quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AI QUE SAUDADES ! AI , AI!!

Canto, hoje,
momentos de vida
Horas passadas
Lugares que não esqueço!
Situações de amor
Transes de dor
E minha lida
Que à distância
Para meu ser
têm raro preço.

Canto, hoje,
momentos de vida
Vivida lá longe
No Alentejo, meu torrão!
Terra amada
Minha aldeia querida
Sempre tão viva em meu coração.

Meu Monte!
Minha Ribeira!
Meus encantos de menino!
Minha eira
Onde o trigo abençoado
Era o pão amassado, pequenino,
p'las mãos carinhosas das mães
que nele punham seu cuidado.

Minha Quinta, regada com suor,
Talhões semeados com  amor
por braços fortes mas, cansados,
dos homens de rostos tisnados,
de sol-a-sol, à jorna, como era habitual!

As desfolhadas, pela tardinha,
Com gente sempre pronta a ajudar
À luz vermelha do arrebol!
O entusiasmo dos namorados:
-Ai o milho roxo, ai o milho rei!
Ai o beijo quente, permitido
À noite, com ou sem  luar.
Ai  toda a magia dum pôr-do-Sol.
Ai todo o encanto dum tempo livre
Sem peias, sem obrigações, sem  lei.
Ai, minha infância e juventude!
Ai meu Alentejo- terra-mãe
Terra amada onde tudo era virtude!
AI QUE SAUDADES!
AI!!  AI!!
JGRBranquinho

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