sábado, 15 de novembro de 2014

ENCONTRO INESPERADO




ENCONTRO INESPERADO
Foi um encontro inesperado o daquela tarde em S. Domingos, em plena capital!
Quem diria que ali, no meio da grande urbe, nos iríamos encontrar depois de alguns anos de ausência?!
Foi uma surpresa comum de dois que nos deixou, depois, a pensar e a interrogarmo-nos do porquê deste encontro casual. Era grande o desejo de te encontrar, mas nunca supus que o fosse sem uma prévia combinação, numa muito mirífica perspetiva de uma tua vinda um dia aqui.
Tu sabias que eu estava em Lisboa, é verdade, mas, embora admitindo vagamente essa possibilidade, também não a julgavas muito provável, como me disseste.
Eu já tinha dito e escrito, por diversas vezes, que sonhava encontrar-te um dia ao dobrar de uma esquina. Quantas vezes julguei isso? Não sei responder, mas garanto-te que muitas.
Quando tu surgiste vinda da R. Barros Queirós, (estava eu a falar com um colega- o Eusébio)  nem queria acreditar, tão estupefacto fiquei. Olhei e não queria acreditar!
Seria possível? Serias mesmo tu?!
A nossa alegria foi por demais evidente, espontânea e sentida com todas as veras das nossas almas, com toda a força dos nossos amoráveis corações.
Quantas recordações, quantos episódios do presente e essencialmente do passado, ali saíram à baila sem nos apercebermos do tempo!
A conversa durou tanto tempo que o meu colega (que entretanto tinha ficado de guarda ao meu saco de viagem) nos interrompeu e mo entregou, despedindo-se, e a quem eu pedi desculpa, um pouco encavacado, naturalmente, pelo incómodo que lhe causei.
Ali combinámos, então, um novo encontro- confirmado depois por um telefonema- que não tardou a confirmar-se para nossa enorme alegria, aproveitando o facto de aqui estares uns dias.
Lembro-me, agora, de uma outra tarde também feliz, desde a Papelaria da Moda-  Largo do Rato- até distante Praça Afonso de Albuquerque em Belém, regressando depois de táxi, já numa hora algo tardia, mas para nós muito breve.
Outros encontros agradáveis houve para nosso contentamento; mas estes ficaram melhor gravados por serem os dois primeiros depois de uma tão longa ausência.
São bonitas recordações de um tempo breve, que nunca mais esquecem!
Como éramos felizes dentro da nossa limitada condição!
(Sem data)
Revisto em 2014.
JGRBranquinho


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