quarta-feira, 5 de novembro de 2014

RAZÃO DE UM ESCRITO




RAZÃO DE UM ESCRITO
Já escrevi sem saber o que ia escrever à espera do que me surgisse depois, frente ao meu prestável computador ou, ainda, à minha velha amiga “HERMES 3.000” a que por vezes recorro.
Já escrevi baseado em factos ocorridos perto ou longe de mim, que me tocaram sobremaneira.
Já escrevi por uma necessidade imperiosa, fruto de alguma inspiração poética que por vezes me visita.
Claro, que tudo, também, por força do meu gosto pela escrita, talvez uma certa força compulsiva, que sem que me aperceba, me faz escrever.
São situações diferentes, curiosas, que me têm acontecido e que por diversas vezes dão origem a escritos meus, muitos deles (possível mas infelizmente) maus aos olhos de quem tem a pachorra de ainda me ler.
Ora, hoje, amigos, foi um dos dias em que, por causas exógenas que achei de interesse referir, (por serem verdadeiramente revoltantes pela gravidade e injustiça que encerram) como a incomensurável diferença de meios ao dispor dos vários países, com umas centenas de famílias a esbanjarem os seus iníquos proventos em desfavor dos que trabalham ou trabalharam uma vida inteira sem a quase nada terem direito, passando, mesmo, por terríveis dificuldades, sem que encontrem eco em quem de direito, isto é, nos governantes que acho terem muitas "responsabilidades no cartório..."
Como foi possível chegarmos a este estado calamitoso?!
O dinheiro e as condições de vida que ele proporciona a uns tantos, dá razão ao ditado que diz “que o dinheiro é a raiz de todo o mal”. Mas porque tem que ser assim?!
Uma distribuição equitativa, de acordo com os direitos de cada um que produz riqueza, é uma utopia?!
Julgo que não e que se impõe desde há muito um atento estudo no sentido da resolução destas injustas realidades.
Quantas famílias desmembradas  por os pais e/ou os filhos, à procura de uma outra vida, terem que emigrar ou então, por não o poderem fazer, viverem abaixo do limite que seria razoável, tendo que criar os filhos sem as mínimas condições, dando azo a novas gerações debilitadas por falta de alimento apropriado, arrastando com isso doenças, arruinando a vida do próprio país.
 O que se passa aos nossos olhos, é uma afronta sem classificação! O mundo seria bem melhor, sem a desmesurada ambição dos “donos” deste mundo, atacando sem razão os que podiam produzir muito mais se tivessem outros estímulos, como o recebimento de salário ou vencimento mensal justo, sendo, assim, evidentemente, bem mais úteis à sociedade de um modo geral.
Onde parará a ambição dos grandes “senhores" da Terra?
É isto um mal sem remédio?!
A toda a hora se comprova esta injustiça sem que ninguém ponha cobro a um tal estado de coisas que nos envergonham.
Foi esta a doutrina que Jesus Cristo pregou? Bem podem os responsáveis pela Igreja, pretenderem ser ouvidos, especialmente o Papa Francisco, (em quem eu acredito sinceramente) que os tais “senhores" do capital continuam (ou continuarão até não sei quando) a fazer ouvidos de mercador, governando-se impunes e a seu belo talante, sem olharem aos meios para atingirem os seus maléficos fins. Como é possível isto?!
Quem os travará? Quem tem poder para os afrontar?!
Vão para a rua de dia- e mais real ainda de noite nas grandes urbes, e vejam o triste espetáculo que em cada esquina se nos depara com desgraçados a viverem entre cartões, abrigados por vezes junto das montras de ricas lojas.
Ultimamente até no célebre Túnel do Marquês, num espetáculo verdadeiramente deprimente, perante os olhares de milhares de pessoas que por ali passam de carro
Quem lhes acudirá? Não se pode fazer nada em benefício desta pobre gente?
Não quero acreditar nesta maldição, esperançado que ha de vir o DIA em que a JUSTIÇA será feita,  oxalá que sem demora
OXALÁ!
4 de novembro de 2014
JGRBranquinho

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