quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O FADO DO SOBREIRO



O FADO DO SOBREIRO

Lá no cimo do outeiro
No ponto mais elevado
Havia um enorme sobreiro
De todos era a cobiça
A dar bolota e cortiça
No montado era o primeiro.

Mas um dia a tempestade
Fez ouvir lá na herdade
O ribombar de um trovão
E do céu uma faixa risca
Uma enorme faísca
Fez o sobreiro em carvão.

Passaram anos e agora
No mesmo sítio lá mora
Um chaparro altaneiro
E em noites de luar
Ouve-se o montado a chorar.
Com saudades do sobreiro.

É assim a nossa vida
Constantemente vivida
Quase sempre a trabalhar
Mas se um dia a morte vem
Nós deixamos sempre alguém
Com saudades a chorar.

“ A preguiça é a mãe de todos os vícios,
 mas uma mãe é uma mãe e é preciso respeitá-la”.
"Mai nada!"
"Compadris! Isto tava tudo dentro do computadori, menos a loucura."



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