"Amor, harmonioso prelúdio do doce pecado e sua própria consumação"

AMOR sentido por alguém a quem tanto se quer,
a quem mais se quer, a quem só se quer
 num momento ou tempo da vida!
AMOR, atracção inteira, atracção total!
AMOR, génese do corpo e da alma,
 que nos faz sonhar, rir e chorar!
AMOR que nos prende, nos atormenta e nos liberta,
nos dá vida e mata de prazer!
AMOR que é, em si mesmo, a própria vida!
Amor que nos acorda e logo nos chama,
 aproxima em cada dia, em cada hora, em cada instante!
AMOR, satisfação sempre insatisfeita, num desejo continuado!
O tal "contentamento descontente"de que fala o POETA.
AMOR que se não farta nunca, que anseia sempre mais!
AMOR, interpenetração de duas vidas,
junção de dois seres que se fundem e confundem
num gesto próprio, apetecido, a bem da vida.
Sintoma evidente da sede nunca saciada!
Origem e motivo dum sofrer/vivido a dois
que instantemente se procuram e se submetem,
sem se submeter conscientemente,
porque o coração tem as tais razões que a razão desconhece.
Dois seres que se querem com loucura,
 se sacrificam sem se sacrificar,
numa doação constante que é perene!
Que vai para além da morte
pois que é divinamente imortal!
Nota:-
 O titulo foi um tema que me foi dado por alguém e a quem eu dei como resposta, este poema.
JGRBranquinho