Qual moura encantada, retida em seu castelo...
Salúquia chorosa p'lo Brafama qu'rido!
Escrava dum amor que vive proibido
Quadro d'encanto triste, inda assim...belo!
Fechada qual botão de rosa por abrir,
Encerrada sobre si mesma, amargo sofrer!,
Num receio sofrido de a poder perder....
Contemplo-a, esperançado de a ver sorrir.
Quase inacessível em tão alta fortaleza!...
Ao longe me quedo por ver sua beleza
E esqueço um pouco, o meu e seu tormento!
Teimo nesta luta, apegado à minha esp'rança!
A minha fé no futuro é sonho que não cansa
À sua espera, por amor, cada momento.
JGRBranquinho
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