sexta-feira, 26 de julho de 2013

RAZÃO DE UMA REFLEXÃO



          RAZÃO  DE  UMA  REFLEXÃO
Ditoso seja, para sempre, o momento em que a encontrei
Foi numa tarde de outono, sob o aconchego suave e belo de um Sol próprio da época. Aliás, ao encontro da minha preferência por esta estação, que era já aquela que mais me dizia, onde sentia mais poesia.
Coincidências que fazem que me sinta ainda mais grato por aquele encontro com a mulher que marcou indelevelmente a minha vida.
Ninguém poderá afirmar se foi uma coincidência- coincidência feliz- se assim estava destinado.
Sei que, fosse como fosse, para mim, um jovem adolescente a despertar para o amor, constituiu e constitui um dos mais encantadores momentos da minha passagem pela Terra.
Ali começou, sem que o esperasse, pois nem conhecia essa moça (nunca a tinha visto!) um grande amor que iria perdurar para todo o sempre!
Durante cerca de três anos, demos largas- embora sob vigilância apertada- ao nosso sentir, à paixão que nos incendiava e nos levava a uma procura quase constante, vendo-nos e escrevendo-nos diariamente.
Travámos uma dura luta- a nossos olhos injusta- pois os resultados nos estudos eram positivos e a alegação de que devíamos- primeiro que tudo- pensar no futuro, estudando, não tinha razão de ser, escondendo, aliás, outros propósitos.
Por ironia do destino, as coisas começaram a complicar-se e, sem que da nossa parte houvesse desinteresse- pasme-se!- deu-se um malfadado afastamento que haveria de nos conduzir por outros caminhos, seguindo cada um a sua rota.
Não nos apercebemos, verdadeiramente, na altura! A vida continuou à distância, o tempo decorreu e, mais tarde, sem que fosse esperado, surgiu novo encontro!
Deu para nos voltarmos a ligar e a atenuar saudades! Foi pouco, mas deu para refletirmos e percebermos que sempre nos amámos.
Não era fácil alterar o rumo de nossas vidas e fomos continuando a manter algum contacto, em conversas que nos faziam bem, não prejudicando ninguém e aceitando as situações tal como se apresentavam.
Será que algo ainda nos espera? Só Deus saberá.
Quinta da Piedade, 26 de julho de 2013
JGRBranquinho

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