UMA FLOR ! UMA
VERDADEIRA FLOR!
Era uma flor! Uma verdadeira flor! A sua bonita e fresca
flor.
Era assim que ele considerava e assim chamava numa admiração
profunda, fervorosa, amorosa- àquela a quem Deus dotara de uma beleza rara que
para sempre o prendera.
Viera a saber, aliás, que também entre os outros era
admirada e chamada “a beleza sadia”, tal o encanto e brilho que dela dimanava,que dela irradiava, o que não agradava a outras raparigas, algumas revelando mesmo um sentimento
de inveja.
Conhecera-a e logo a ela se sentiu preso por tanto encanto!
Não demorou que lho afirmasse e, por felicidade, pode obter
a sua aquiescência, com uma resposta que correspondia ao que tanto desejava,
enamorado com estava desde o primeiro momento.
Os dias foram correndo e cada vez se sentia mais feliz!
Sentia-se o rapaz mais bafejado pela sorte, por namorar tanta graça e formosura!
Por ter a rapariga mais bela entre todas que conhecera por ser o seu afortunado
namorado!
Vezes sem conta lhe escreveu e pode receber também, verdadeiramente
eufórico, os seus bilhetinhos dobrados a preceito, cujo conteúdo eram
aprimoradas palavras que lhe penetravam o coração, melhor dizendo, todo o seu
ser.
Demoraram os primeiros encontros a sós e, mesmo após eles,
continuaram os bilhetinhos por intermédio de uma rapariguinha- a Luísa- que era
o correio de ambos, salvo raras exceções. Acabados de falarem, quantas vezes
nesse mesmo dia os trocavam!
Depois, os tempos mudaram e foram de uma maior liberdade,
embora ainda algo condicionada, pois havia que estudar e, com esse pretexto,
se ocultavam outros desígnios por parte de familiares que tinham muita
influência nas decisões.
Foram curtos anos, que pareceram ainda mais curtos depois de
perdidos!
Foram os mais felizes (apesar dos contratempos) por serem os
do primeiro amor e sabe-se como isso marca indelevelmente a vida de cada um.
Quis o destino que o rumo de cada um fosse diferente, mas
continuaram a amar-se ao longo dos anos, ficando bons amigos.
Um verdadeiro amor nunca se extingue! Perdura para sempre.
Quinta da Piedade, 3 de julho de 2013
JGRBranquinho
JGRBranquinho
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