quinta-feira, 24 de setembro de 2015

NA ALDEIA, JÁ TARDE



Ouço, lá fora, um gargalhar, um riso aberto,
Uma alegria contagiante que me agrada!...
Quero sair! É noite escura… não se vê nada…
E fico atento neste local algo deserto.

Ouço e fico-me no silêncio do meu quarto
Receoso por estes tempos de insegurança…
Uma decisão tomada por minha segurança
Que de histórias noturnas já estou farto.

Está resolvido. Não sairei daqui, não sairei!
Quieto, calado, sozinho, aguardarei
Sempre expectante, sempre desconfiado.

Uma armadilha? Ao certo quem é que sabe?
Na minha pobre cabeça nada mais cabe!
Por isso, eu não saio; fico aqui sossegado.

NOTA:- Sem data.
José G. Ribeiro Branquinho   “ Zé do Monte”


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