domingo, 22 de junho de 2014

SOBRE O TEMPO



SOBRE  O  TEMPO

Chove lá fora num tempo que se queria de calor!
O tempo invernoso que se fez sentir até aqui, não tem dado tréguas.
Julgo que já chega!...
Mas que fazer, se nada podemos contra as forças da Natureza?!
Lamentam-se todos.
Uns, porque  estão fartos de tanta chuva, pela própria inibição
 de uma vida mais ao ar livre, pelo aumento de estados de depressão,
enfim, pela falta daquela alegria que só um belo dia de sol no traz.
Outros, porque as suas vidas estão muito dependentes do estado do tempo-
casos da agricultura e da pesca, especialmente-e também de tantas outras atividades
que por se desenvolverem ao ar livre, têm nisso, um sério obstáculo ao seu trabalho.
Sabendo todos que o tempo é o que é, só a inteligência humana pode obstar
a maiores prejuízos.
É preciso ir dando luta ao tempo que vai fazendo (sem quebras nem desânimos)  
e encontrar as melhores soluções para que a nossa vida não seja muito afetada, quer pela falta de chuva, quer pelas tempestades imprevisíveis, que de vez em quando nos assolam.
O nosso clima ainda é dos mais suaves- é verdade- mas, de acordo com o que são as tradições do País, muitas vezes temos razões de queixa, pois a economia ressente-se ao vermo-nos privados da possibilidade de exercermos funções e tarefas imprescíndiveis quer para o conforto, quer para para o sustento das famílias.
Por isso, enquanto é tempo, há que aprofundar o estudo sobre as diferenças climáticas, isto é, das condições adversas que têm surgido ultimamente. Aqui temos o grande papel das escolas nos mais diferentes graus de ensino e até o conselho de alguns anciãos que lidaram uma vida inteira com a terra e conhecem alguns dos seus segredos.
A Mãe Natureza tem sido muito mal aproveitada, muito mal tratada- mesmo- e, já cansada de tantas e tantas asneiras que sobre si se cometeram, muitas vezes já não corresponde às nossas solicitações.
Para agravamento da situação veio a política errada de proibir culturas (como as do olival e da vinha) geradora, também, do grande êxodo para a cidade e abandono dos campos, onde, ainda assim, se ia vivendo e produzindo alguma riqueza.
Os que ficaram foram envelhecendo e sem forças para cuidar a terra.
Os mais novos, que partiram, não aprenderam a cuidar dela e foram, por necessidade, à procura de trabalho- não qualificado na maior parte das vezes- e jamais voltaram à terra, saindo, inclusive, para o estrangeiro.
O nosso País será pequeno, cada vez mais pequeno, se não se promoverem políticas de retorno aos campos.
Há ainda muita terra para cuidar, não somente para a pastorícia!
A Mãe Natureza tem ainda muito para nos dar se a soubermos cuidar e respeitar.
É ESTE O NOSSO DEVER.
É ESTE O MEU CONSELHO.

Quinta da Piedade, 22 de junho de 2014
JGRBranquinho

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