quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MEUS DESENGANOS

Ó alma insatisfeita que tanto desejas
E no Mundo vês só incompreensão!
Ó meus anseios duma vida de certezas
Que eu sonhei com ternura e emoção.

Ó doce porvir, meu futuro risonho
Onde idealizo o céu da minha vida!
Meus desenganos do presente tão tristonho
Que deixais a minha alma em ferida.

Ó tristes ais, meus tormentos padecidos
Sob a esperança de ser feliz, um dia,
E esquecer do Mundo, a ingratidão.

Parti! Deixai-me só com meus sentidos,
Viver, da vida, o Bem, sem a agonia
Que até agora eu sinto no coração.

23/08/61
JGRBranquinho

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