quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

SENHORA


SENHORA

Dia primeiro de Janeiro!
Foi neste dia que viste a luz do dia.
Que vieste ao mundo,
no aconchego do lar paterno,
na “Malhada do Vale” -  “Reveladas”
em plena Serra de S. Mamede-
- concelho de Marvão, distrito de Portalegre.
Foi neste dia, inesquecível para toda a família,
que vieste fazer companhia a teus irmãos João e Francisco
sob a proteção de Deus e de teus queridos pais,
 naquele lugar isolado e paradisíaco da nossa Serra/Mãe.
 Serra/Mãe que te viu crescer, durante os primeiros anos da tua vida despreocupada e feliz, junto dos teus pais e familiares.
Nesse ambiente, salutar em todos os sentidos, aprendeste a conhecer a Mãe/Natureza em muitas das suas virtudes criadoras, conhecendo, inclusive, a riqueza da sua fauna e flora e ouvias à noite o uivo dos lobos, ali bem perto.
Ali habitaste até ao dia do teu casamento com o José Paulo Ribeiro, meu afetuoso e saudoso avô, natural da Ribeira de Nisa.
Para aqui vieram e aqui criaram os filhos:- João, Joaquim, Maria Jacinta, Maria Josefa, Domingas e Rosa Maria- minha querida e saudosa mãe.
Toda a vossa vida nesta freguesia foi dedicada aos filhos que aqui criaram, também num ambiente bucólico, onde a pastorícia e a agricultura era rainhas, a par da indústria das canastras de madeira de castanho bravo, muito abundante em toda a região do Norte Alentejo.
Foi aqui que te conheci e pude abençoadamente crescer, sempre com a tua presença amiga por perto, e, muitas vezes, fazendo-me companhia nesta casa, na ausência de meus pais, sempre que eles tinham que se ausentar por motivo dos negócios de meu pai.
Quantos dias e quantas noites inesquecíveis desfrutámos juntos!
Quantas histórias verdadeiras e quantas outras que sabias por tradição oral, me contaste e aprendi, nos serões à lareira acolhedora desta casa, nesta altura do ano, algumas vezes saboreando o tradicional magusto, que com toda a perícia executavas no caldeirão de barro.
Quanto nos divertimos com alguns episódios que viveste e me partilhaste, com aquele teu jeito peculiar, que me encantava!
Quantas saudades guardo, querida avó, desse maravilhoso tempo da minha vida, aqui no meu Monte Carvalho!
Jamais esquecerei, no teu importantíssimo apoio familiar, a nossa relação de indescritível amor mútuo!
Que Deus (em Quem eu creio e tu crias ) te tenha reservado um bom lugar na Nova Jerusalém -  nesse Novo Reino que Nosso Pai prometeu a seus filhos!
Convictamente sinto - querida e saudosa avó – que és digna dessa Bênção Divina.

Monte Carvalho, 11.30 h do dia 1 de Janeiro.
JGRBranquinho





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