CONFESSANDO
Procura as letras, forma as palavras, surgem as frases
constituindo no seu todo um poema ou prosa, exprimindo ideias, sentimentos mais
ou menos válidos, conforme a desejada musa o visita mais fortemente ou só ao de
leve.
Há uma certa vontade da parte do autor e ele vai procurar,
perante o computador ou até a velha máquina de escrever (quem sabe se ainda manualmente!...)
coligir ideias à espera que a sua veia se ilumine e possa dar azo a um texto de
algum merecimento sob a forma de verso ou prosa. Texto que ele, refletindo um
pouco, julgue merecedor da atenção dos outros a quem o faculte.
Há um facto que o motiva, ou uma ideia sobre um tema que lhe
agrada, e dirige-se para a sua secretária já preparado para o ato da escrita;
outras vezes, sente vontade de escrever sem saber o que vai sair dali, à espera
que algo lhe surja que valha a pena dar a conhecer.
São situações diferentes mas que muitas vezes dão origem a
que escreva, saindo trabalhos que a ele próprio surpreendem pelo inesperado da
situação.
Tudo isto vem a propósito do que me acontece.
Realmente, sucede-me
com frequência o que deixo atrás exposto. Não sei o que acontece com outros,
mas em mim são frequentes as vezes em que o que escrevo é fruto do inesperado- só
porque senti essa vontade- a par de outras em que tenho em mente o que vou
escrever ou, melhor, tentar escrever.
Agradeço, então, a DEUS- em virtude da minha crença- o ter
podido dar forma ao que pensei, ou ao que me surgiu repentinamente, isto é, o que,
não preparado nem pensado previamente, tive oportunidade de deixar escrito,
evidentemente, dentro das minhas possibilidades e sem vaidade, certo como estou
das minhas limitações.
Já o tenho dito por diversas vezes, mas, por ser verdade,
aqui o deixo de novo para que os que me venham a ler, digam de sua justiça, desejando
eu saber, sinceramente, se o mesmo se passa com eles.
Hoje foi o que saiu. Desculpem se vos fiz perder o vosso
precioso tempo.
O meu abraço.
Quinta da Piedade, 2 de novembro de 2014.
JGRBranquinho
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