encontro em cada casa, uma memória, uma recordação.
Volto aos tempos já distantes da minha infância e juventude,
quando, nas relações entre as pessoas e nas atitudes,
eu somente via virtudes, sentindo-me num mundo,
de bondade e afeição, onde reinava o Bem
e julgava jamais poder entrar o mal.
Lembro, a cada passo, andando pela aldeia,
inúmeras pessoas que conheci e admirei;
que marcaram meus dias e recordo saudosamente:-
- meus familiares e meus amigos- tudo boa gente!
Que diferença entre aqueles tempos e os de agora!
A aldeia era habitada, no que isto significa de ocupação das casas,
tanto no largo do Monte Carvalho como nas redondezas:-
- Azenha da Bica, Hortas, Quinta, Laranjeira e Fonte Fria.
A Escola- feminina e masculina- repleta de alunos,
que davam um ar de jovialidade e vida muito própria,
tão diferente dos dias de hoje!
Claro que esta realidade- triste realidade- não é excepção,
antes é comum a todos os outros meios fora das grandes cidades.
Por isto e por outros motivos- de todos conhecidos-
(como o êxodo para as grandes urbes, por falta de condições locais)
a vida nestes meios pequenos perdeu muito da sua prosperidade e do seu encanto!
Quem te viu e quem te vê!- como se diz tantas vezes.
Claro, que ainda mais no meu caso, tendo-a conhecido
com outra pujança, outra vitalidade.
Quando e como se pode inverter esta triste realidade?!
Nota:-Por hoje, chega!
Pode ser que ainda volte a escrever mais um pouco sobre este tema.
JGRBranquinho
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