segunda-feira, 28 de abril de 2014

UM POUCO DE MIM

 UM  POUCO  DE MIM
Quando escrevo, envolto em meus sonhos de amor, bem de acordo com a minha idade ainda juvenil, quisera que me compreendessem, pois sei que alguns se rirão de mim.
Porquê?
Os mais velhos, dizendo que ainda não tenho idade para namorar e que cuide de estudar, pois primeiro devemos preparar-nos para a vida, como é caso da dona da casa onde estou hospedado, na cidade.
Alguns, da minha idade ou próxima, também pensando serem donos da verdade, chamam-me sonhador, dizendo que ando nas nuvens, que tenho a mania que sou conquistador, que tenho altura e não tenho juízo; no fundo, também censurando o meu procedimento, mas aqui julgo que quanto a uns tantos, é um pouco por inveja do meu sucesso junto das raparigas. Aliás, tive uma zanga com dois deles, por isso mesmo.
Ainda não tenho 16 anos e o meu próprio pai diz que algumas liberdades só me serão concedidas após os dezassete.
Nota:-Este pequeno texto fui encontrá-lo na minha casa do Monte Carvalho, penso que guardado por minha mãe, junto das minhas cartas de amor e da minha velhinha coleção de selos.
Hoje, compreendo que naquela altura me era difícil aceitar essas recriminações, pois, como também se dizia, "ninguém tira as flores a maio"...
Lembro-me de namorar às escondidas e ouvir ralhar quando chegava a casa mais tarde. Mas, quem é que me convencia de que era cedo para namorar?
Era um aluno normal quanto aos resultados obtidos na Escola Industrial Fradesso da Silveira. Dava conta do recado e lá arranjava tempo para os namoricos.
Não vou entrar em euforias,envaidecendo-me, mas o que é verdade é que andava um pouco de cabeça à roda, não me faltando razões para me sentir feliz
Não sei se não poderia ter conseguido melhores resultados nos estudos (francamente) mas quem é que dominava um rapaz cheio de vida e paixão pelas raparigas bonitas que lhe "davam trela"?!
Talvez me excedesse, sim, mas isso é agora que o consigo reconhecer, não naquela altura.
Acabado o Curso Industrial, resolveram os meus pais que eu fizesse exame de admissão ao Instituto Industrial em Lisboa no sentido de vir a ser agente técnico de engenharia.
Por motivos vários (excuso-me de os comentar) não consegui entrar e fui então para o ensino liceal, onde obtive melhores notas que no industrial.
Veio o serviço militar obrigatório, com manobras em S.ta Margarida e o Curso da  Escola do Magistério Primário em Évora,
Depois, já professor, o Curso de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, tendo, de permeio, frequentado o Curso de Assistente Social no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, de que desisti por incompatibilidade de horários, já que trabalhava no ensino oficial e não havia no Instituto a possibilidade de ser aluno voluntário com na Faculdade de Letras.
Trabalhei no ensino oficial em quatro escolas:- Escola da Fontedeira em Portalegre, e em Lisboa, na Escola n.º 175,- na Penha de França, Escola, n.º 145 em Olivais Norte (que dirigi durante treze anos) e Escola n.º.24- Bairro de S.Miguel-  Bairro de Alvalade, onde me aposentei.
Durante cinco anos, lecionei ainda o Ciclo Preparatório na Administração Geral do Porto de Lisboa.
Desde 1980 tenho estado ligado ao Clube do meu coração- o Sporting Clube de Portugal, por intermédio do Coro Polifónico, dirigindo o Departamento de Cultura e Recreio nos últimos vinte anos, onde criei a Tertúlia Canto e Poesia, que reúne na 3.ª quarta-feira de cada mês, na Sala Vip do Estádio José Alvalade.
Além da participação em cerca de meia centena de Antologias de Poesia Contemporânea Portuguesa, publiquei em outubro de 2010 o livro de poesia "CANTOS DO MEU CANTO".
Tenho como hobbies:- a poesia, o canto e a música, participando com alguma frequência, em eventos culturais.
Vilamoura, 28 de abril de 2014
JGRBranquinho

 



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