Eis que surge em todo
o seu esplendor,
a Primavera radiosa!
É o seu primeiro dia!
Tão novinha ainda!
Com o despontar do
Sol
fica a Terra mais formosa!
Este Sol que é seu e
com ela finda.
Este alvorecer mais
brilhante,
mostra como é bela a
sua majestade
deixando no olvido o
inverno cessante,
que vejo partir sem
réstia de saudade.
O Sol, esta planície
infinda iluminando,
banhando campos sagrados que nos dão o pão,
dá-nos também mais
vida
e, a alegria
espalhando,
cativa ao povo o coração.
Bendita Primavera!
Es para mim a estação
ideal!
Teu fulgor penetra
meu peito.
Para mim és vida,
vida sem igual!
Enchendo-me a alma,
meu prazer maior,
meu céu eleito.
Ao contemplar
a Natureza agradecida
medito na metamorfose
que irá acontecer.
que irá acontecer.
Ah! se assim fosses
primavera da vida!
primavera da vida!
Que voltasses
a deixar-nos reviver.
a deixar-nos reviver.
Primavera amiga!
Vais e voltas novamente!
Porque não és tu
assim,
primavera da vida?
Tu és a vida
que vejo partir
tristemente
Para não mais
voltares,
Oh! Inesquecida!
Évora, ano de 1954.
JGRBranquinho
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