domingo, 7 de julho de 2013

DISCORRENDO

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                        DISCORRENDO
Alguém escreveu um dia, acertadamente, que somos um produto do meio em que fomos criados e educados. Naturalmente estou de acordo, embora também com o perigo da generalização, pois acontece, por vezes, termos conhecimento de casos em que aparece o ditado:- “bem criado mal fadado” e outras afirmações do género que contradizem aquela afirmação.
Claro que a influência dos primeiros anos na nossa vida se faz sentir fortemente- será mesmo determinante em noventa por cento dos casos- mas, como outras regras, tem exceções e isso até a justifica, quando se diz que não há regra sem exceção.
Portanto, estamos também sempre prontos para aceitar qualquer desvio que negue a dita regra.
Um rapaz, criado num bom ambiente familiar, sem necessidades de qualquer espécie, tinha um comportamento exemplar até certa altura da sua vida e, daí em diante, começa por apresentar um comportamento censurável a vários níveis e, como se costuma dizer, ‘descarrila’ aos olhos de toda agente que o conheceu, e agora se surpreende com as suas atitudes, inclusive a família, que ainda por um tempo procura esconder os seus comportamentos negativos.
O que faltou à educação, neste caso? De quem é a culpa? Por que não seguiu um bom caminho, de acordo com os seus princípios de vida?
Dir-me-ão que “uma andorinha não faz a Primavera” e que são extravios de comportamento.
Por outro lado, um rapaz é criado e educado sem grandes condições, sofre mesmo de algumas carências e, depois, revela-se uma pessoa de bem, atingindo notoriedade, vencendo na vida.
As pessoas fazem comentários, enaltecendo os seus êxitos, e estabelecendo logo termos comparativos, conhecedoras dos dois casos.
Evidentemente que na resposta a casos assim, surgem sempre as mais diversas opiniões, um pouco também de acordo com a tolerância ou condenação que dão no primeiro caso e o aplauso que manifestam, quase endeusando o segundo.
As regras não são absolutas- não podem ser nunca absolutas- pois não há duas pessoas iguais.
Numa mesma família (e são conhecidos muitos casos) dois irmãos recebem a mesma educação e caminham em sentidos opostos, têm uma conduta absolutamente diferente:- censurável num caso e de admiração no outro.
Temos que convir que está muito dependente da terra em que é lançada a semente, embora a formação seja a mesma.
 Levar-nos- ia a outras conjeturas, que todos vós, por certo, já estareis a admitir, como também a influência das más companhias, depois da educação familiar.
Temos que convir que uma educação cuidada pode ser a mesma e não obter os mesmos resultados, assim como em situações diferentes- famílias carenciadas- uns brilham e outros não.
Portanto, em jeito de conclusão, vamos dar o devido valor às regras, admitindo, no entanto, as exceções.
Não estamos a falar de Matemática...

Quinta da Piedade, 7 de julho de 2013
JGRBranquinho

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