Blogue essencialmente de poesia, alguma prosa e outras informações de carácter geral sobre o Alentejo e seus artistas
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
NUM REPENTE
Num repente... tudo se mudou!
(Num repente... aos olhos de quem ama e não conta os anos, os meses, os dias...)
Num repente... fixou-se na alma a escura sombra projetada pelo contrito coração.
Num repente... tudo o que era alegria- ingénua alegria-
- numa paixão sem limites, se transmudou em tristeza, em puro desalento!
Num repente... toda a magia que brotava daquela figurinha amável e sedutora-
num encantamento quase divinal- se esfumou e surgiu o desespero, quase raiva!
Num repente...a desilusão por tantas provas negativas dum amor que se julgava forte e imaculado!
Num repente...surge a realidade- dura realidade- desmascarando a falsidade!
Num repente... fez-se luz- terrível luz- e tudo se desmoronou numa relação
julgada (inocentemente) duradoura, quem sabe se eterna!
Num repente... a vontade de gritar aos quatros ventos a raiva sentida
por uma traição sem paralelo, talvez motivada pela conveniência sem remorsos,
por quem não tem alma nem coração e hipocritamente enganou durante toda uma vida.
Num repente... o descobrir da lama fedorenta em que se envolve um ser já de si mesmo sujo e nojento, como que se comprazendo em exibições demoníacas, sem noção do ridículo, nem vestígio de vergonha!
Num repente... o despertar desse engano!
Num repente... a descoberta fácil e inesperada duma relação de mentira em dias incontáveis de dedicação e amor sinceros dum ser por outro ser.
Num repente... a certeza de que o amor não se compra nem se vende!
Num repente... a acusação fundada- por ser verdade incontestável- de que ninguém tem a obrigação de amar alguém e, muito menos, de o iludir!
Se não se ama, não se engana! Não pode criar no outro, por nada deste mundo, falsas espetativas! Isso é pecado!
Quinta da Piedade, 4 de setembro de 2014
JGRBranquinho
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O desamor existe é preciso contar com ele, tudo muda, raro aquele casal que vive amando-se a vida inteira...preferível é sinceridade que falta muitas vezes, é assim amigo viver não é fácil... e há quem não tenha remorsos do mal que faz, segue em frente e já está. Um abraço, é sempre um prazer ler-te.
ResponderEliminarOlá, Amiga Natália!
ResponderEliminarObrigado por teres a pachorra de leres as minha crónicas. Desculpa as imprecisões :- "de" em vez de "se" e em vez de"remorsos"... o erro.
Aconteceu! Este mês não há "Canto e Poesia".
Beijinhos.
JB