ENCONTRO INESPERADO
Foi um encontro
inesperado o daquela tarde em S. Domingos, em plena capital!
Quem diria que ali,
no meio da grande urbe, nos iríamos encontrar depois de alguns anos de ausência?!
Foi uma surpresa
comum de dois que nos deixou, depois, a pensar e a interrogarmo-nos do porquê
deste encontro casual. Era grande o desejo de te encontrar, mas nunca supus que
o fosse sem uma prévia combinação, numa muito mirífica perspetiva de uma tua
vinda um dia aqui.
Tu sabias que eu
estava em Lisboa, é verdade, mas, embora admitindo vagamente essa possibilidade,
também não a julgavas muito provável, como me disseste.
Eu já tinha dito e escrito,
por diversas vezes, que sonhava encontrar-te um dia ao dobrar de uma esquina.
Quantas vezes julguei isso? Não sei responder, mas garanto-te que muitas.
Quando tu surgiste
vinda da R. Barros Queirós, (estava eu a falar com um colega- o Eusébio) nem queria acreditar, tão estupefacto fiquei. Olhei e não queria acreditar!
Seria possível?
Serias mesmo tu?!
A nossa alegria foi
por demais evidente, espontânea e sentida com todas as veras das nossas almas,
com toda a força dos nossos amoráveis corações.
Quantas recordações,
quantos episódios do presente e essencialmente do passado, ali saíram à baila sem nos apercebermos do tempo!
A conversa durou
tanto tempo que o meu colega (que entretanto tinha ficado de guarda ao meu saco
de viagem) nos interrompeu e mo entregou, despedindo-se, e a quem eu pedi
desculpa, um pouco encavacado, naturalmente, pelo incómodo que lhe causei.
Ali combinámos, então,
um novo encontro- confirmado depois por um telefonema- que não tardou a
confirmar-se para nossa enorme alegria, aproveitando o facto de aqui estares
uns dias.
Lembro-me, agora, de
uma outra tarde também feliz, desde a Papelaria da Moda- Largo do Rato- até distante Praça Afonso de
Albuquerque em Belém, regressando depois de táxi, já numa hora algo tardia, mas para nós muito breve.
Outros encontros agradáveis
houve para nosso contentamento; mas estes ficaram melhor gravados por serem os dois primeiros depois de
uma tão longa ausência.
São bonitas
recordações de um tempo breve, que nunca mais esquecem!
Como éramos felizes
dentro da nossa limitada condição!
(Sem data)
Revisto em 2014.
JGRBranquinho
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