quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

MEUS QUERIDOS PAIS


MEUS QUERIDOS PAIS
Faziam o que podiam!
Mais não faziam, só porque mais não sabiam.
 Meus queridos e saudosos pais! Devo-lhes tudo na vida!
Num meio pequeno no interior do País, e numa época distante (meados do séc. XX) meus queridos e saudosos pais trabalhavam arduamente em prol da manutenção e fortalecimento do nosso lar.
Meu pai começou na arte do fabrico de canastras de madeira de castanho, muito abundante na zona:- Monte Carvalho, Ribeira de Nisa, Portalegre - no Norte Alentejano.
Mais tarde foi um pequeno industrial ligado a este ramo de atividade, e,  por fim, ao comércio de frutas e legumes.
Minha mãe, na arte da costura, trabalhando em nossa casa e ensinando, inclusive, raparigas da aldeia.
Os tempos eram difíceis e os homens trabalhavam como carpinteiros, ferreiros, ferradores, canastreiros, ou então, em grande maioria, na agricultura de subsistência em suas pequenas hortas, ou quintas de proprietários da região.
Mais tarde, começaram então a ir para duas fábricas da cidade:- lanifícios e cortiça, o que constituiu uma boa achega para a economia da minha aldeia.
As mulheres cuidavam da casa e trabalhavam também na agricultura, enquanto outras iam servir e algumas, mais jovens, aprendiam a arte da costura.
Foi neste meio que eu nasci e cresci, frequentei a primeira escola até à 4.ª classe, seguindo-se a Escola Industrial Fradêsso da Silveira e o Liceu Mouzinho da Silveira, na cidade de Portalegre, de que completei os respetivos cursos.
Mais tarde, o serviço militar como miliciano, em Lisboa, Évora e Coimbra, com uma ida a Manobras Militares em S.ta Margarida.
Depois, o Curso da Escola do Magistério Primário em Évora e o começo da atividade docente em Portalegre, durante dois anos, findos os quais fui colocado em Lisboa, onde obtive o Curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras - Universidade Clássica de Lisboa -  e frequência do Instituto Superior de Serviço Social, que tive que pôr de parte por incompatibilidade de horários com a minha atividade profissional.
Exerci a função docente em Lisboa - Escolas 145, 175/190 e 24 (cerca de mil alunos) com direção de escola durante treze anos, aposentando-me no ano letivo de 1992/93.
A par da minha atividade profissional, dediquei-me à escrita (em verso e prosa) à música e ao canto.
Muito deste percurso (que considero positivo) sempre com o apoio de meus queridos e saudosos pais, graças, igualmente, à Providência Divina. 
Nunca o esquecerei!
Nota:- Deixo este apontamento na época especial de Natal, estando implícito o sentimento de enorme saudade duma era vivida no meu lar paterno, junto dos que me deram o ser: ROSA MARIA GARÇÃO RIBEIRO e JOAQUIM MOURATO BRANQUINHO.
QUE DESCANSEM EM PAZ!

NATAL de 2018
JGRBranquinho





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