Este meu sentido lamento é mais verdade
Quando não tenho a bênção do teu rosto!
Tempo de mor tristeza, tempo de saudade!
Espera sem fim, mas firme no meu posto.
Difícil meu sofrer, dura a realidade
Desesperante cada dia- meu sol-posto.
Sacrifício…tua ausência, sem falsidade
Ó minha bela musa- diva de meu gosto.
Minha única paixão, meu ídolo de amor!
Tão real como a incontornável dor
De aqui não te ter comigo meu rio manso.
Longe, sem tua presença, querida mulher,
Eu nada sou, dê-me a vida o que me der,
Estrela dum firmamento que não alcanço.
Era uma casinha,
quase um casarão,
A casa da avó
materna. Um encanto!
Ali vivia quem
me queria tanto, tanto!
Me tinha bem
guardado no coração.
Amava-me como se
fora minha mãe!
Jamais esquecerei
esta santa mulher
Minha doce avó,
esteja onde estiver!
Nunca assim fui querido
por outro alguém.
Minha dedicada
avó! Minha companhia
Por longos e
felizes anos, dia após dia,
Num ambiente de
amor e de bondade!
Aqui recordo,
agradecido aos céus
Feliz por tantos
e tão bons carinhos seus
Em santa
convivência, toda ela saudade.
É um fraco por ti
- mulher- sedução maior
Que me faz
desejar-te, que me faz sonhar-te.
Que faz que
passe meus dias a adorar-te!
Todo um encanto
que desabrocha como flor.
É um fraco por
ti -mulher- sedução maior
Que me leva a
escrever-te, a procurar-te.
Ser do teu sol
amigo a luz a iluminar-te
Luz suave,
clara, luz doçura, luz de amor.
Meu Amor, minha
alegria, minha sedução
Guardada no mais
íntimo do meu coração
Em meu canto te
exalto qual chama ardente.
É um querer-te
cada vez com mais sentido
Único propósito
que em mim é consentido
Este de te poder
ter comigo eternamente.
Fiz meus versos,
guardei meus versos
Perdi-os na
voragem dum tempo cruel
Queimei-os p’los
motivos mais diversos
Registei-os por
meu agrado no papel.
Fiz meus versos
por amor de alguém
A quem os
ofereci num ato de amor.
Motivos de
alegria e de dor também
Por razões
minhas, talvez sem valor.
Fiz meus versos
em amarga solidão!
Fiz deles, por
vezes, minha canção
Numa atitude
sentida que me agradou.
Hoje, ainda os
escrevo e vou oferecendo
Para que os meus
amigos os vão lendo
E de mim se
recordem, por seu favor.
Cantar… o meu
hobby preferido!
Aliás, confesso,
sempre foi assim.
Desde os bancos
da Escola, enfim…
Para os amigos
se me fosse pedido.
Cantar… o meu
hobby preferido!
Dá-me gozo, o
que mais me satisfaz.
Cantei muito nos
tempos de rapaz
Ainda é meu
gosto, prazer incontido.
Diz, quem sabe,
que faz bem cantar...
Por ser assim,
continuarei a tentar
Até que o
consiga, que tenha voz.
Que por muitos
anos assim possa ser
Dando esta
alegria a meu pobre ser
Até meu pequeno
rio terminar na foz.
Santa água -
minha cura, minha salvação,
Quanto vos devo,
quanto vos agradeço
Em horas de
euforia, que de vós mereço
De que exulta o
meu próprio coração.
Todo
o meu corpo, por negligência minha, se sentia mal, ficou doente.
Sofri
estupidamente com digestões difíceis durante dilatado tempo, por incúria minha,
descuido meu, muito por pouca (muito pouca) água beber.
Por
não sentir sede, fui-me arrastando durante alguns anos sem perceber o quanto
necessitava dela para viver, desrespeitando um saber de séculos.
Em
tempos fui eu que aconselhei meus próprios pais (o que mais admira ainda)
recomendando-lhes que era essencial não esquecer a bendita água. Que usassem e
abusassem da sua ingestão diariamente. Que isso era meia-cura! Como, pois,
compreender o meu esquecimento?!
"Bem
prega Frei Tomás” - lá diz o velho ditado…
Hoje
estou certo de que para além dos medicamentos a que tive depois que recorrer, a
minha saúde voltou a ser outra, bebendo com regularidade este precioso líquido,
especialmente em jejum e durante a parte da manhã com maior frequência. Aliás, foi
desde logo recomendação médica que o fizesse, a par da medicação apropriada ao
meu caso com toda a função digestiva a funcionar mal, ao ponto de, por tão mal-estar,
me assustar deveras por diversas vezes, tendo que chamar o médico a casa.
Volvido
algum tempo - cumprindo então, como devia, este preceito – posso afirmar quanto
me sinto grato agora e, ao mesmo tempo, revoltado por tanto tempo ter andado a
transgredir uma norma que, inclusivamente, eu conhecia!
Então,
para aqueles que porventura também possam andar distraídos, aqui deixo esta
prévia recomendação:
- USEM E ABUSEM
DA PRECIOSA E MILAGROSA ÁGUA
- UM BEM ESSENCIAL À SAÚDE
NOTA:- Como se vê, aqui apenas abordo este aspeto
relativamente à água, pois esta dádiva da Natureza merece que sejam referidos
muitos outros e tão importantes benefícios (julgo que de todos bem conhecidos) exigindo
de todos nós uma boa utilização e, consequentemente, um profundo respeito por
ela, havendo já estudos que chamam a nossa atenção para uma futura escassez
deste precioso líquido para mal de toda a humanidade.
Canta minha alma
em grande exaltação
Da água
cristalina, o doce marulhar!
Arroio lindo que
me traz inspiração
Ouvindo-o feliz
em noites de luar.
Mal o via! Mas eis que a Lua despontou
E o mostra, já,
em todo o seu esplendor!
Ao olhá-lo
agora, meu ser mais se alegrou
Sou ainda um seu
mais atento admirador.
A este ribeiro
alegre, que vem da Serra,
Já poucos ligam,
por ser tão habitual!
Canto-o por todo
o bem que em si encerra
Verdadeira dádiva
sobrenatural.
Bendita água!
Bendita sejas eternamente!
És vida p’rá
Mãe/Natureza - nossa Mãe.
Preciosa água
doce, água corrente,
És bem digna do
amor que todo o ser te tem.
Junto
a ti, ó meu torrão querido (meu Alentejo muito amado) todo o meu ser rejubila!
Ao
aproximar-me de ti (caminhando de Lisboa) logo meu coração e minha alma dão
seus sinais de exaltação, de bem-estar singular, ante a deliciosa expetativa de
em ti penetrar, começando na imensidão da tua planície verde ou dourada, com o
gado a pastar ainda em grande quantidade (especialmente bovino) nesse montado
único, horizonte largo e sem fim até ao acidentado da paisagem da minha adorada
Cidade/Mãe.
Viajando
pela estrada nacional é a passagem por Vendas Novas, Montemor-o-Novo,
Arraiolos, Vimieiro, Estremoz, Veiros, Monforte e, finalmente, a sempre
desejada, a minha saudosa Portalegre.
São
momentos de revigoramento físico e mental, encantado numa ambiência peculiar
que meus sentidos bem conhecem desde os tempos de criança.
Meu
Alentejo, meu tesouro
Província
minha verdade!
Teu valor supera
o ouro
Razão da minha
saudade.
Alentejo minha
ventura
Imagem sempre presente
Maior bem, minha amargura
Se de ti estou ausente.
Terra/Mãe, terra adorada
Meu refúgio, meu lar
Terra por mim mais amada
Razão maior pra
cantar.
Alentejo, escola
e guia,
És amparo e
fortaleza!
Razão da minha
euforia
Manancial de
beleza.
Ao louvar-te,
falo verdade
Ao cantar-te,
digo canção
Ao consagrar-te,
amizade
Ao amar-te, coração.
És a luz quente
que se origina na lareira
Meiga e
acolhedora, que meu ser enlaça!
Com os raios
dessa chama que me abraça
Sinto, já, que
sou outro- minha companheira.
Minha
companheira de hoje, meu amparo,
Já um outro
calor trouxeste à minha vida!
É por ti que
vivo melhor - mulher querida!
Desse bem maior
(meu tesouro) sou avaro.
Antes, era eu
alguém? Pouco eu seria!
Amar-te e ser
amado, tudo o que queria
Desde então
foste luz/chama em meu viver.
Hoje unidos por
este amor único, sem par
Dotado de rara
magia, fulgor singular
Somos na vida,
um só, por um só querer.
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