Blogue essencialmente de poesia, alguma prosa e outras informações de carácter geral sobre o Alentejo e seus artistas
domingo, 30 de dezembro de 2012
ADEUS - PORTALEGRE ! ( acróstico)
ADEUS - PORTALEGRE!
Adeus, terra bendita,
minha terra amada!
De saudades sofro,
distante, amargurado.
Uma cidade com alma,
meu burgo idolatrado,
Saúdo-te, transtagana,
altar dum crente.
Por ti- Portalegre,
admiração sentida.
O teu colorido (estampa e moldura)
paixão imanente!
Recordação perene
em mim retida.
Tuas ruas e praças,
palácios de valor,
A História consagrou
merecidamente.
Ligação ao teu passado,
teu fulgor.
Elos fortes, inquebráveis
no presente,
Gosto de ti, cidade coração,
minha cidade.
Relembro-te
instantemente!
Em mim és realidade,
ausente...minha saudade.
Monte Carvalho, 19 de Maio de 2009
JGRBranquinho
.
AMO-TE - SENHORA (acróstico)
AMO-TE - SENHORA
Amo-te-
-Senhora do meu amor,
Mais do que julgas!
Como nunca soubeste!
Ontem... foste minha-
- a minha Flor!
Tive-te comigo
como me tiveste.
Eramos felizes!
Amámos sinceramente.
Saíamos juntos,
alegria esfusiante!
Entre nós...
só a amor, sentidamente.
Nada para os dois,
mais importante.
Havia a incompreensão
dos que proibiam.
Os seus interesses
eram outros- odiosos!
Resistimos a quantos
nos perseguiam
Andavam nossos corações
desgostosos.
Nota:-
O tempo correu na sua marcha vertiginosa.
Não apagou a chama do nosso amor!
Saímos vitoriosos.
Dezembro de 2012
JGRBranquinho
EM TEU SEIO
EM TEU SEIO
Um dia em teu seio- oh! terra amada!
Teu ar desfrutando- meu doce afago,
Em tuas águas mergulhando- nosso lago,
É viver! É viver-te, terra abençoada.
Acolhidos por teu amor- mãe dedicada!,
Teus filhos qu'ridos vindos de tanto lado,
É vê-los manifestar-te o amor consagrado
Em seus corações- oh!- Mãe adorada!
Louvamos-te, pois muito te queremos
P'los bons momentos que em ti vivemos
Que, longe daqui, são sempre nostalgia.
Sentidamente, com todo o nosso amor,
Portalegre, bela como a mais bela flor,
És tu- terra qur'ida onde vimos a luz do dia.
Dezembro de 2012
JGRBranquinho
DOR D'ALMA
DOR D'ALMA
De mui diversas hortas rodeado
Era o meu Monte, em outra era.
Era, ali, quase sempre primavera!
Boninas vicejando por todo o prado.
De mui diversas hortas abastado,
Riqueza natural, não quimera!
Hoje está pobre como não quisera
Esse torrão outrora abençoado.
Que foi que te fizeram- meu Monte?!
Que maldição caiu em teu rincão?!
Como foi desprezada tão rica fonte?!
Ah! Que saudades desse tempo são!
Só a lembrança estabelece esta ponte!...
E que dor d'alma me aperta o coração!
Quinta da Piedade, Dezembro de 2012
JGRBranquinho
De mui diversas hortas rodeado
Era o meu Monte, em outra era.
Era, ali, quase sempre primavera!
Boninas vicejando por todo o prado.
De mui diversas hortas abastado,
Riqueza natural, não quimera!
Hoje está pobre como não quisera
Esse torrão outrora abençoado.
Que foi que te fizeram- meu Monte?!
Que maldição caiu em teu rincão?!
Como foi desprezada tão rica fonte?!
Ah! Que saudades desse tempo são!
Só a lembrança estabelece esta ponte!...
E que dor d'alma me aperta o coração!
Quinta da Piedade, Dezembro de 2012
JGRBranquinho
Exibições: 14
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
EU GOSTO DE TI
EU GOSTO DE TI
Eu queria-
- SENHORA!
Casar contigo
para amar-te até à morte!
Só que...
não tive essa sorte!
Mas continuo-
- SEMPRE!
- teu amigo.
Quando ontem-
-SENHORA,
por acaso, te encontrei,
Sabes lá o que senti!
Vi-te como sempre te vi!
Como sempre, te admirei.
Tu sabes-
-SENHORA-
que isto é verdade.
Eu nunca te menti!
Eu gosto mesmo de ti.
És- SEMPRE!
minha saudade.
Dezembro de 2012
JGRBranquinho
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
MEU MONTE , MEU COLO, MEU BERÇO
CANÇÃO:- MEU MONTE, MEU COLO, MEU BERÇO
Já no meu Monte,
meu lugar mais querido!,
Um cântico alegre
ecoa em meus ouvidos.
A Natureza em flor-
- matizes coloridos!
Tudo aqui, para mim
tem mais sentido.
Minha terra/mãe-
-meu colo, meu berço,
Envolta em frescas
colinas enfeitadas.
Lugar de inauditas
horas bem passadas,
Acolhe-me de novo em ti
se tal mereço
Meu Monte,
meu aconchegado colo,
meu dourado berço.
Monte Carvalho, 2012
JGRBranquinho
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
TERNO E ETERNO VÉU
Amada minha, meu encanto, minha sorte!
Luz de meus sentidos, estrela de meu céu.
O melhor que Deus no mundo me concedeu
O Bem maior que preservarei até à morte.
Tão grande! Tão intenso! O mais forte!,
O privilégio de poder ter-te- Amor meu.
Para mim- mulher- és terno e eterno véu
Envolvendo a minha vida até à morte.
Quero! Hei de viver longos dias a teu lado
Gozando as delícias deste amor abençoado
Mostrando ao mundo o quanto nos amamos!
Aguardo, de Deus, Sua Graça matrimonial
Que fará de nós dois o mais feliz casal!
Perfeita união por que nós tanto aspiramos.
Revisitado em 23 de dezembro de 2012
JGRBranquinho
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
ENQUANTO DORMES , AMOR !
ENQUANTO DORMES , AMOR !
Escrevo enquanto dormes e sabes porquê... sei que sabes.
O prometido é devido e eu... eu não quero quebrar o adágio, por amor de ti.
As minhas palavras, as tuas palavras, imbuídas deste sentimento profundo que nos move, nos liga e nos domina, são já as nossas palavras!
As palavras de entendimento vindas do mais íntimo de nós mesmos, surgidas momento a momento, instantâneas e verdadeiras, sem que nos apercebamos se é o coração se é a alma que as envia ao cérebro, se é este que, totalmente absorvido, as lembra e conduz ao nosso íntimo, fazendo que as passemos ao papel.
O que interessa, afinal, é o seu surgimento espontâneo
como prova deste amor que nos liga qual elo- o mais forte!- desta corrente que julgo abençoada!
Por vezes, são frases curtas mas significativas em momentos de amor vividos e que nunca mais serão esquecidos!
Recordo, agora, as nossas noites/dia em mútua satisfação de sentimentos- de vontades plenas- que vêm à pele e nos enlouquecem e arrepiam de emoção, onde a carne é parte integrante e ali se manifesta naturalmente exaltada.
Aonde nos levará?! Quais as suas consequências?...
Não importa- Amor!
O que verdadeiramente importa é que assumamos em plenitude as nossas ações sem receio do futuro.
Sinto-te bastante para nunca mais te esquecer e o mesmo espero, confiadamente, da tua parte.
Dou por mim- Amor- nesta hora já bem avançada da noite-
a desejar-te como se do teu bom acolhimento e aceitação
dependesse toda a minha vida!
O que me fizeste- senhora?! O que foi que me aconteceu?
Que sensação é esta?! Que destino é este que me estava reservado?!
Porquê, meu Deus e Pai?! Sonharei e tudo isto é irreal?!
Não quero!
Não pode ser obra do acaso o nosso profundo amor.
ATÉ AMANHÃ- AMOR DA MINHA VIDA!
NOTA:- Sem data.
JGRBranquinho
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
MÚSICA SUAVE- MEU CÂNTICO DE AMOR
MÚSICA SUAVE- MEU CÂNTICO DE AMOR
Foi aqui que num dia-
- o mais Feliz -
- conheci alguém que me fascina.
Estrela diferente!
Linda como não mais vi!,
No imenso céu que nos domina.
Escrevo o teu nome,
guardo a tua imagem.
Sou escravo dum querer maior
que é só por ti!
Trago em mim
o sonho lindo que vivi
Única Musa
neste tempo de viagem.
Creio, ainda, no amanhã-
- num tempo bem melhor!...
Meu rio de água pura,
minha terna e eterna sedução.
Encanto de alma
que me aquece o coração,
Música suave, meu canto
e minha dor!
Intento meu, meu Sol
e minha Flor!
Luar de prata,
inundando a minha vida.
Deusa que tanto adoro,
sempre minha lida!,
Enlevo do poeta triste,
Meu cântico de amor.
( Revisto em 17 de dezembro de 2012)
José Garção Ribeiro Branquinho
Foi aqui que num dia-
- o mais Feliz -
- conheci alguém que me fascina.
Estrela diferente!
Linda como não mais vi!,
No imenso céu que nos domina.
Escrevo o teu nome,
guardo a tua imagem.
Sou escravo dum querer maior
que é só por ti!
Trago em mim
o sonho lindo que vivi
Única Musa
neste tempo de viagem.
Creio, ainda, no amanhã-
- num tempo bem melhor!...
Meu rio de água pura,
minha terna e eterna sedução.
Encanto de alma
que me aquece o coração,
Música suave, meu canto
e minha dor!
Intento meu, meu Sol
e minha Flor!
Luar de prata,
inundando a minha vida.
Deusa que tanto adoro,
sempre minha lida!,
Enlevo do poeta triste,
Meu cântico de amor.
( Revisto em 17 de dezembro de 2012)
José Garção Ribeiro Branquinho
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
MANHÃ DE DESENCONTRO
MANHÃ DE DESENCONTRO
Andava e ando,
ainda hoje,
pesaroso
por aquela manhã
de desencontro-
-meu AMOR!
Não faltaste!
Não faltei!
Aziago momento
foi, o daquela hora!
Tivemos um dia
por demais
desventuroso,
Tudo correu mal!
Foi maior a nossa dor,
A dor de amor
de quem mais se adora.
Não concretizámos
esse encontro
tão desejado!
Aguardemos, então,
o próximo...
já combinado.
Oxalá tenhamos
melhor sorte-
- meu AMOR!
Eu não quero
voltar de novo
à minha dor.
Quinta da Piedade, 9 de dezembro de 2012
JGRBranquinho
Andava e ando,
ainda hoje,
pesaroso
por aquela manhã
de desencontro-
-meu AMOR!
Não faltaste!
Não faltei!
Aziago momento
foi, o daquela hora!
Tivemos um dia
por demais
desventuroso,
Tudo correu mal!
Foi maior a nossa dor,
A dor de amor
de quem mais se adora.
Não concretizámos
esse encontro
tão desejado!
Aguardemos, então,
o próximo...
já combinado.
Oxalá tenhamos
melhor sorte-
- meu AMOR!
Eu não quero
voltar de novo
à minha dor.
Quinta da Piedade, 9 de dezembro de 2012
JGRBranquinho
PORTALEGRE - CIDADE / FLOR
Cidade / Flor te chama o poeta-
-o poeta que te canta-
-Cidade Linda
que inspiras quem te adora.
Claridade maior-
- luz que me encanta!
Teu beijo de ternura
sinto cada hora.
Tuas límpidas nascentes-
-invulgar frescura!
Luminosa estrela
morando no meu céu.
Na alma do poeta,
inspiração que dura.
Onda e brisa! Suave alento!
Meu terno e eterno véu.
Canto-te- Portalegre-
meu doce e eterno Amor!
O cantar-te, sim,
me traz maior prazer!
Ligo as palavras
num canto de louvor.
Hoje, aqui, é menor,
bem menor o meu sofrer.
SINTO EM MIM
NOVO GOSTO DE VIVER
(Revisto em 11 de dezembro de 2012)
JGRBranquinho
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
EM TEU LOUVOR
EM TEU LOUVOR
Já cantei e canto meus hinos em teu louvor-
-Mulher, meu sagrado encanto, minha vida!
Foste, és e serás minha prioridade, minha lida
Razão maior de minhas alegrias e minha dor.
Contradições sentidas por quem te ama e quer,
São estas, realidades, dia a dia, em meu viver!
São sentires que se apropriaram do meu ser...
Têm origem na realidade que tu és- mulher.
És a realidade dos meus sonhos de criança!
És tu, crê, a minha fé, a minha esperança!
Só por ti e contigo eu quero poder viver.
O tempo passa! Esta vida, quando parará?!
Não quisera vê-la findar! Quem o saberá?!
Quero, é ter-te comigo, não mais sofrer.
Quinta da Piedade, 9 de dezembro de 2012
José Garção Ribeiro Branquinho
sábado, 8 de dezembro de 2012
ESCREVI EM MINHA MENTE
ESCREVI EM MINHA MENTE
Escrevi, em minha mente,
versos que foram meu agrado.
Versos que logo desejei
cantar breve em algum lado!
Versos que foram ditados
por meu próprio coração.
Foi, ainda na cama,
que tais versos me ocorreram
Que só um pouco mais tarde
os escreveram
Minhas mãos, sobre a folha
de papel, qual oração.
Quantas vezes, quantas,
isto já me aconteceu,
Que o meu próprio ego
tanto engrandeceu,
Sentido, em plenitude,
em meu pobre coração?!
Foram, tais versos,
para mim, nova alegria!
Trouxeram mais vida
ao meu dia a dia
Motivo real foram
duma forte exaltação.
Quinta da Piedade, 8 de dezembro de 2012
JGRBranquinho
Escrevi, em minha mente,
versos que foram meu agrado.
Versos que logo desejei
cantar breve em algum lado!
Versos que foram ditados
por meu próprio coração.
Foi, ainda na cama,
que tais versos me ocorreram
Que só um pouco mais tarde
os escreveram
Minhas mãos, sobre a folha
de papel, qual oração.
Quantas vezes, quantas,
isto já me aconteceu,
Que o meu próprio ego
tanto engrandeceu,
Sentido, em plenitude,
em meu pobre coração?!
Foram, tais versos,
para mim, nova alegria!
Trouxeram mais vida
ao meu dia a dia
Motivo real foram
duma forte exaltação.
Quinta da Piedade, 8 de dezembro de 2012
JGRBranquinho
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
TODO O DIA FOI NOITE
TODO O DIA FOI NOITE
Hoje, aqui, todo o dia
foi noite- meu AMOR!
O céu plúmbeo
não deixou o sol entrar.
Chuva e frio
me atormentaram sem parar.
Nem por um pouco
pude receber o seu calor.
Também tu não vieste-
- Amor da minha vida,
Tal como eu julgava
e tanto desejava!
Foi, a tua ausência,
mais um tormento
Que tive que suportar
em minha solidão.
Um dia escuro,
tão triste pró coração
De quem te ama
meu doce encantamento.
Não vieste-
-AMOR da minha vida!
Tal como eu julgava
e tanto desejava!
Como o Sol, tu não vieste-
- meu AMOR-
-não me sorriste!...
Ficou, assim-
-o teu AMOR-
-ainda mais triste.
Não vieste-
-AMOR da minha vida,
Tal como eu julgava
e tanto desejava.
Quinta da Piedade, 6 de dezembro de 2012
José G.R.Branquinho
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
DO MEU AMOR QUISERA SABER
Do meu Amor
quisera ter uma certeza:-
-Se muito me ama,
se muito me quer!
Se o seu querer
só o meu prefere!
Se é o maior,
tal qual sua beleza.
Do meu Amor
quisera ter esta certeza:
-Se me espera com interesse
igual ao meu!
Se ao receber-me
me abraça como eu
O abraço, neste querer
de realeza.
Quisera saber...
se me recorda hora a hora,
Tal como eu,
na distância indesejável!
Se o seu amor, como o meu,
é incalculável!,
Se como eu o adoro
ele me adora.
DO MEU AMOR- MEU ÚNICO AMOR!
QUISERA CONHECER O REAL VALOR.
30 de novembro de 2012
JGRBranquinho
À SAUDADE
"Mandei a saudade embora
Atirei-a pela janela
Mas fui buscá-la lá fora
Já tinha saudades dela."
Já tinha saudades dela
Companheira muito querida
Com ela, sim, ai, com ela
Ando saudoso na vida.
Ando saudoso na vida
Sentindo, mesmo, tristeza.
Saudoso na minha lida
Por um Amor de certeza.
Por um Amor de certeza
Por muito amar e sentir
Ela em mim é realeza
Tem que por força surgir.
Tem que por força surgir
Enquanto eu amar alguém
De mim nunca irá fugir
Sofrendo, quero-lhe bem.
30 de novembro de 2012
JGRBranquinho
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
A MINHA DECLARAÇÃO
A MINHA DECLARAÇÃO
Escrevendo digo o que sinto na alma e no coração!
Esta é a minha intenção, afirmo-o e nunca minto.
Afirmo-o e nunca minto; só sei dizer a verdade!
Há total sinceridade; escrevo sempre o que sinto
Quando canto sou sincero; como se me confessasse!
Como se a Deus eu contasse tudo o que na vida quero.
Tudo o que na vida quero; minha mais forte ambição!
Abro-lhe o meu coração; sou simplesmente sincero.
Quem me ouvir cantar um dia, há de por força dizer:
Este canta com prazer; seu cantar é de alegria.
Novembro de 2012
JGRBranquinho
RECORDANDO
RECORDANDO
Cantavam todo o dia no Monte,
ao desafio!,
Logo pela manhã, ao meio- dia,
pela tardinha,
Canções que na aldeia
se ouviam, horas a fio,
Deliciados na
diversidade
de cada cantiguinha.
À paz ali reinante,
ao silêncio
habitual,
Sobrepunha-se a cantoria
que tanto nos
agradava!
Eram os nossos alegres galos
no seu belo ritual
E que no largo do
Monte
a todos encantava.
Ecoavam nas encostas da Serra,
alegrando o dia!
Quantas saudades, amigos,
da vossa
bela melodia!
Novembro de 2012
JGRBranquinho
domingo, 25 de novembro de 2012
JÁ DESCE A NOITE SOBRE
O MONTE
Já desce a noite sobre o Monte onde nasci!
Recolhem-se alguns animais à estrebaria.
Ficam alguns na pastagem, remoendo ali…
O luar e o silêncio
são sua companhia.
Voltam homens e mulheres do trabalho.
Cansados, juntam-se aos filhos, à lareira.
É diferente agora o meu Monte Carvalho
Terminada, por hoje,
toda a canseira.
Ouvem-se ainda os que saem das tabernas
Alegrotes…comentando o seu dia a dia!
Reflexão julgada por eles quase que eterna!...
Mas que logo morre, passada
a euforia.
Julgando ser ouvidos em suas razões?
Por outros, coitados,
seguirem calados?...
Mas,sem serem escutadas tais dissertações!...
Lá continuam a dissertar, entusiasmados.
Da janela- acordado-
alguém atira uma piada:
“ -Cantas bem, mas não me encantas”, pá!
Indiferente, lá continua o grupo pela calçada.
Quadro engraçado que
na aldeia ainda há.
Novembro de 2012
JGRBranquinho
SITUAÇÕES DA VIDA, SITUAÇÕES VIVIDAS
SITUAÇÕES DA VIDA-
SITUAÇÕES VIVIDAS
Percorreram dois
seres- que muito se amavam e eu conheci bem- caminhos paralelos na vida ,
durante muitos anos.
Rumos diferentes, desencontrados, numa viagem terrena de desenganos, eivada de episódios de tristeza e dor, como causa de falsidades propaladas sem pejo de
qualquer espécie.
Contrariedades numa sequência
imparável, que os afastavam mais- dia a dia-
não por vontade própria, mas por sub-reptícias
manobras engendradas por gente sem alma, que do amor não tinham a menor noção!
Que o amor não
respeitavam, que na ligação de dois seres só viam interesses de ordem material, relação de privilégio egoisticamente
sentida, ofendendo a natureza singela e pura de dois seres que se amavam,
independentemente da sua diferente condição social.
Episódios repetidos ao longo dos tempos e nos mais diversos
lugares da Terra, como se tivessem obrigação de subsistir, por antítese- com o desejável, com o que deveria ser- numa ligação de amor entre dois seres que mais
não queriam que encontrar a felicidade, sem se imporem a si mesmos, condições.
Situações como esta, deram origem a vidas desencontradas, por
força de ações sem escrúpulo de
familiares, que em vez de procurarem contribuir para a felicidade dos dois namorados,
respeitando a sua vontade, se constituiram como obstáculo, impedindo a
concretização da união de duas almas.
Os dias, meses, anos, foram decorrendo no seu caminhar
constante, indiferentes à vontade dos jovens namorados que mesmo não se encontrando,
jamais se esqueceram!
Vidas arruinadas- digo eu que os conheci bem.
Dirão alguns que também um pouco por culpa dos dois jovens; talvez aqui, também, pela sua juventude, o que não lhes permitia tomar uma decisão na
altura devida, e que pareceria ser a mais indicada, não fora o facto das exíguas
condições financeiras que os faziam pensar e temer avançar, mas ainda, e sempre, na expetativa de que
surgissem num futuro mais ou menos próximo, melhores dias nas suas vidas.
Constituiram família muitos anos mais tarde, sem terem a verdadeira
noção do passo que estavam a dar, desistindo-
digamos - de si mesmos, procurando a felicidade noutras paragens.
Não deu certo para nenhum deles, como seria de prever.
Um dia, sem que se
saiba se por acaso se por obra do destino, encontraram-se numa cidade distante.
Tremeram ambos, cumprimentaram-se quase a medo, e… algum tempo depois, um encontro programado!
Estava dado um passo importante! Seria trágico? Não poderia
ser!
Agora, acreditavam e
diziam a uma só voz que não tinha que ser por simples acaso que ali se
encontraram.
Pensaram, trocaram palavras e manifestaram sentimentos
reveladores do amor que sempre os unira.
Havia uma situação já resolvida por parte de um deles; isso era já uma dificuldade a menos, e que se
iria resolver por decisão própria, mais dia menos dia.
Por que teriam que ser assim as coisas? Por que só agora surgia
a possibilidade de verdadeiramente se unirem, se sempre se amaram?!
Por que tiveram de ter vivido vidas diferentes?!
Estava decidida por ambos, a tomada da decisão há muito
ansiada.
NOTA:- Cada um de nós é livre de emitir opinião sobre este
caso, criticando ou, simplesmente, “assobiando para o lado”.
Não querendo influenciar nenhum dos que tiverem a paciência
de ler este apontamento, não emito a minha opinião. embora seja fácil de compreender qual é.
Digam de vossa justiça.
Novembro de 2012
JGRBranquinho
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
UMA TARDE FRIA NA MINHA ALDEIA / MÃE
UMA TARDE FRIA NA MINHA ALDEIA/MÃE
Era novembro.
Passava uns sempre
breves dias na minha aldeia/mãe (assim
os considerava mesmo que por vezes os
dilatasse no tempo, tal o bem- estar que
ali sentia) quando, a meio da tarde, dirigi meus passos a caminho da ribeira.
Estava frio- que
teimosamente suportava - e que, a cada passo, mais se acentuava !
Como recurso, ajeitei
as bandas do casaco de modo a proteger a garganta e o peito, e lá
continuei, na curiosidade de observar a
ribeira, que, naquele tempo outonal, após as chuvas, era qual basófias- isto,
por analogia com o célebre rio Mondego, calculem!
Queria matar saudades daquela corrente de água nascida em S.
Mamede, e onde nos meus tempos de infância e juventude, me deliciava junto aos
salgueiros, amieiros, sabugueiros e aveleiras, ouvindo o doce deslizar das águas,
de mistura com a alegre cantar dos muitos pássaros que por ali havia e faziam, também, seus ninhos com arte e engenho dignos de
admiração.
Agora, em novembro, a
corrente era fortíssima e extravasava as margens, inundando as hortas mais
baixas e onde boiavam- laranjas, marmelos e dióspiros- caídos por obra do tempo e dum vento mais forte que acentuava
ainda mais aquele desagradável e frio
dia. No entanto, nada disto arrefecia o meu desejo e entusiasmo de sentir de
perto o forte murmúrio da água
deslizando de pedra em pedra e
arrastando consigo alguma ramagem, a caminho da Barragem da Póvoa.
Era o contraste com a ribeira tranquila dos meses de Verão,
onde,nos anos da juventude, me demorava com os meus amigos nas pescarias (com a canastra forrada de verdura) nos
calmos pegos que ao longo da corrente se
formavam e que, simultaneamente, eram as mossas piscinas, ao tempo. Era uma
alegria sem contrariedades a que
sentíamos ali- horas a fio- só interrompida pelo chamamento das mães, muitas
vezes já aflitas com a nossa demora…
Neste frio dia de Outono, era diferente, era o contraste
absoluto, mas necessário à Natureza/Mãe que agora se renovava com a chuva alimentando os lençois de água que
eram a reserva para o Verão, das gentes e das terras de regadio.
Passada a ribeira, depois dos momentos de contemplação inevitáveis
e impressionantes para mim, pobre poeta, era o caminhar pela estreita estrada
sobre os ouriços caídos dos castanheiros e apanhando, inclusive, algumas pequenas castanhas, ao mesmo tempo que
apreciava os cogumelos-aqui chamados tortulhos- mas sem me atrever a
tocar-lhes, por saber o perigo que representam para quem não os sabe
distinguir, limitando-me a fotografá-los.
Depois, um pouco mais à frente, subindo a azinhaga do Fareu- uma
calçada antiquíssima- foi a vez de
registar fotograficamente uma bonita latada de folhas amarelecidas e acastanhadas, bem como algumas pedras
graníticas atapetadas de musgo e ervas típicas da região, que guardo
religiosamente e que logo pensei poderem servir de imagem de capa para um meu próximo
livro.
Era já quase noite e ouvia-se agora mais distintamente o ladrar dos cães de
guarda das casas e quintas espalhadas desde o sitio das Hortas até ao meu Monte
Carvalho, onde cheguei ligeiramente cansado mas mais quente do que na partida,
contente por este matar de saudades numa região que me foi berço e aonde vou
menos vezes do que queria e devia.
Quem não gosta de regressar à terra, para sempre bendita, em que nasceu e morou? Respirar aquele ar puro
que no campo ainda se pode respirar, recordando, simultaneamente, os belos tempos da infância
e juventude?
Eu gosto.
Novembro/ 2012
JGRBranquinho
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
OLHO , VEJO E MEDITO
OLHO; VEJO E MEDITO
Ainda há pouco despontava o dia!
Calmo e luminoso o Sol surgia
Beijando a Terra, toda agradecida.
Começava a vida, pulsando radiante
No meu Monte, meu lugar distante
Minha aldeia, minha terra querida.
Correm os meninos p'ra Escola
Levam ao ombro a sacola
Sorridentes, avezinhas chilreando.
Olho-os encantado, correndo p'ra vida
Começam bem cedo, é a sua lida...
E em meus versos os vou cantando.
Decorre o dia, a azáfama continua!
Homens e mulheres passam na minha rua
O tempo não para; vão também à sua lida.
De boa ou má vontade lá vão ao trabalho
Vivem a meu lado no Monte Carvalho
É preciso trabalhar, ganhar a vida.
Fico, então, a pensar; medito, enfim!
Olho-me por dentro, fixo em mim...
Tenho o dia todo para meditar!
Dou graças a Deus- digo obrigado.
Já trabalhei muito- cumpri meu fado
É agora a minha vez de descansar.
Novembro de 2012
JGRBranquinho
Ainda há pouco despontava o dia!
Calmo e luminoso o Sol surgia
Beijando a Terra, toda agradecida.
Começava a vida, pulsando radiante
No meu Monte, meu lugar distante
Minha aldeia, minha terra querida.
Correm os meninos p'ra Escola
Levam ao ombro a sacola
Sorridentes, avezinhas chilreando.
Olho-os encantado, correndo p'ra vida
Começam bem cedo, é a sua lida...
E em meus versos os vou cantando.
Decorre o dia, a azáfama continua!
Homens e mulheres passam na minha rua
O tempo não para; vão também à sua lida.
De boa ou má vontade lá vão ao trabalho
Vivem a meu lado no Monte Carvalho
É preciso trabalhar, ganhar a vida.
Fico, então, a pensar; medito, enfim!
Olho-me por dentro, fixo em mim...
Tenho o dia todo para meditar!
Dou graças a Deus- digo obrigado.
Já trabalhei muito- cumpri meu fado
É agora a minha vez de descansar.
Novembro de 2012
JGRBranquinho
domingo, 18 de novembro de 2012
DEIXEM ACONTECER MEU SONHO
DEIXEM ACONTECER MEU SONHO
Deixem que aconteça
meu sonho amado!
Aquele que em mim
habita já há tantos anos.
Que não soframos nós
mais quaisquer danos
Por vê-lo há tantos,
tantos anos, adiado.
Deixem que se realize
em total conforto!
Que o desfrutemos em pleno,
sem mais demora.
Que sua realização
nos bafeje hora a hora.
E o vivamos encantados
em nosso horto.
Este meu sonho lindo,
o que é, afinal?!
É um segredo guardado
dentro em mim.
Receio,na verdade,
ver chegar meu fim.
Sem que consiga
ver terminado tanto mal.
Mas porque é assim
este nosso mundo?!
Porque razão não
poderemos ser felizes?!
Teremos que forçosamente
ser infelizes,
Afundadados
neste pélago profundo?!
Nota:- Vive-se (ou sobrevive-se) nesta serena? angústia, julgando saber que isto não terá solução?!
Que o meu sonho seja a realidade que desejo para todos, mas ainda a tempo de a desfrutarmos.
Quinta da Piedade, 17 de novembro de 2012
JGRBranquinho
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