sábado, 4 de dezembro de 2010

REFRIGÉRIO D'ALMA

Elevam-se no ar
perfumes de Primavera!
Um pobre poeta
chora, com sentido.
Traçaram-lhe um rumo
como não quisera!
Em seus poemas
canta uma quimera,
Só, no Mundo,
sobrevive ressentido.

A alguém quis
com empenho, com fervor!
Uma Flor
que desabrochou no seu caminho.
De beleza singular,
é por ela a sua dor,
O coração, por ela,
sente mais calor...
Só, por um pouco,
ter o seu carinho.

Anda triste, sim,
mesmo, magoado.
Nada alegra a sua alma
já ferida!
Deixou de sorrir
ao ver-lhe sonegado...
Refrigério d'alma
que o teria libertado,
A luz que encontrou
e não quisera ver perdida.

JGRBranquinho

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