quinta-feira, 31 de julho de 2014

ATÉ QUANDO ?!




ATÉ QUANDO ?!

Esvoaçam, volteando em danças espontâneas no jardim à minha frente, as velozes andorinhas.
Num tempo de lazer, procurando recarregar baterias no sul de Portugal, tenho oportunidade de melhor apreciar a sua atividade, pois sei que não se trata simplesmente do exercício do voo, embora também importante para elas.
Incansáveis- muito especialmente ao entardecer- é um gosto vê-las no seu estonteante voo, procurando alimento nos insetos que povoam os céus, num trabalho digno de relevo, destruindo os indesejáveis mosquitos, como vulgarmente são mais conhecidos.
O trabalho destas e doutras aves é por vezes muito mal compreendido, mormente por parte de alguns agricultores que se queixam de lhes atacarem as sementeiras, especialmente os pomares.
Não sabem quanto os beneficiam destruindo a praga de vários insetos destruidores, com a pequena recompensa de debicarem algumas peças de fruta ou sementes.
Quantos se preocupam injustamente- também por desconhecimento, creio- com as aves do campo, não se lembrando do benefício incomparavelmente superior que a todos prestam voluntariamente!
É triste que ainda se assista à caça, até de pequenas aves com muito pouco de sustento e de diminuto interesse na nossa alimentação, não se coibindo (esses furtivos caçadores sem lei) de usar os mais diversos e condenáveis métodos na sua destruição; esquecendo-se, mesmo, da grande utilidade que elas representam, inclusive, alegrando a Natureza, com seus gorjeios, verdadeiramente encantadores e que, afinal, todos tanto apreciam.
Também aqui o papel da Escola é importante (compreende-se bem porquê) tanto por intermédio de textos apropriados, como por recomendações pontuais por parte dos responsáveis, alertando os alunos para estas verdades essenciais à vida de todos nós, inclusive, pela defesa intransigente da Natureza/ Mãe
Infelizmente sei, por conhecimento próprio no campo (vivi e volto lá com relativa frequência) como se processam as coisas a este nível.
Até quando?!
Quando todos compreenderem a razão de ser das coisas, que espero, possa ser muito em breve.
Vilamoura, 31 de julho de 2014
JGRBranquinho



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