quarta-feira, 8 de abril de 2015

UMA E OUTRA REALIDADE



Ditosos dias daqueles verões em Vilamoura
Na vossa jovial presença, amada companhia!
Onde pra nós tudo era novo! Tudo era alegria!
Dias sem ter paralelo, felicidade duradoura.

Éramos três crianças! Oh! Assim me parecia!...
Eu, afinal… vosso avô sem sombra de cansaço.
Nada significava p’ra mim qualquer embaraço.
Hoje, saudoso, em mim bem triste nostalgia.

Quem me dera que esse tempo não passasse!
Que aquela época d’ouro não mais terminasse
E ali ficássemos, para sempre, nesse novo céu.

O vosso avô… um homem na pujança da vida!
Hoje, triste, já pensando numa futura partida:
A tal indesejada, mas certa, pra desgosto meu.

Quinta da Piedade, 7 de abril de 2015
JGRBranquinho  --- “Zé do Monte”






2 comentários:

  1. Gostei muito, mas há tristeza nas palavras e isso também me entristece, Não devemos viver apenas agarrados ao passado, nem na incerteza do futuro.Porque não viver apenas o presente e deixar-mo-nos surpreender pelos dias que hão-de vir? Vivamos pois, a tranquilidade dos dias que correm. Beijinhos

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  2. Compreendo bem o teu comentário, Dulce. No entanto, é a verdade do que sinto numa altura já avançada da minha vida. Agradeço as tuas palavras de encorajamento, mas é assim.
    Um beijo.

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