A FORÇA DA RAZÃO ou a
razão da força?!
Embora haja pessoas que dizem concordar que é a primeira que
tem razão de ser (melhor dizendo, os bem formados) o certo é que a segunda ainda
vinga em muitas situações da nossa sociedade,
infelizmente.
Gente sem escrúpulos- que até se diz contra as ditaduras- infringe
constantemente- ao sabor dos seus próprios interesses- o princípio do respeito
que é devido aos cidadãos honestos, àqueles a quem na maioria das vezes devem
tudo ou quase tudo o que são.
Impõem a sua força desprezando os direitos dos mais fracos,
dos mais desprotegidos, não tendo consciência do mal que praticam, desvirtuando
o pensamento de Nietzsche- filósofo alemão- alterando o “de” para o “do:- “força de poder” e não “força do poder”,
sendo que é esta a que lhes dá todas as vantagens.
Até familiarmente isso se verifica com maus tratos a quem os
criou e tudo fez para que nada lhes faltasse, agravado ainda por se terem
privado de certas e até naturais regalias durante a vida, preocupados com o
presente e o futuro dos seus filhos e netos.
Afinal, para quê? Valerá a pena esta preocupação pelo bem-
estar dos descendentes, cuidando-os ainda melhor do que lhes fizeram a si
mesmos em outra época?
Dirão que ainda- felizmente- há alguns casos em que os laços
de família se mantêm e existe essa ligação afetiva, tratando os ascendentes com
o amor e o respeito devidos e não serei eu que o nego, congratulando-me com
isso, como é evidente, como é normal.
O meu alerta sentido e preocupado é para todos os que têm a
missão de criar e educar. Que se cuidem e procurem defender-se, avaliando bem
as situações, pois o mais provável é desiludirem-se num futuro mais ou menos
próximo.
Dirão que estou a ser pessimista, mas a verdade é que,
também realista, perante tantos e tantos casos do nosso dia a dia.
Haverá muitos que saibam avaliar o que custa a criação e a
educação dum filho?
Quantas noites mal dormidas, quantos dias de inquietação na
procura da superação das dificuldades surgidas, no sentido único de proporcionar
as melhores condições possíveis, sabe Deus com que sacrifícios!
É um dever dos progenitores, sim, mas que nunca será
devidamente avaliado, muito menos recompensado!...
Em casos mais graves- até conhecidos de muitos de nós:- a
infâmia criminosa de maus tratos, sem o mais pequeno respeito, sem o carinho e
o amor que são devidos a quem os amou e ama, perdoando, até ao limite das suas
capacidades, as ofensas sofridas vezes sem conta.
Depois… as desculpas mais descabidas, mais sem sentido, como
se todo o mal de que se queixam, viesse dos pobres velhos ou estes para isso
contribuíssem alguma vez.
Ao mais pequeno entrave surgido, (devido à idade avançada das
pessoas) lá surge como recurso o Lar de Idosos, ainda um mal menor comparado
com os maus tratos sofridos em casa.
Meu Deus! Quanta injustiça! Se isto acontece em família como
não há de acontecer no respeito dos governos para com os idosos?
Para que serviram os descontos que fizeram na perspetiva de
uma velhice tranquila, se agora lhes retiram o que lhes é devido?
Mas que fazer, para além de protestar?! De que lhes serve ?!
Qual a sua força ou capacidade reivindicativa? Quem os defende ou deveria
defender? Mas, atenção! Também lá chegarão um dia, embora lhes pareça algo
distante no tempo.
É um direito, sim- está expresso na lei- que têm os que
sempre trabalharam e descontaram e é crime sem perdão serem-lhes negados esses
legítimos direitos, com outra agravante, que é:- dessas parcas pensões, num tempo em que mercê da idade, mais precisam- ainda
terem que, mais uma vez! acudir aos familiares em dificuldades.
Os agora chamados séniores têm de suportar tudo. São o lado
mais fraco. Até quando?
É triste, muito triste!
5 de Fevereiro de
2014
José Garção Ribeiro Branquinho
Prezados Seguidores Amigos
ResponderEliminarAgradeço-vos o v/ apoio e venho desejar-vos, do coração, UM NOVO ANO, em tudo, melhor que o que findou.
Conto com o vosso indispensável estímulo no sentido de continuar a escrever sobre o que me mais me emociona, sujeitando-me à v/ criteriosa apreciação.
O meu abraço.