Outra vida ao coração.
Rosa vermelha em flor,
mui delicada,
atraiu o poeta!
Musa a elegeu
por convicção.
Dedicou-lhe seus poemas,
foi sua ninfa amada.
Amou-a muito!
Por ela também sofreu.
Loucura bendita...
por ela se prendeu.
Os dias passavam...
por ela ria,
por ela chorava,
Não mais sua vida
seguiu noutro sentido!
Guiava-o, cada dia,
esse bem mais querido.
A ela, e só a ela,
sua poesia consagrava.
Um dia...
(num momento de coragem)
seu sentir ousou declarar.
Boa a ideia?!
Seria ela apenas miragem?!
Expectante, timidamente,
ficou a aguardar.
Era a sua homenagem!
Tinha que lho confessar.
Em boa hora o fez!
Foram felizes
durante muitos anos:
Tanto quanto se pode ser
neste mundo.
Por seu amor profundo
partilharam sua felicidade,
suas lidas!
Deram mais vida
às suas vidas.
JGRBranquinho - "Little White"
longa estrada!,
Concedeu-me a sorte
conhecer alguém.
Rosa em flor,
desejada,
não sei se cuidada...
Nela me encantei,
foi meu bem.
Trouxe-me a vida!
Outra vida ao coração.
Rosa vermelha em flor,
mui delicada,
atraiu o poeta!
Musa a elegeu
por convicção.
Dedicou-lhe seus poemas,
foi sua ninfa amada.
Amou-a muito!
Por ela também sofreu.
Loucura bendita...
por ela se prendeu.
Os dias passavam...
por ela ria,
por ela chorava,
Não mais sua vida
seguiu noutro sentido!
Guiava-o, cada dia,
esse bem mais querido.
A ela, e só a ela,
sua poesia consagrava.
Um dia...
(num momento de coragem)
seu sentir ousou declarar.
Boa a ideia?!
Seria ela apenas miragem?!
Expectante, timidamente,
ficou a aguardar.
Era a sua homenagem!
Tinha que lho confessar.
Em boa hora o fez!
Foram felizes
durante muitos anos:
Tanto quanto se pode ser
neste mundo.
Por seu amor profundo
partilharam sua felicidade,
suas lidas!
Deram mais vida
às suas vidas.
JGRBranquinho - "Little White"
sábado, 13 de maio de 2017
ERA AINDA MUITO NOVO
Era ainda muito novo
Cantei na Escola um dia
Fui rei no meu qu'rido povo
Fui grande a minha alegria.
Continuei a cantar
Até o fiz na igreja!
Sem medo de me enganar
Provoquei alguma inveja.
Mais tarde, já na cidade,
Na Escola Industrial,
P'ra minha felicidade
Também não me saí mal.
Com a idade, fui temendo
E comecei ficar-me!
Inda hoje não entendo
Porque tive de calar-me.
Em Évora, no meu curso,
Onde então me diplomei.
Retomei essse percurso
Nessa Escola cantei.
Depois, como professor,
Com meus alunos cantei.
Cantei com todo o fervor
Meus discípulos ensinei.
Prós amigos fui cantando
Fundei um Grupo Coral.
Os consócios animando
No Sporting de Portugal.
Minha voz fiz ouvir
Em reuniões culturais
Cantei p'ra me divertir
Dia a dia mais e mais.
Inda hoje vou cantando
O melhor que posso e sei
O coração não comando
Cumpra-se a sua lei.
Quinta da Piedade, 13 de maio de 2017
JGRBranquinho - "Zé do Monte"
REFÚGIO SEM IGUAL
REFÚGIO SEM IGUAL
Ó meu Amor, minha vida
Meu sortilégio maior
Com tua imagem querida
Hoje vivo bem melhor.
Hoje vivo bem melhor
Do que vivia sozinho
Tenho-te aqui, meu Amor
Neste sagrado cantinho.
Juntos, sim, e mui felizes
Como outros não haverá
Aqui estão nossas raízes
Ninguém nos afrontará.
Vencemos uma batalha
Desde agora contra o mal.
Deus amigo nunca falha
É refúgio sem igual.
JGRBranquinho - "Zé do Monte"
sexta-feira, 12 de maio de 2017
MUSA
MUSA
Conhecer-te… minha alegria!
Esqueci toda a tristeza.
Encantou-me tua beleza
Nasceu pra mim novo dia.
Foi tarde? Talvez!... Que importa,
Se meu coração sente como sente?
Diz-lhe o coração que não mente
E é por amor que o exorta.
Tantos dias por te conhecer!
Vivi longe em meu deserto.
Hoje… tenho-te por perto
Intenso, vibra meu ser.
Só quero a tua presença
Estima e consideração.
Teu cumprimento/saudação
Que o poeta recompensa.
Não tenho ilusões, acredita.
Sei que não és para mim.
Meu sentir até meu fim
Guardarei, Musa bendita.
Sou crente e oro por ti
Crê, senhora meu encanto.
Em meus versos ou meu canto
És presente até ao fim.
Cantei-te à minha maneira
Obedeci ao coração.
Deus sabe e peço perdão
Se cometi alguma asneira.
José Garção Ribeiro Branquinho
Email:- poetabranquinho@gmail.com
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segunda-feira, 1 de maio de 2017
PRIMAVERA
PRIMAVERA
Surgiu,
finalmente, esplendorosa,
Encantou-me
de forma singular!
Têm meus
dias, agora, outro ar
Foi-se a
estação triste, rigorosa.
Foi-se o
inverno e chegas graciosa,
Estação qu’rida,
pra me alegrar!
És tu,
primavera- céu a brilhar
Da Mãe
Natureza a mais ditosa.
Meu ser se
renova em ti, amada!
Por ti, eu
sinto minh’alma lavada
Sou agora,
de novo, outro ser.
Sê
bem-vinda, primavera gestante!
Eu te louvo
e amo, sou teu amante
Contigo,
pra sempre, quero viver.
JGRBranquinho - “Zé
do Monte”
NOTA:-
Soneto publicado no Jornal “NOTÍCIAS DE SOUSEL”- Maio/2016
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