quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

DETERMINADO


DETERMINADO

Quero amar-te,
viçosa Flor,
no cheiro doce
das frescas manhãs
de primavera.
Quero amar-te,
meu único Amor,
no cálido ardor dos longos
dias de verão.
Quero amar-te,
meiga e sedutora  Flor,
na ternura serena
das tardes poéticas
de outono.
Quero amar-te,
Amada,
no aconchego quente
da lareira
em noites frias
de inverno!
Quero amar-te,
dolorosa saudade,
hoje e sempre!
Quero amar-te,
bela musa inspiradora,
até à eternidade!
Quero amar-te!
Quero amar-te!

JGRBranquinho  -  J.Little White”


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

ACEITA, FLOR


ACEITA, FLOR

Nesta folha branca do meu caderno
Quero escrever sobre o nosso amor
Dizer-te com verdade, meu Amor
Que é por ti meu querer eterno.

Aqui, se Deus me der inspiração…
Mostrar- te - ei em verso, como te amo
Como te anseio, como por ti chamo
Obedecendo ao meu próprio coração.

Aceita, Flor, a minha confissão
Sentida na alma e no coração
Desde que por sorte te conheci!

Meu Amor, minha vida, meu encanto
Amo-te tanto! Nem sabes quanto!
És o meu céu azul, vivo por ti.

JGRBranquinho – “J. Little White”





domingo, 27 de janeiro de 2019

AQUI DE NOVO AO SOM DAS ÁGUAS


 AQUI DE NOVO AO SOM DAS ÁGUAS

Ao som das águas da minha ribeira,
inspiro-me, escrevo, sonho, vivo!
Nesta ambiência sagrada onde a Mãe/Natureza se esmera,
tive a graça de nascer, e crescer para os primeiros amores.
Aqui comecei a sentir os benefícios da vida no campo,
o convívio próximo dos meus conterrâneos, para além, naturalmente, da própria família, por sorte, na grande maioria, aqui radicada.
Hoje (como suponho já ter lido) tenho saudades desses tempos de não ter saudades:- os primeiros anos da minha vida!
Grato, agradeço a Deus a graça recebida, num tempo onde para mim tudo era felicidade, não pensando ainda nas dificuldades que haveria de vir a ter que enfrentar.
Por isso afirmo que embora tivesse gostado de ter podido continuar aqui, reconheço que isso não seria possível, dada a falta de condições  de vária ordem, inclusive, académica, então, aqui disponíveis.
No entanto, jamais poderei esquecer este lugar, esta terra/mãe em que nasci e onde volto sempre que posso:- Monte Carvalho, Ribeira de Nisa - Portalegre.

José Branquinho







LAMENTO


LAMENTO
Lamento! Que indiferença!
Por que mereço tão pouco?
Reclamo a tua presença
Não me considero louco.

Lamento! Que indiferença!
Não vens e espero por ti.
Esta a nossa diferença
Desde o dia em que te vi.

Lamento! Que indiferença!
Amar-te, sem condição
É sentir de forma intensa
E dar voz ao coração.

Lamento! Que indiferença!
Quero o teu perfume Flor
Esta dor, mágoa imensa
Por não te ter meu Amor.

Ando a sonhar-te no mundo
Vives em meu pensamento
Por ti, meu querer profundo
Por não te ter…meu lamento.

A indiferença é custosa
Suporto-a por muito amor!
Do meu jardim és a rosa
És a mais bonita Flor.

 NOTA:- Um dos meus mais antigos poemas.
JGRBranquinho  - “J.Little White”



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

RADIOSA ESPERANÇA


RADIOSA ESPERANÇA

Trago em meus versos um sonho ideal
Anseio de vida, qual Sol radiante!
Na planura verde o “leão” rampante
Vitorioso, como outrora, bem real.

Trago em meus versos a sede sem igual
Desejo-mor de um SPORTING mais pujante,
Digno de um passado – o mais brilhante!
Que se afirmou p’ra além de Portugal.

Trago em meus versos a radiosa esperança
Que é legítima na luta que não cansa
Fazendo jus a um tão rico historial.

Trago em meus versos, aliada encorajante
Minha fé bem viva, bem palpitante
No SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.

José Garção Ribeiro Branquinho – Sócio n.º 1.565-0


POEMA A DOIS


POEMA A DOIS
Encantada qual sonho de criança
Subtil qual voejar de avezinha bela!
Meiga como balir de ovelhinha mansa
Ou salto gentil de tímida gazela.

Celeste alvor, supremo ideal,
O esplendor de lúcidos arcanjos!
Emana de ti qual luz celestial
Só possível no sorrir de puros anjos.

Luz da minha vida, raiar de aurora
Brilho sem igual pela vida fora
Como outro não há no mundo, assim!

A noite duma vida vem iluminar
A densa treva em mim vem dissipar
Refulge e brilha para sempre em mim.

Autores:- Maria e José

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O SENHOR ANTÓNIO















O SENHOR ANTÓNIO
Hoje, ao acordar, senti que queria e podia escrever.
Ocorreram-me vários episódios da minha vida (uns mais engraçados que outros) e escolhi contar-vos o que passo a deixar nesta folha em branco do meu caderno.
Era a época da colheita dos pomares, na minha aldeia - Monte Carvalho-Ribeira de Nisa – Portalegre.
Meu pai contratou então, como carroceiro, um homem de cerca de quarenta anos - o senhor António - num lugar dali distante cerca de dez léguas.
Era uma boa alma e um competente tratador de animais, como nunca tivemos!
Tínhamos duas mulas, um macho e um burro e logo que entrou ao serviço, deu nas vistas pela forma afetuosa como lidava com os animais, muito apreciada por nós e, inclusive, pelos nossos vizinhos.
A fonte pública ficava a uns bons trezentos metros da cavalariça. Era preciso atravessar o largo da aldeia, e o nosso António, aos poucos, começou a levar os animais, sem cabresto, deixando-os segui-lo soltos, sem se importar que fugissem por instantes, o que de início causou alguma estupefação nos habitantes do meu sítio.
Atribuiu-lhes nomes e o que é verdade, é que lhe obedeciam!
Era um gosto ver como os tratava.
Vivia em nossa casa e depressa conquistou a nossa simpatia e amizade.
Tínhamos mulheres que trabalhavam para nós, especialmente na altura das colheitas, e o nosso amigo António (solteirão) apaixonou-se por uma delas - a Isabel, a quem ele chamava “Zabela”- uma alegre rapariga da minha aldeia.
Na altura da Feira das Cerejas, em junho, o António lembrou-se de oferecer uma prenda à Isabel, e consultou minha mãe.
Foi à feira e, logo que chegou a casa, veio mostrar a prenda.
Minha mãe, perante o objeto (que ele considerava uma chávena) conteve-se um pouco e, de imediato, lhe sugeriu que tinha de ir trocá-lo, pois mais não era do que um peniquinho florido.
Minha mãe, então, ofereceu-se para tentar ir trocá-lo, trazendo-lhe agora, sim, uma chávena, tal como ela lhe tinha indicado como prenda apropriada.
O problema ficou assim resolvido e o mosso solteirão lá deu a prenda à “Zabela”, que a aceitou, compreendendo a situação do seu admirador.
Volvidos anos, voltou à sua terra e o casamento nunca chegou a realizar-se.
Devo esclarecer que o António nunca frequentou a escola e não era muito dotado intelectualmente, embora cumprindo bem as funções que lhe estavam atribuídas.
Deixo-vos este curioso episódio, lamentando que o casório não se tivesse efetivado, e lembrando alguém a quem nos ligaram laços de muita amizade e gratidão.
Que lá onde esteja, saiba que nunca o esqueci .
Que sua alma repouse em paz.
Quinta da Piedade, 21/01/19
JGRBranquinho



domingo, 20 de janeiro de 2019

UM DESEJO TEU


UM DESEJO TEU
Naquela folha branca do caderno
Que me deste na Escola, meu Amor
Pude escrever-te palavras de louvor
Expressões sentidas de amor eterno.

Desejaste e pediste que escrevesse.
Senti que estavas triste, meu Amor!
Sem esforço te obedeci por amor
Sabendo que gostavas que o fizesse.

Foi sorte minha poder agradar-te
Deu-me Deus algum engenho e arte
E ali deixei o melhor que sabia!

Pude ler o teu agradecimento
Palavras lindas de contentamento
Como há muito de ti não recebia.

JGRBranquinho – “J. Little White”





O POETA É...


O POETA É...

O poeta...ser insatisfeito!
Por vezes, ser mesmo triste.
Mas que fazer? É o seu jeito!
Ser como este... jamais viste.

O poeta...ser insatisfeito!
Dias sem saber se existe!
Tantas horas contrafeito
Não sabe como resiste.

Às vezes... é complicado
Co'a tristeza lado a lado
Sempre instado a escrever!

Por vezes... é ser estranho!
Não conhece o seu tamanho
A vida inteira a sofrer.

JGRBranquinho  -  J. Little White"



NOITE/ FESTA


NOITE/FESTA
Naquele salão cantei ao meu Amor
Numa noite/festa no meu lugar
Sei que apreciou muito meu cantar
Disse-me com verdade, sem favor.

Alegrou-se meu coração por amor
Expressou-se ali em meu cantar.
Grato, igualmente, por me alegrar
Foi o louvor daquele meu Amor.

Noite/festa, sim, festa verdadeira
Poder agradar à minha maneira
Àquela mocinha que tanto amava!

Fui tão feliz, meu Deus/Pai, meu Amigo
Na presença de alguém que quis comigo
A mulher que tanto idolatrava.
JGRBranquinho  -  J. Little White”

  

MINHA FLOR, MEU AMOR


MINHA FLOR, MEU AMOR

Como é triste em claras noites de luar
Estar aqui no meu Monte amado!
Estou só - Amor - mas bem recordado
Dos dias e noites d’amor neste lar.

São saudade infinda tais momentos
Jamais esquecidos por tanto amor!
Éramos dois jovens (vidas em flor)
Comungando os mesmos sentimentos.

Tão breves anos hoje recordados
Por quem te amou tanto nesta vida
Boa parte neste rincão sagrado.

Aqui te conheci, fomos namorados.
Foste tu a minha Flor mais querida   
Neste jardim de amor por nós criado.

Monte Carvalho, outono de 2016
JGRBranquinho   - “Zé do Monte”



POEMAS E PROSAS


Este meu sentido lamento é mais verdade
Quando não tenho a bênção do teu rosto!
Tempo de mor tristeza, tempo de saudade!
Espera sem fim, mas firme no meu posto.

Difícil meu sofrer, dura a realidade
Desesperante cada dia- meu sol-posto.
Sacrifício…tua ausência, sem falsidade    
Ó minha bela musa- diva de meu gosto.

Minha única paixão, meu ídolo de amor!
Tão real como a incontornável dor
De aqui não te ter comigo meu rio manso.
Longe, sem tua presença, querida mulher,
Eu nada sou, dê-me a vida o que me der,
Estrela dum firmamento que não alcanço.


Era uma casinha, quase um casarão,
A casa da avó materna. Um encanto!
Ali vivia quem me queria tanto, tanto!
Me tinha bem guardado no coração.

Amava-me como se fora minha mãe! 
Jamais esquecerei esta santa mulher
Minha doce avó, esteja onde estiver!
Nunca assim fui querido por outro alguém.

Minha dedicada avó! Minha companhia
Por longos e felizes anos, dia após dia,
Num ambiente de amor e de bondade!

Aqui recordo, agradecido aos céus
Feliz por tantos e tão bons carinhos seus
Em santa convivência, toda ela saudade.

É um fraco por ti - mulher- sedução maior
Que me faz desejar-te, que me faz sonhar-te.
Que faz que passe meus dias a adorar-te!
Todo um encanto que desabrocha como flor.

É um fraco por ti -mulher- sedução maior
Que me leva a escrever-te, a procurar-te.
Ser do teu sol amigo a luz a iluminar-te
Luz suave, clara, luz doçura, luz de amor.

Meu Amor, minha alegria, minha sedução
Guardada no mais íntimo do meu coração
Em meu canto te exalto qual chama ardente.

É um querer-te cada vez com mais sentido
Único propósito que em mim é consentido
Este de te poder ter comigo eternamente.

Fiz meus versos, guardei meus versos
Perdi-os na voragem dum tempo cruel
Queimei-os p’los motivos mais diversos
Registei-os por meu agrado no papel.

Fiz meus versos por amor de alguém
A quem os ofereci num ato de amor.
Motivos de alegria e de dor também
Por razões minhas, talvez sem valor.

Fiz meus versos em amarga solidão!
Fiz deles, por vezes, minha canção
Numa atitude sentida que me agradou.

Hoje, ainda os escrevo e vou oferecendo
Para que os meus amigos os vão lendo
E de mim se recordem, por seu favor.

Cantar… o meu hobby preferido!
Aliás, confesso, sempre foi assim.
Desde os bancos da Escola, enfim…
Para os amigos se me fosse pedido.

Cantar… o meu hobby preferido!
Dá-me gozo, o que mais me satisfaz.
Cantei muito nos tempos de rapaz
Ainda é meu gosto, prazer incontido.

Diz, quem sabe, que faz bem cantar...
Por ser assim, continuarei a tentar
Até que o consiga, que tenha voz.

Que por muitos anos assim possa ser
Dando esta alegria a meu pobre ser
Até meu pequeno rio terminar na foz.



Santa água - minha cura, minha salvação,
Quanto vos devo, quanto vos agradeço
Em horas de euforia, que de vós mereço
De que exulta o meu próprio coração.
 
Todo o meu corpo, por negligência minha, se sentia mal, ficou doente.
Sofri estupidamente com digestões difíceis durante dilatado tempo, por incúria minha, descuido meu, muito por pouca (muito pouca) água beber.
Por não sentir sede, fui-me arrastando durante alguns anos sem perceber o quanto necessitava dela para viver, desrespeitando um saber de séculos.
Em tempos fui eu que aconselhei meus próprios pais (o que mais admira ainda) recomendando-lhes que era essencial não esquecer a bendita água. Que usassem e abusassem da sua ingestão diariamente. Que isso era meia-cura! Como, pois, compreender o meu esquecimento?!
"Bem prega Frei Tomás” - lá diz o velho ditado…
Hoje estou certo de que para além dos medicamentos a que tive depois que recorrer, a minha saúde voltou a ser outra, bebendo com regularidade este precioso líquido, especialmente em jejum e durante a parte da manhã com maior frequência. Aliás, foi desde logo recomendação médica que o fizesse, a par da medicação apropriada ao meu caso com toda a função digestiva a funcionar mal, ao ponto de, por tão mal-estar, me assustar deveras por diversas vezes, tendo que chamar o médico a casa.
Volvido algum tempo - cumprindo então, como devia, este preceito – posso afirmar quanto me sinto grato agora e, ao mesmo tempo, revoltado por tanto tempo ter andado a transgredir uma norma que, inclusivamente, eu conhecia!
Então, para aqueles que porventura também possam andar distraídos, aqui deixo esta prévia recomendação:

-  USEM E ABUSEM DA PRECIOSA E MILAGROSA ÁGUA
- UM BEM ESSENCIAL À SAÚDE
NOTA:- Como se vê, aqui apenas abordo este aspeto relativamente à água, pois esta dádiva da Natureza merece que sejam referidos muitos outros e tão importantes benefícios (julgo que de todos bem conhecidos) exigindo de todos nós uma boa utilização e, consequentemente, um profundo respeito por ela, havendo já estudos que chamam a nossa atenção para uma futura escassez deste precioso líquido para mal de toda a humanidade.

Canta minha alma em grande exaltação
Da água cristalina, o doce marulhar!
Arroio lindo que me traz inspiração
Ouvindo-o feliz em noites de luar.

 Mal o via! Mas eis que a Lua despontou
E o mostra, já, em todo o seu esplendor!
Ao olhá-lo agora, meu ser mais se alegrou
Sou ainda um seu mais atento admirador.

A este ribeiro alegre, que vem da Serra,
Já poucos ligam, por ser tão habitual!
Canto-o por todo o bem que em si encerra
Verdadeira dádiva sobrenatural.

Bendita água! Bendita sejas eternamente!
És vida p’rá Mãe/Natureza - nossa Mãe.
Preciosa água doce, água corrente,
És bem digna do amor que todo o ser te tem.

Junto a ti, ó meu torrão querido (meu Alentejo muito amado) todo o meu ser rejubila!
Ao aproximar-me de ti (caminhando de Lisboa) logo meu coração e minha alma dão seus sinais de exaltação, de bem-estar singular, ante a deliciosa expetativa de em ti penetrar, começando na imensidão da tua planície verde ou dourada, com o gado a pastar ainda em grande quantidade (especialmente bovino) nesse montado único, horizonte largo e sem fim até ao acidentado da paisagem da minha adorada Cidade/Mãe.
Viajando pela estrada nacional é a passagem por Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Vimieiro, Estremoz, Veiros, Monforte e, finalmente, a sempre desejada, a minha saudosa Portalegre.
São momentos de revigoramento físico e mental, encantado numa ambiência peculiar que meus sentidos bem conhecem desde os tempos de criança.

Meu Alentejo, meu tesouro
Província minha verdade!
Teu valor supera o ouro
Razão da minha saudade.

Alentejo minha ventura
Imagem sempre presente
Maior bem, minha amargura
Se de ti estou ausente.

Terra/Mãe, terra adorada
Meu refúgio, meu lar
Terra por mim mais amada
Razão maior pra cantar.

Alentejo, escola e guia,
És amparo e fortaleza!
Razão da minha euforia
Manancial de beleza.

Ao louvar-te, falo verdade
Ao cantar-te, digo canção
Ao consagrar-te, amizade
Ao amar-te, coração.

És a luz quente que se origina na lareira
Meiga e acolhedora, que meu ser enlaça!
Com os raios dessa chama que me abraça
Sinto, já, que sou outro- minha companheira.

Minha companheira de hoje, meu amparo,
Já um outro calor trouxeste à minha vida!
É por ti que vivo melhor - mulher querida!
Desse bem maior (meu tesouro) sou avaro.

Antes, era eu alguém? Pouco eu seria!
Amar-te e ser amado, tudo o que queria
Desde então foste luz/chama em meu viver.

Hoje unidos por este amor único, sem par
Dotado de rara magia, fulgor singular
Somos na vida, um só, por um só querer.