sábado, 3 de julho de 2010

ANOITECE NA CIDADE


Cai a noite, aos poucos, sobre a Cidade,
minha mãe, minha urbe, meu torrão natal!
Pôs-se o Sol no horizonte,
longínquo e belo, além, naquela herdade.
Surge agora, a meus olhos, uma outra luz,
 outra cor, eterno ritual.
Aqui, no Miradouro, o privilégio amoroso,
 raro (quase indescritível) desta visão maravilhosa!
 Sedutora paz (silenciosa e terna) da amada Portalegre,
minha eterna sedução.
Dela surgi, nela cresci e me fiz homem.
Nela aprendi e ensinei, fui amado e nuito amei.
És meu oásis, meu doce encanto,
de meus dias, exaltado sentimento!
Inspiração perene de quem te vê e ama!
Procura e achamento feliz (quase milagre!)
duma urbe diferente,
horto em flor na terra transtagana.
Daqui, deste lugar de poetas, lugar de sonho,
como altar que se erigiu
em tua homenagem e justa adoração,
Eu te saúdo e canto, minha  PORTALEGRE !
Elevo ao Céu, um pensamento em oração!
Sim, oro e agradeço, gratidão suprema, única!,
por um sentir maior de inaudita felicidade.
Por neste momento real, inigualável!,
em minhas pequenez, (minúsculo grão de areia)
poder ter a graça de te ver e admirar,
minha adorada amante, minha querida Cidade!
Hoje, PORTALEGRE, sou um pouco mais-  muito mais!
Partilho, ao ver-te, ao sentir (singular realidade)
tua angelical beleza entrando pelas janelas da alma
(por todos os póros)  e que em mim se acolhe
e aconchega, coração sedento desta imagem imaculada,
desta paz vivida, jamais por mim olvidada!
Pulsa por ti, meu coração, num ritmo,
às vezes certo, outras acelerado, mas ditoso!
És meu berço alegre, encantada Cidade, adorada Cidade!
Minha Flor de amor, Musa sem idade!
Estrela de eternidade, amante amiga, minha vida!
Noiva em sagrado altar de acrisolado amor!
Lá longe... Saudade e Dor,
Minha CIDADE/MÃE!
BENDITA PORTALEGRE!

(No Miradouro, tarde de 9 de Junho de 2007)
JGRBranquinho

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