sexta-feira, 30 de novembro de 2018

CANTO DE AMOR SUBLIME


 CANTO DE AMOR SUBLIME
Eu canto, sim, no meu canto,
          esse sol do meu beiral
rompendo no cinzento  deste céu!
Eu canto, sim, essa Flor,
          jovem e formosa Flor,
em horto de esp’ranças, que é só meu!
Eu canto, sim, no meu canto
          essa onda de mar azul, imenso,
giesta em botão de aroma intenso.
Eu canto, sim, no meu canto
           essa brisa meiga, eterna,
que acaricia meus sentidos com ternura.
Eu canto, sim, no meu canto,
              esse luar de encanto
que me inebria, etérea formosura!
Eu canto, sim, no meu canto,
               esse amor sublime, o mais puro
que um coração sentiu alguma vez!
Eu canto, sim, e cantarei
                 esse anjo que certo dia vi e senti!
Por quem chorei e ri e tanto bem me fez.
Eu canto, sim, e cantarei
                  seu corpo e alma, divina imagem!
Eu canto, sim, e cantarei
                  a deusa e mulher de encanto
que és tu, bela miragem.
JGRBranquinho  -   J. Little White”
            

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

CANTO PARA TI E POR TI


 CANTO PARA TI E POR TI

Para ti e por ti
- Mulher/Amor-
Escrevo os versos
 mais sentidos!
Os versos
 mais queridos
que canto por amor
 com o maior fervor.
 Para ti e por ti -
 - minha Flor -
 interiorizo!
Para ti e por ti -
 - meu Amor -
escondo o meu sofrer
e afloro um sorriso
se te posso ver.
Para ti e por ti -
- meu Amor
Sofro no receio
 de te perder
Revivo na esp’rança
 de te ter.
Para ti e por ti -
- Mulher/Saudade,
Mulher/Felicidade,
 Flor mais querida!
Entregaria
 a própria vida.

JGRBranquinho  -  J. Little White”








NO FUNERAL DE MINHA QUERIDA MÃE - DIA 26/11/2001


NO FUNERAL DE MINHA QUERIDA MÃE
                  Dia 26/11/2001
Eu vi chorar teus olhos
de dor e amargura
naquela tarde
de tristeza infinda!
Vi como era o sofrer
de tua alma pura
retratada
em tua face linda.
Vi-te chorar!
Juntos sonhámos!
Era a perda da mulher
que nos queria tanto!
Na derradeira hora
que a avó acompanhámos
Sentidas eram
 nossas lágrimas de pranto
por minha mãe.
Gesto em mim e em ti
bem sentido!
Eu vi-te chorar, sim,
meu neto querido,
como mais ninguém.
JGRBranquinho  - “J. Little White”

ALMEJO INTENSO


ALMEJO INTENSO

A minha inspiração és tu
   - Musa de amor!
É por ti que escrevo
    sem descanso.
Meu cantar
    é gesto humilde e manso
Todo doçura para ti
    - bonita Flor!
Escrever por ti…
    meu maior prazer
 Entusiasmo louco
    por tanto amar.
Desejo infindo
   de te agradar
Ânsia contínua
   de aqui te ter.
   Sonho-te!
Esperar-te dada dia,
   cada hora,
almejo intenso
   de ansioso coração!
De quem, longe, triste,
   a alma chora
Que em ti vê,
    minha Musa,
Sua redenção.
JGRBranquinho  -  “J. Little White”



domingo, 25 de novembro de 2018

LINDA LISBOA


LINDA LISBOA

Linda Lisboa, minha mãe adotiva
Em teu colo amigo fui acolhido!
Minha cidade enquanto viva
Meu lar de encanto, meu lar querido.

De longe vim procurar teu abrigo
Ansioso por te ter, bela cidade!
Há muito sonhado meu pão de trigo
Sequioso de ti, minha eternidade.

Teu abraço tive bem apertado
Logo que cheguei a teu seio sagrado
Teu seio quentinho, meu doce abrigo!

P'ra meu pobre ser sedento de vida
Foste e és a minha urbe amiga
Sob teus afetos, viverei contigo.

Lisboa, 25 de novembro de 2018
JGRBranquinho  - “ J. Little White”



sábado, 24 de novembro de 2018

QUISERA


QUISERA

Quisera, Amor, sim, quisera...
que o nosso encontro
 nos desse, finalmente, a paz!
Quisera, Amor,
sim, quisera...
que o amor espontâneo
 que entre nós brotou
fosse eterno e não fugaz.
Quisera, Amor, sim, quisera...
 logo na vez primeira te vi
(dia inesquecível 
por teu olhar sereno,
 bonito, cativante)
Ficar para sempre
 junto a ti.
Oh! meu Amor, 
tanto tempo perdido!
Tantas horas a sós
e tu tão perto
Tantos dias a desejar-te!
Oh! meu Amor, 
como foi bom hoje encontrar-te!
Em meu coração achar-te
 depois de tanto sofrer silente!
Como é real entre nós
 este misto de bem e mal
Que atormenta e faz feliz e
 por vezes me traz contente!
Me conduz na vida, 
me mortifica e vivifica.
Nos atrai, liga e faz pensar!
Nos fortalece esp'rança
 de construirmos nosso lar.

JGRBranquinho  -  J. Little White"




FADO DAS HORAS

Chorava por te não ver
Por te ver eu choro agora
Mas choro só por querer
Por querer ver-te a toda a hora.

Passa o tempo de corrida
Quando falas eu discuto
Nas horas da nossa vida
Tem cada hora um minuto.

Quando estás ao pé de mim
Sinto-me dono do mundo
Mas o tempo é tão ruim
Tem cada hora um segundo.

Vem Amor vem para meu lado
E não mais te vás embora
Pró meu coração coitado
Viver na vida uma hora.



terça-feira, 20 de novembro de 2018

AO SOM DAS ÁGUAS


AO SOM DAS ÁGUAS
Ao som das águas saltitando de pedra em pedra num marulhar contínuo, nesta ribeira amada -  ribeira da minha Ribeira de Nisa - escrevi há muitos anos alguns dos meus primeiros versos, e escrevo ainda nos dias de hoje, aquando das minhas estadas por aqui, refletindo sobre a vida e suas circunstâncias.
Circulando por entre gigantescos salgueiros, freixos e amieiros, bonitos sabugueiros e este grandioso avelanal onde a luz do Sol penetra coada por suas ramagens verdes, delicio-me nesta calma tarde de outono, escutando em simultâneo o alegre cantar das aves que por aqui vão deambulando, fazendo-me companhia.
Acabei de chegar da nossa grande metrópole, minha adorada Lisboa!
Logo para aqui me dirigi, procurando aproveitar este dia outonal para num relance vespertino ainda poder desfrutar deste aprazível lugar à beira da minha ribeira, que, para além da sua beleza, também tão útil  é no cultivo das terras. Ainda na viagem, já fazia planos para que, mal chegasse, aqui viesse, rememorando outros tempos, ligando-os quanto possível aos dias de hoje.
Além da ponte que substituiu o velho pontão, quase tudo permanece igual, e isso agrada-me, com uma exceção:- o desaparecimento  das quatro azenhas que ao longo desta ribeira existiam.
Agrada-me por me transportar mais facilmente aos anos da minha infância e juventude, a que gosto de estar ligado e que, aqui, por momentos (felizes momentos) posso ainda reencontrar, volvido mais de meio século, repartido entre a minha aldeia e Lisboa.
Daqui saí na procura de melhor me realizar, pois as perspetivas de vida eram na altura muito poucas, embora, ainda hoje, também não sejam muito favoráveis.
No entanto, na altura, para quem não pudesse ir estudar, havia o recurso ao trabalho no campo e a outras atividades a ele ligadas, como pequenas indústrias que aqui existiam e hoje… desapareceram por completo!
Deu-se o êxodo para as cidades, abandonaram-se os campos, hoje quase desertos!
Aqui, junto à minha bonita ribeira, ainda posso sentir-me confortável. Quantas recordações! Quantas lembranças de momentos que aqui passei com os meus amigos, especialmente em tardes de sábado, como esta.

 Ao som destas águas correntes
me delicio e me demoro!
Ouço-as arrebatado, delirante!
Aqui me demorei
horas sem fim, para meu prazer.
Ai, tempos breves
 da minha infância e juventude!
Ai, tardes tranquilas que aqui passei
 em minhas horas de ócio,
 me diverti e inspirei,
escrevendo cartas de amor
- as primeiras cartas de amor -
inspiradas ao som das águas
 da minha encantada ribeira,
grato por tanta graça recebida.
Local sagrado, 
local muitas vezes procurado
qual Éden terreal onde tudo era pureza
 e paz de espírito!
Ai, quantas saudades
guardo ainda em mim!
Junto a estas águas, 
parece que o tempo parou,
dada a primitiva envolvência silvestre
ainda existente.
Aqui, sinto-me feliz, 
lembrando o meu passado.
Até quando, companheiras?!
Benditas sejam, 
águas da minha ribeira!
Benditas sejam!
Benditas sejam!

JGRBranquinho  - "J. Little White"





" AO SOM DAS ÁGUAS"


AO SOM DAS ÁGUAS
Ao som das águas saltitando de pedra em pedra nesta ribeira amada – ribeira da  minha Ribeira de Nisa -  escrevi e escrevo ainda nos dias de hoje, refletindo sobre a vida e suas circunstâncias.
Circulando por entre abundantes e gigantescos freixos, salgueiros e amieiros, pequenos e bonitos sabugueiros floridos e este grandioso avelanal, onde a luz do Sol penetra coada por suas ramagens verdes, delicio-me nesta calma tarde de outono, escutando em simultâneo o alegre cantar das aves que por aqui vão deambulando, fazendo-me companhia.
Acabei de chegar da nossa grande metrópole e logo para aqui me dirigi, procurando aproveitar este dia outonal para num relance vespertino, ainda poder desfrutar deste aprazível lugar à beira da minha ribeira. Ainda na viagem, já fazia planos para que, mal chegasse, aqui viesse rememorando outros tempos, ligando-os quanto possível aos dias de hoje.
Além da ponte que substituiu o velho pontão, quase tudo permanece igual, e isso agrada-me!
Agrada-me, sobretudo, por me transportar mais facilmente aos anos da minha infância e juventude a que gosto de estar ligado; que aqui posso ainda reencontrar, volvido mais de meio século, repartido entre a minha aldeia e Lisboa.
Daqui saí na procura de melhor me realizar, pois as perspetivas de vida eram na altura muito poucas, embora ainda hoje também não sejam muito favoráveis.
No entanto, na altura, para quem não pudesse ir estudar, havia o recurso ao trabalho no campo e a outras atividades a ele ligadas, como pequenas indústrias que aqui existiam e hoje… desapareceram por completo!
Deu-se o êxodo para as cidades, abandonaram-se os campos, hoje quase desertos!
Aqui, junto à minha bonita ribeira, ainda posso sentir-me confortável. Quantas recordações! Quantas lembranças de momentos que aqui passei com os meus amigos, especialmente em tardes de sábado, como esta!
Um outro escrito em verso já alinhavei e que irei juntar a este pequeno texto.
JGRBranquinho - J. Little White”

AO SOM DAS ÁGUAS


Ao som destas águas correntes
me delicio e me demoro!

Ouço-as arrebatado, delirante!

Aqui me demorei
 horas sem fim para meu prazer.

Ai, tempos breves
 da minha infãncia e juventude!
Ai, tempos em que aqui me diverti
 e inspirei escrevendo cartas de amor
 - as primeiras cartas - ao som destas águas
da minha ribeira!
A elas, agradeço, do coração!
Agradeço por tanta graça recebida!
Local sagrado, 
local muitas vezes procurado
 qual Eden terreal onde tudo era pureza
 e paz de espírito!
Ai, quantas saudades
guardo ainda em mim!
Junto a estas águas, 
parece que o tempo parou!
Aqui, sinto-me feliz, 
lembrando o meu passado.
Benditas sejam, 
águas da minha ribeira!
Benditas sejam!
Benditas sejam!

JGRBranquinho  - "J. Little White"





AO SOM DAS ÁGUAS


AO SOM DAS ÁGUAS

Ao som destas águas correntes
me delicio e me demoro!
Ouço-as arrebatado, delirante!
Aqui me demorei
 horas sem fim para meu prazer.
Ai, tempos breves
 da minha infãncia e juventude!
Ai, tempos em que aqui
 me diverti e inspirei,
 escrevendo cartas de amor
- as primeiras cartas de amor -
inspiradas ao som destas águas
da minha ribeira!
A elas, agradeço, do coração!
Agradeço por tanta graça recebida!
Local sagrado, 
local muitas vezes procurado
 qual Éden terreal onde tudo era pureza
 e paz de espírito!
Ai, quantas saudades
guardo ainda em mim!
Junto a estas águas, 
parece que o tempo parou!
Aqui, sinto-me feliz, 
lembrando o meu passado.
Benditas sejam, 
águas da minha ribeira!
Benditas sejam!
Benditas sejam!

JGRBranquinho  - "J. Little White"


SOCIEDADE NACIONAL DAS BELAS ARTES

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domingo, 18 de novembro de 2018

A QUEM ESCREVO E PORQUE ESCREVO


A QUEM ESCREVO E PORQUE ESCREVO
A quem escrevo, porque escrevo,
minha grata e constante inspiração!
Alguém que, por sorte,
encontrei em minha vida!
Mulher/poeta, mulher amiga,
 a cada passo inquietação sentida,
mui terna sedução.
Em mim, sua bonita imagem,
imagem que não esqueço!
Admiro-a e canto-a
 nos poemas mais sentidos.
Determinada, dedicada,
 sem esforço, espalha o bem
 por onde passa!
Empenhar-se por amor, é seu propósito.
Seu estatuto… “um não” à recompensa
por todo o bem que espalha.
Atitude voluntária
desde cedo tomada em sua vida!
Inigualável dom lhe facilita a lida.
Nada a faz recuar, tão forte é seu querer.
Deus proteja e abençoe tal dedicação
neste pobre mundo!
A ela consagremos amor profundo.
Nosso inadiável proceder.

JGRBranquinho  - “J. Little White”



sexta-feira, 16 de novembro de 2018

CADA SORRISO TEU


CADA SORRISO TEU

Cada sorriso teu, mulher, graça infinda!
Visão de agrado, que toca meu coração
Dádiva tua que agradeço, musa linda
Alvorecer em meus dias, forte sedução.

 Sem teu sorriso lindo, teu poeta vegetava!
O mundo seria sem interesse para mim.
Restar-me-ia essa dor que me habitava
Rumo ao término da vida, meu triste fim.

Idealizava-te! Quem serias? Onde estarias?
Sonhei-te acordado, longos duros dias
Ora esperançado, ora infeliz, desanimado.

Tive, aqui, enfim, esta graça, certo dia!
Encontrei-te! Eras tu quem em sonhos via
Gentil mulher, bonita, todo o meu agrado.

JGRBranquinho  -  “J. Little White”

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

REFLITO



Reflito hoje
e ao Céu peço perdão
por desvarios meus
em tanta ocasião.
Loucuras que quisera
poder esquecer.
De pouco vale
meu arrependimento!...
Sim, mas é sincero
este meu lamento
Tão forte motivo é
de meu sofrer.
Quisera apagá-los
da minha memória
Pois não são razão
de qualquer glória.
Falhas cometidas
por motivos fúteis,
bem melhor fora
não terem sucedido!
É minha revolta forte
o tê-los cometido
Não os substituindo
por motivos úteis.
Culpa dos verdes anos,
(agora se dirá)
Prometendo
que jamais tal se fará
Arrependimento tardio
sim, mas sincero.
Que o Céu me perdoe
tais desacatos.
(Não, não envolvem
quaisquer maus tratos)
Mas, que no profundo Lethes,
lançar eu quero.

JGRBranquinho