domingo, 20 de janeiro de 2019

POEMAS E PROSAS


Este meu sentido lamento é mais verdade
Quando não tenho a bênção do teu rosto!
Tempo de mor tristeza, tempo de saudade!
Espera sem fim, mas firme no meu posto.

Difícil meu sofrer, dura a realidade
Desesperante cada dia- meu sol-posto.
Sacrifício…tua ausência, sem falsidade    
Ó minha bela musa- diva de meu gosto.

Minha única paixão, meu ídolo de amor!
Tão real como a incontornável dor
De aqui não te ter comigo meu rio manso.
Longe, sem tua presença, querida mulher,
Eu nada sou, dê-me a vida o que me der,
Estrela dum firmamento que não alcanço.


Era uma casinha, quase um casarão,
A casa da avó materna. Um encanto!
Ali vivia quem me queria tanto, tanto!
Me tinha bem guardado no coração.

Amava-me como se fora minha mãe! 
Jamais esquecerei esta santa mulher
Minha doce avó, esteja onde estiver!
Nunca assim fui querido por outro alguém.

Minha dedicada avó! Minha companhia
Por longos e felizes anos, dia após dia,
Num ambiente de amor e de bondade!

Aqui recordo, agradecido aos céus
Feliz por tantos e tão bons carinhos seus
Em santa convivência, toda ela saudade.

É um fraco por ti - mulher- sedução maior
Que me faz desejar-te, que me faz sonhar-te.
Que faz que passe meus dias a adorar-te!
Todo um encanto que desabrocha como flor.

É um fraco por ti -mulher- sedução maior
Que me leva a escrever-te, a procurar-te.
Ser do teu sol amigo a luz a iluminar-te
Luz suave, clara, luz doçura, luz de amor.

Meu Amor, minha alegria, minha sedução
Guardada no mais íntimo do meu coração
Em meu canto te exalto qual chama ardente.

É um querer-te cada vez com mais sentido
Único propósito que em mim é consentido
Este de te poder ter comigo eternamente.

Fiz meus versos, guardei meus versos
Perdi-os na voragem dum tempo cruel
Queimei-os p’los motivos mais diversos
Registei-os por meu agrado no papel.

Fiz meus versos por amor de alguém
A quem os ofereci num ato de amor.
Motivos de alegria e de dor também
Por razões minhas, talvez sem valor.

Fiz meus versos em amarga solidão!
Fiz deles, por vezes, minha canção
Numa atitude sentida que me agradou.

Hoje, ainda os escrevo e vou oferecendo
Para que os meus amigos os vão lendo
E de mim se recordem, por seu favor.

Cantar… o meu hobby preferido!
Aliás, confesso, sempre foi assim.
Desde os bancos da Escola, enfim…
Para os amigos se me fosse pedido.

Cantar… o meu hobby preferido!
Dá-me gozo, o que mais me satisfaz.
Cantei muito nos tempos de rapaz
Ainda é meu gosto, prazer incontido.

Diz, quem sabe, que faz bem cantar...
Por ser assim, continuarei a tentar
Até que o consiga, que tenha voz.

Que por muitos anos assim possa ser
Dando esta alegria a meu pobre ser
Até meu pequeno rio terminar na foz.



Santa água - minha cura, minha salvação,
Quanto vos devo, quanto vos agradeço
Em horas de euforia, que de vós mereço
De que exulta o meu próprio coração.
 
Todo o meu corpo, por negligência minha, se sentia mal, ficou doente.
Sofri estupidamente com digestões difíceis durante dilatado tempo, por incúria minha, descuido meu, muito por pouca (muito pouca) água beber.
Por não sentir sede, fui-me arrastando durante alguns anos sem perceber o quanto necessitava dela para viver, desrespeitando um saber de séculos.
Em tempos fui eu que aconselhei meus próprios pais (o que mais admira ainda) recomendando-lhes que era essencial não esquecer a bendita água. Que usassem e abusassem da sua ingestão diariamente. Que isso era meia-cura! Como, pois, compreender o meu esquecimento?!
"Bem prega Frei Tomás” - lá diz o velho ditado…
Hoje estou certo de que para além dos medicamentos a que tive depois que recorrer, a minha saúde voltou a ser outra, bebendo com regularidade este precioso líquido, especialmente em jejum e durante a parte da manhã com maior frequência. Aliás, foi desde logo recomendação médica que o fizesse, a par da medicação apropriada ao meu caso com toda a função digestiva a funcionar mal, ao ponto de, por tão mal-estar, me assustar deveras por diversas vezes, tendo que chamar o médico a casa.
Volvido algum tempo - cumprindo então, como devia, este preceito – posso afirmar quanto me sinto grato agora e, ao mesmo tempo, revoltado por tanto tempo ter andado a transgredir uma norma que, inclusivamente, eu conhecia!
Então, para aqueles que porventura também possam andar distraídos, aqui deixo esta prévia recomendação:

-  USEM E ABUSEM DA PRECIOSA E MILAGROSA ÁGUA
- UM BEM ESSENCIAL À SAÚDE
NOTA:- Como se vê, aqui apenas abordo este aspeto relativamente à água, pois esta dádiva da Natureza merece que sejam referidos muitos outros e tão importantes benefícios (julgo que de todos bem conhecidos) exigindo de todos nós uma boa utilização e, consequentemente, um profundo respeito por ela, havendo já estudos que chamam a nossa atenção para uma futura escassez deste precioso líquido para mal de toda a humanidade.

Canta minha alma em grande exaltação
Da água cristalina, o doce marulhar!
Arroio lindo que me traz inspiração
Ouvindo-o feliz em noites de luar.

 Mal o via! Mas eis que a Lua despontou
E o mostra, já, em todo o seu esplendor!
Ao olhá-lo agora, meu ser mais se alegrou
Sou ainda um seu mais atento admirador.

A este ribeiro alegre, que vem da Serra,
Já poucos ligam, por ser tão habitual!
Canto-o por todo o bem que em si encerra
Verdadeira dádiva sobrenatural.

Bendita água! Bendita sejas eternamente!
És vida p’rá Mãe/Natureza - nossa Mãe.
Preciosa água doce, água corrente,
És bem digna do amor que todo o ser te tem.

Junto a ti, ó meu torrão querido (meu Alentejo muito amado) todo o meu ser rejubila!
Ao aproximar-me de ti (caminhando de Lisboa) logo meu coração e minha alma dão seus sinais de exaltação, de bem-estar singular, ante a deliciosa expetativa de em ti penetrar, começando na imensidão da tua planície verde ou dourada, com o gado a pastar ainda em grande quantidade (especialmente bovino) nesse montado único, horizonte largo e sem fim até ao acidentado da paisagem da minha adorada Cidade/Mãe.
Viajando pela estrada nacional é a passagem por Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Vimieiro, Estremoz, Veiros, Monforte e, finalmente, a sempre desejada, a minha saudosa Portalegre.
São momentos de revigoramento físico e mental, encantado numa ambiência peculiar que meus sentidos bem conhecem desde os tempos de criança.

Meu Alentejo, meu tesouro
Província minha verdade!
Teu valor supera o ouro
Razão da minha saudade.

Alentejo minha ventura
Imagem sempre presente
Maior bem, minha amargura
Se de ti estou ausente.

Terra/Mãe, terra adorada
Meu refúgio, meu lar
Terra por mim mais amada
Razão maior pra cantar.

Alentejo, escola e guia,
És amparo e fortaleza!
Razão da minha euforia
Manancial de beleza.

Ao louvar-te, falo verdade
Ao cantar-te, digo canção
Ao consagrar-te, amizade
Ao amar-te, coração.

És a luz quente que se origina na lareira
Meiga e acolhedora, que meu ser enlaça!
Com os raios dessa chama que me abraça
Sinto, já, que sou outro- minha companheira.

Minha companheira de hoje, meu amparo,
Já um outro calor trouxeste à minha vida!
É por ti que vivo melhor - mulher querida!
Desse bem maior (meu tesouro) sou avaro.

Antes, era eu alguém? Pouco eu seria!
Amar-te e ser amado, tudo o que queria
Desde então foste luz/chama em meu viver.

Hoje unidos por este amor único, sem par
Dotado de rara magia, fulgor singular
Somos na vida, um só, por um só querer.




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