Escrevo! Escrevo por quem? Escrevo para quem? Escrevo porquê?
Escrevo por uma vontade íntima que, por vezes, me surge sem que saiba sobre o que vou escrever!
Confesso que já me sentei algumas vezes, à máquina ou ao computador, sem saber o que vai sair!
Será um hábito tornado vício, quer em verso quer em prosa, na esperança de que algo ocorra (chamemos-lhe inspiração) ao "correr da pena", como soe dizer-se.
Jamais parei sem que tivesse o prazer de ver um mínimo de ideias expostas, surgidas como que por acaso, e que, por me dizerem alguma coisa, deixei sobre o papel. Não por me parecerem brilhantes, não!... mas, porque as produzi sem ter definido um tema e satisfaz-me verificar que podemos ( por vezes, sem o esperarmos ) fazer algo num tempo que de outro modo seria desaproveitado.
Portanto, sem que esteja a escrever por ninguém, nem para ninguém, sei que escrevo porque existe uma vontade em mim que é o de vir para a máquina (minha velha amiga, minha confidente) ou para o computador, ( como neste caso ) registar o que me possa surgir enquanto sentado à minha secretária.
Não sei se com outras pessoas isto acontece, mas, em mim, é frequente, tanto na prosa como no verso, correndo embora o risco do escrever directamente e, por vezes...(no computador) lá se vai tudo!
Que arrelia, que raiva, que desolação, depois de tanto trabalho! Quanta paciência, é precisa!
Mas comigo, é sempre assim; não suporto rascunhos.
Quando mudarei? Por enquanto... cá vou teimando.
Será por estas e outras razões que me chamam teimoso?
Por algumas, terão razão.
Digam de sua justiça.
JGRBranquinho
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