SITUAÇÕES DA VIDA-
SITUAÇÕES VIVIDAS
Percorreram dois
seres- que muito se amavam e eu conheci bem- caminhos paralelos na vida ,
durante muitos anos.
Rumos diferentes, desencontrados, numa viagem terrena de desenganos, eivada de episódios de tristeza e dor, como causa de falsidades propaladas sem pejo de
qualquer espécie.
Contrariedades numa sequência
imparável, que os afastavam mais- dia a dia-
não por vontade própria, mas por sub-reptícias
manobras engendradas por gente sem alma, que do amor não tinham a menor noção!
Que o amor não
respeitavam, que na ligação de dois seres só viam interesses de ordem material, relação de privilégio egoisticamente
sentida, ofendendo a natureza singela e pura de dois seres que se amavam,
independentemente da sua diferente condição social.
Episódios repetidos ao longo dos tempos e nos mais diversos
lugares da Terra, como se tivessem obrigação de subsistir, por antítese- com o desejável, com o que deveria ser- numa ligação de amor entre dois seres que mais
não queriam que encontrar a felicidade, sem se imporem a si mesmos, condições.
Situações como esta, deram origem a vidas desencontradas, por
força de ações sem escrúpulo de
familiares, que em vez de procurarem contribuir para a felicidade dos dois namorados,
respeitando a sua vontade, se constituiram como obstáculo, impedindo a
concretização da união de duas almas.
Os dias, meses, anos, foram decorrendo no seu caminhar
constante, indiferentes à vontade dos jovens namorados que mesmo não se encontrando,
jamais se esqueceram!
Vidas arruinadas- digo eu que os conheci bem.
Dirão alguns que também um pouco por culpa dos dois jovens; talvez aqui, também, pela sua juventude, o que não lhes permitia tomar uma decisão na
altura devida, e que pareceria ser a mais indicada, não fora o facto das exíguas
condições financeiras que os faziam pensar e temer avançar, mas ainda, e sempre, na expetativa de que
surgissem num futuro mais ou menos próximo, melhores dias nas suas vidas.
Constituiram família muitos anos mais tarde, sem terem a verdadeira
noção do passo que estavam a dar, desistindo-
digamos - de si mesmos, procurando a felicidade noutras paragens.
Não deu certo para nenhum deles, como seria de prever.
Um dia, sem que se
saiba se por acaso se por obra do destino, encontraram-se numa cidade distante.
Tremeram ambos, cumprimentaram-se quase a medo, e… algum tempo depois, um encontro programado!
Estava dado um passo importante! Seria trágico? Não poderia
ser!
Agora, acreditavam e
diziam a uma só voz que não tinha que ser por simples acaso que ali se
encontraram.
Pensaram, trocaram palavras e manifestaram sentimentos
reveladores do amor que sempre os unira.
Havia uma situação já resolvida por parte de um deles; isso era já uma dificuldade a menos, e que se
iria resolver por decisão própria, mais dia menos dia.
Por que teriam que ser assim as coisas? Por que só agora surgia
a possibilidade de verdadeiramente se unirem, se sempre se amaram?!
Por que tiveram de ter vivido vidas diferentes?!
Estava decidida por ambos, a tomada da decisão há muito
ansiada.
NOTA:- Cada um de nós é livre de emitir opinião sobre este
caso, criticando ou, simplesmente, “assobiando para o lado”.
Não querendo influenciar nenhum dos que tiverem a paciência
de ler este apontamento, não emito a minha opinião. embora seja fácil de compreender qual é.
Digam de vossa justiça.
Novembro de 2012
JGRBranquinho
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