sábado, 29 de setembro de 2018

NA MINHA VIDA - III APONTAMENTO



NA  MINHA  VIDA  -  III Apontamento

Na minha vida, tive e mantenho ainda (embora hoje em grau mais reduzido) como hobbies, a Escrita (prosa e poesia) a Música e o Canto.
Na minha mocidade, comecei por escrever na escola do meu Monte Carvalho, as célebres redações, (muitas salientando a utilidade dos animais domésticos) e revelava algum jeito, segundo a apreciação da senhora professora, seguidas de ingénuas quadras como ouvia muito frequentemente naquele  lugar do Alto Alentejo, tanto nas festas de casamentos, batizados e aniversários, como também no dia a dia, ouvia aos trabalhadores, quer nas suas tarefas, quer nas típicas tabernas da aldeia - único local de encontro dos homens, naquela época.
Depois, os primeiros versos de amor, influenciado por uma moça que muito amei (me mostrava os seus  escritos e a quem queria corresponder também em verso) e também, quando tive oportunidade (já no Liceu) de ler e estudar o grande Camões, para mim o maior de todos os poetas, como por certo para muitos dos que me leem.
Continuei a escrever, colaborando em dezenas de Antologias de Poesia Portuguesa Contemporânea, das Editoras:- "Minerva" "Amores Perfeitos”, "Sinapis" "Aletheia" "Colibri" "Cria-Promove", "Chiado Editora", "Círculo Nacional D'Arte e Poesia", "Fast-Livro”, "Horizontes da Poesia", "Edições Vieira da Silva" e "Momentos de Poesia” em Portalegre).
Publiquei dois livros:-"CANTOS DO MEU CANTO" e "HÁ VIDA NO QUE ESCREVO", esperando publicar, brevemente, outros já praticamente prontos.
Devo esclarecer, por ser verdade, que também meus pais gostavam muito de poesia e algumas quadras aprendi com eles, sendo meu pai um bom cantor muito considerado no meio, inclusive por minha mãe, que dizia que tinha uma voz melhor que a minha.
Quanto a mim, ia cantando na escola do lugar, nas da cidade de Portalegre:- Escola Industrial Fradêsso da Silveira, Liceu Nacional Mousinho da Silveira e na minha Igreja. 
Mais tarde, já em Évora, também no Órfeão da Escola do Magistério.
 Já em Lisboa, como tenor no Coro Polifónico do Sporting Clube de Portugal, desde a sua fundação, na minha Tertúlia "Sporting Canto e Poesia" (que reúne na terceira 4.ª feira de cada mês no Hall Vip do Estádio José Alvalade) e em Encontros de Coros, Tertúlias Poético/ Musicais, Exposições de Desenho e Pintura, e Lançamento de Livros, para que sou convidado.

JGRBranquinho – Setembro de 2018




terça-feira, 25 de setembro de 2018

A TEU LADO


 A TEU LADO
A teu lado,
situação de igualdade,
Vivi tempos áureos
 da minha vida!
Nada mais importante
 - Musa querida!
Inspiração suprema,
 minha saudade.
Vivemos felizes,
 sem sobressalto,
Em locais diversos
 qual deles mais lindo!
Levados por nosso amor,
 querer infindo,
Mais alto, mais forte
 que o amor mais alto.
Hoje, distante,
mas jamais longe de ti,
Lembro- te no eterno fervor
 deste meu querer
Superior essência
 presente no meu ser
Esse perfume único
 que só em ti senti
Quero-te de volta
 em meus braços enlaçada!
Sentir o teu afago
bem junto a mim
Dar largas
 a este querer sem fim
Sentir-te, eternamente,
 minha namorada.
NOTA:- Revisto em setembro de 2018
JGRBranquinho   -   “J. Little White”




sábado, 22 de setembro de 2018

NA NINHA VIDA



NA MINHA VIDA - I APONTAMENTO
Na minha vida, em prosa ou verso, já muito escrevi! Se o fiz com algum mérito, os outros dirão.
 Alguma coisa escrevi, por vontade própria (naturalmente) e outras vezes inspirado em pessoas que conheci, dando à estampa sentimentos que à minha maneira transmiti o melhor que podia e sabia no momento.
Fi-lo, também, à custa de casos que conheci e que me tocaram particularmente.
Enfim, fui escrevendo segundo a minha sensibilidade, de acordo, naturalmente, com as minhas possibilidades, que, sendo o que são, ficarão, por certo, muito aquém do que eu próprio desejaria, tenho disso bem a noção.
Jamais me atreveria a contrariar o ditado “ ninguém é bom juiz em causa própria”, embora em muitos casos me tenha agradado o que escrevi. Certo? Errado? Os que sabem mais do que eu (e muitos serão) se me lerem e tiverem a pachorra de se pronunciar, que digam de sua justiça.
Enfim, cá vou escrevendo, sempre esperançado, claro, que poderei vir a escrever algo melhor…
Jamais desistirei (penso agora) na procura de aperfeiçoar a minha escrita. Se o não conseguir, fica, pelo menos, esta minha tentativa de melhoria.
Segundo o que sinto (de momento) como disse atrás, pois não sei (ninguém sabe!) o que me reserva o futuro no que respeita à disposição física e, principalmente, à saúde mental.
Era bom que me mantivesse com a força de agora, para que pudesse dar continuidade ao tal anseio de escrever melhor, tentando a cada dia superar-me e poder vir a ser reconhecido junto do meio literário.
Porque sou crente, confio em DEUS/PAI que me ajudará, sem que deixe, por mim próprio, de me esforçar.
Que assim seja!

JGRBranquinho  - Setembro de 2018

DESABAFANDO


DESABAFANDO


Bate meu coração sem parar,

          ritmado, em alegria!

Até quando, meu Bom Deus,

          meu Bom Pai?

Que eu não me aperceba…

          sem um ai…

Quando me chamares,

          chegar meu dia.

Quem o não desejará

            para o fim de seus dias?!

Deixar esta vida em paz, sem sofrimento, é, naturalmente, ambição de todos nós.

Será como Deus sabe, quando Deus quer, seu exclusivo segredo!

Quem ama a vida e é feliz, não tem que ter medo!

 Só tem que cumprir com verdadeira atitude solidária respeitando e amando o próximo nesta breve passagem por este “vale de lágrimas” como o designam os mais pessimistas, ufanando-se, convictamente, de mais realistas.

É o mundo em que vivemos, o mundo que temos! É esta a oportunidade que nos é dada, de cada um de nós, afincadamente, procurar mudar o rumo das coisas de modo a que possamos (concretizada a nossa contribuição) vivermos de consciência tranquila, dormindo então (merecidamente) nos braços de Morfeu, a sono solto, calmamente, cientes de que amanhã o dia será mais risonho (conscientes do dever cumprido) e também confiando na total adesão dos outros, em prol de tão desejada  e hercúlea missão comum, a que TODOS TÊM O DEVER DE ADERIR DE ALMA E CORAÇÃO.

O nosso dever é, assim, procurarmos em cada dia ultrapassar os obstáculos que nos surjam (em atitude francamente positiva) contribuindo para que, em colaboração com os outros, se concretize o tão ambicionado sonho de um mundo melhor, que alguns teimam ainda em contrariar (infelizmente não só aqui no nosso cantinho) como a cada passo se ouve e vê, com constantes atropelos a uma sã convivência entre os povos, com as vítimas do costume sem nada poderem fazer em sua defesa.

Será que também a nível das nações não poderia haver um melhor entendimento, num respeito mútuo no sentido de, afinal, todos serem mais felizes?!

Cada um no seu cantinho, sem ambições, sem guerras que tanto mal trazem à humanidade indefesa?!

Porque não trabalha, cada dirigente (cristão ou não) em prol do bem-estar dos seus próprios concidadãos, tendo como prioridades:-
 A Saúde e a Educação (VERDADEIRA JUSTIÇA SOCIAL) podendo então servir de exemplo aos que, estando no caminho errado, pudessem aprender e pôr em prática tão útil quão necessária lição a bem de toda a humanidade?!
Será isto uma utopia?!
Será assim tão difícil?!


  JGRBranquinho  - Setembro de 2018




quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Á S M U L H E R E S



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ÀS MULHERES

Canto ainda hoje
em meus escritos
(com amor e admiração)
às mulheres
(verdadeiras heroínas)
que conheci e admirei
e guardei no coração.
Canto, com verdade,
(de coração inteiro)
sua real virtude.
Por quem fiz
(total paixão,
total devoção)
minha melhor oração
Dever primeiro,
(sentir maior,
sentir verdadeiro)
O mais importante
no tempo já distante
da breve juventude.




                   Conheci grandes mulheres, insuperáveis donas de casa, amantíssimas mães e avós que em toda a sua vida fizeram um trabalho invulgar ao serviço da família e, concomitantemente, da própria sociedade em que estavam inseridas no interior do nosso Portugal - Alto Alentejo, distrito de Portalegre - onde vivi os primeiros vinte anos da minha vida.
   Naturalmente que sei que em outras regiões seria também assim, mas falo essencialmente do que vivi e conheci numa época já distante e em que despertei para o mundo, atingindo a adolescência num convívio diário com admiráveis mulheres que tanto me marcaram e perdurarão para todo o sempre em minha memória e meu coração.
   Tinham, na totalidade, as tarefas do seu lar e ainda algumas trabalhavam nas atividades campestres, ao serviço dos proprietários das terras, contribuindo, assim, para atenuar as dificuldades da vida numa época dura de viver, a par do trabalho dos maridos. Muitas, infelizmente, nunca viram o seu trabalho reconhecido e ainda eram vítimas de maus tratos por parte dos cônjuges, mormente nos dias de “copos”- já debaixo do efeito do álcool - o que me causava verdadeira revolta, incapaz como estava de lhes poder valer, tal como a maioria dos meus vizinhos, baseados na velha asserção de que “entre marido e mulher não metas a colher”.

       Era um machismo levado ao extremo, sem qualquer consideração pela igualdade de direitos que eram devidos às suas dedicadas companheiras.

    Infelizmente, volvidos mais de cinquenta anos, sei que ainda não atingimos o desiderato que é de acabarmos com esta terrível situação, embora não sendo já tão má como naquela revoltante época que vivi na minha juventude.

        Nessa altura as raparigas iam à escola, se assim seus pais quisessem, no máximo até à 4.ª classe, pois não havia obrigatoriedade escolar no que respeita ao género feminino, o que, naturalmente, as limitava imenso.
       As mulheres tinham, pois, como missão quase exclusiva, a criação e educação dos filhos e os trabalhos na agricultura, com algumas exceções que aprenderam a arte da costura, indo outras trabalhar como serviçais em casas de gente de mais posses, mas sempre ativas, colaborando para o melhor bem-estar de seus lares.
      Aliás, devo esclarecer que no que respeita aos próprios rapazes, na  década de quarenta, na minha freguesia de Ribeira de Nisa, lugar de Monte Carvalho, apenas eu e um outro meu vizinho continuámos os estudos, tendo este abandonado os estudos, volvidos somente dois anos.

    Lembro-me de ouvir afirmações por parte de alguns pais, que consideravam que os filhos deviam continuar a atividade dos pais e que, mandá-los estudar, era criar malandros!

      Meus pais não eram ricos, vivendo do seu trabalho. Meu pai como pequeno industrial no fabrico de canastras e cestas de madeira de castanho, e minha mãe como costureira muito conceituada no meio, exercendo também uma ação verdadeiramente pedagógica ao ensinar a arte da costura a raparigas da nossa região, que depois se vieram a revelar e foram substituindo aa mais velhas, já mais dedicadas a trabalhar para os netos, confecionando-lhes as primeiras roupas e a ocuparem-se em trabalhos de "malha" e "renda". 

      
    Salve, INESQUECÍVEIS MULHERES ! 
      Salve, MÃES , AVÓS E BISAVÓS QUE CONHECI, ADMIREI E AMEI.
  S A L V E ! S A L V E !
  O  M E U  O B R I G A D O !

  (ABRO AQUI UM PARÊNTESIS)
   
  
        (Por expressa vontade de minha mãe e concordância de meu pai, feita a 4.ª classe, continuei os estudos em Portalegre: - Escola Industrial Fradêsso da Silveira e, depois, no Liceu Nacional Mousinho da Silveira.
        Acabados estes cursos, ingressei no Exército como miliciano, servindo em Lisboa:- “Batalhão de Metralhadoras 1”, “Regimento de Cavalaria 7” e Centro de Instrução “Trem- Auto”.
        Fui colocado, depois, em Évora:- “Regimento de Artilharia Ligeira 1 ”e finalmente, em Coimbra:- “Grupo de Companhias de Saúde” onde passei à disponibilidade, tendo ainda participado em “Manobras Militares em S.ta Margarida”.
        Voltei a Évora, cidade que me marcou imenso pela positiva, pois foi ali que se definiu o meu futuro, ao obter o meu Curso de Professor.
    Comecei a minha atividade docente em Portalegre: - Escola da Fontedeira onde estive dois anos, vindo, finalmente, para Lisboa onde exerci durante 34 anos, em três escolas:- Escola n.º 145 - Penha de França, Olivais Norte nº 175/190 (que dirigi durante 13 anos) e Escola n.º 24 - Bairro de S. Miguel - Alvalade, onde me aposentei.
    Tive ainda oportunidade de entrar na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa (onde concluí o “Curso de Ciências Pedagógicas”) e  frequentar o Instituto Superior de Serviço Social).




   Voltando agora ao assunto principal deste meu escrito, devo acrescentar que as poucas pausas que o trabalho permitia, eram para idas aos mercados – “quartas” no Corro e sábados no Rossio (junto ao enorme e secular plátano) - e as feiras (dos porcos, em Janeiro, das cerejas em Junho e das cebolas em Setembro) consideradas como verdadeiros dias de festa, no nosso meio.
     Na aldeia tínhamos no último domingo de Agosto a nossa Festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, que se prolongava por dois ou três dias, como ainda acontece, em pleno Séc.XXI.
       Claro que a meus olhos, e creio que aos do meu tempo, estes eventos tinham outro significado e isto compreende-se facilmente sem necessidade de mais palavras. Bom é que, apesar de tudo, se mantenham bem vivas estas velhinhas tradições, para alegria do povo, quer para os residentes, quer para os que estando a viver fora, nelas têm mais uma razão para reviver outros tempos e sentir a magia destes campos, com todos os aromas que deles ainda emanam e a frescura desta nossa abençoada ribeira, que tantos benefícios traz às terras da nossa amada Ribeira de Nisa, a freguesia em que nasci e aonde volto sempre que posso, sempre saudoso, sempre sequioso, desfrutando dos seus bons ares e habitando por sempre breves dias a minha velhinha casa- a casa em que me criaram meus saudosos pais - a minha verdadeira casa.


GRATO E ELES, 

GRATO A DEUS, PARA TODO O SEMPRE!

Monte Carvalho, Setembro de 2018
JGRBranquinho - “Zé do Monte”


terça-feira, 4 de setembro de 2018

CANTO E NÃO CANSO


CANTO E NÃO CANSO

Canto para ti, meus versos de amor
Canto sentido a ti consagrado!
Amor da minha vida e meu fado
Meu Amor, minha mais bonita flor.

Canto sentido com fé no futuro
Almejando a teu lado, minha vida!
Minha constante e ansiada lida
Nascida deste meu amor tão puro.

Canto sim, e não canso, mulher qu’rida!
Cantarei durante toda a vida
Em louvor do mais puro sentimento.

Meu único Amor, minha bela Flor
Crê em mim, aceita o meu louvor
Vivo no coração e pensamento.

Monte Carvalho, 4 de setembro de 2018
JGRBranquinho  -  J. Little White”