CHORAM ÁGUAS
Choram águas dos beirais do meu telhado
Em rápida corrente deslizam na calçada.
Olho-as encantado, arrastando a lixarada
A caminho da barragem, por seu fado.
Choram águas dos beirais do meu telhado
Vejo-as pendentes, cadência bem ritmada.
E esta tarde deste outono aqui passada
Lembra-me tantas outras do meu passado.
Choram, sim, mas vão dar vida à Natureza
Transmitindo a estas terras outra beleza
Enriquecendo-as cada ano mais e mais.
Ó benditas águas, viajando sem descanso!
Partem e voltam e eu jamais me canso
De vos admirar, descendo destes beirais.
Monte Carvalho, outono de 2014
JGRBranquinho
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